Assinada escritura de aquisição da cervejeira “Drink In”
Os espanhóis da Font Salem, do Grupo Damm, assinaram hoje a escritura de aquisição da cervejeira Drink In, em Santarém, comprada por 15,5 milhões de euros, disse à agência Lusa o administrador da insolvência da empresa.
Apesar do interesse manifestado pelo fundador da empresa, Sousa Cintra, apenas a Font Salem apresentou uma proposta de aquisição, em resposta ao anúncio publicado em Novembro último, que impunha um valor de licitação mínimo de 12,5 milhões de euros.
A Drinkin, que pediu a insolvência em Fevereiro de 2009, tinha um passivo a rondar os 120 milhões de euros. A empresa é adquirida "livre do passivo, ónus ou encargos existentes à data da transmissão".
A venda inclui "todos os edifícios, áreas descobertas e os furos de água localizados dentro do terreno" e implica a aceitação dos trabalhadores "existentes à data da venda", que, segundo fonte sindical disse à Lusa, são neste momento cerca de 45.
Quando inaugurou a fábrica de Santarém, no final de Maio de 2002, Sousa Cintra afirmou que investiu 75 milhões de euros na unidade, acabando por vender a empresa quatro anos depois, já em situação económica difícil, à Iberpartners, de Jorge Armindo, por um valor não revelado.
A Drink In chegou a ter 190 trabalhadores, número que já havia baixado para 115 quando foi pedida a insolvência e que foi reduzido para os actuais cerca de 45 devido à saída dos trabalhadores contratados e dos efectivos que negociaram as rescisões no âmbito do processo da insolvência.
Quando apresentou a sua proposta de aquisição, a Font Salem afirmou ter um projecto que vai trazer "know-how (conhecimentos) e maximizar a actividade comercial da fábrica de Santarém", semelhante aos que desenvolve nas unidades que possui em Espanha.
Fonte dos trabalhadores disse hoje à Lusa que a empresa já começou a mudar o equipamento da fábrica, dotando-a de máquinas mais modernas que está a transferir de uma unidade que encerrou em Espanha.
"A fábrica está a ter um nível de manutenção como nunca teve, nem no tempo do senhor Sousa Cintra nem depois", disse a fonte, adiantando que os trabalhadores que ficaram na empresa estão a ter formação "intensiva".
Num protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Santarém, que é submetido a ratificação na Assembleia Municipal, a Font Salem compromete-se a assegurar o funcionamento da fábrica por um período mínimo de cinco anos.
No documento, a Font Salem "obriga-se a não vender a fábrica" e a mantê-la em actividade "enquanto unidade industrial de produção e/ou engarrafamento de bebidas por um período de cinco anos a contar da data da aquisição".
A cervejeira foi construída por Sousa Cintra em terrenos vendidos pela autarquia pelo preço simbólico de um escudo (cerca de meio cêntimo) o metro quadrado, num processo que gerou polémica e que tem estado em investigação pelo Ministério Público.
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Os espanhóis da Font Salem, do Grupo Damm, assinaram hoje a escritura de aquisição da cervejeira Drink In, em Santarém, comprada por 15,5 milhões de euros, disse à agência Lusa o administrador da insolvência da empresa.
Apesar do interesse manifestado pelo fundador da empresa, Sousa Cintra, apenas a Font Salem apresentou uma proposta de aquisição, em resposta ao anúncio publicado em Novembro último, que impunha um valor de licitação mínimo de 12,5 milhões de euros.
A Drinkin, que pediu a insolvência em Fevereiro de 2009, tinha um passivo a rondar os 120 milhões de euros. A empresa é adquirida "livre do passivo, ónus ou encargos existentes à data da transmissão".
A venda inclui "todos os edifícios, áreas descobertas e os furos de água localizados dentro do terreno" e implica a aceitação dos trabalhadores "existentes à data da venda", que, segundo fonte sindical disse à Lusa, são neste momento cerca de 45.
Quando inaugurou a fábrica de Santarém, no final de Maio de 2002, Sousa Cintra afirmou que investiu 75 milhões de euros na unidade, acabando por vender a empresa quatro anos depois, já em situação económica difícil, à Iberpartners, de Jorge Armindo, por um valor não revelado.
A Drink In chegou a ter 190 trabalhadores, número que já havia baixado para 115 quando foi pedida a insolvência e que foi reduzido para os actuais cerca de 45 devido à saída dos trabalhadores contratados e dos efectivos que negociaram as rescisões no âmbito do processo da insolvência.
Quando apresentou a sua proposta de aquisição, a Font Salem afirmou ter um projecto que vai trazer "know-how (conhecimentos) e maximizar a actividade comercial da fábrica de Santarém", semelhante aos que desenvolve nas unidades que possui em Espanha.
Fonte dos trabalhadores disse hoje à Lusa que a empresa já começou a mudar o equipamento da fábrica, dotando-a de máquinas mais modernas que está a transferir de uma unidade que encerrou em Espanha.
"A fábrica está a ter um nível de manutenção como nunca teve, nem no tempo do senhor Sousa Cintra nem depois", disse a fonte, adiantando que os trabalhadores que ficaram na empresa estão a ter formação "intensiva".
Num protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Santarém, que é submetido a ratificação na Assembleia Municipal, a Font Salem compromete-se a assegurar o funcionamento da fábrica por um período mínimo de cinco anos.
No documento, a Font Salem "obriga-se a não vender a fábrica" e a mantê-la em actividade "enquanto unidade industrial de produção e/ou engarrafamento de bebidas por um período de cinco anos a contar da data da aquisição".
A cervejeira foi construída por Sousa Cintra em terrenos vendidos pela autarquia pelo preço simbólico de um escudo (cerca de meio cêntimo) o metro quadrado, num processo que gerou polémica e que tem estado em investigação pelo Ministério Público.
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