sábado, 31 de julho de 2010

Trânsito

Ponte sobre o Tejo em Constância pode reabrir ao tráfego ligeiro na próxima semana
A ponte rodoviária sobre o Tejo, encerrada a todo o tipo de viaturas desde 21 de Julho, pode reabrir ao tráfego de ligeiros já na próxima semana, mediante os resultados de uma reinspecção em curso.
Manuela Arsénio, vereadora na Câmara Municipal de Constância (CDU), hoje presente na concentração que juntou cerca de 600 pessoas junto à travessia, afirmou à agência Lusa que os técnicos das Estradas de Portugal (EP) “têm estado no terreno a trabalhar sobre o relatório da Refer”, que apontou no início do mês para a falta de segurança de circulação, “para ver se é possível reabrir a ponte” à circulação de veículos ligeiros e viaturas de socorro.
“O Governo Civil de Santarém assegurou que teremos uma resposta na próxima semana”, disse a autarca, no que considerou ser “uma boa notícia” para as populações e responsáveis autárquicos.
“Até hoje ninguém nos dava uma ideia de prazos ou de tempos de espera para o que quer que fosse”, acrescentou Manuela Arsénio, que entendeu a informação como “um passo dado em frente” no processo.
“Se for possível reabrir a circulação a viaturas ligeiras e de socorro, o que pode acontecer na próxima semana, será muito bom para desanuviar os constrangimentos causados às populações”.
“Se tal não for possível, então há que trabalhar rápido no sentido da sua reabilitação”, advogou a autarca.
Com o objectivo de iniciar uma campanha de recolha de 4 mil assinaturas que permitam o agenciamento de um debate no Parlamento, a Comissão de Utentes Unidos pela Ponte (CUUP) agendou para esta noite uma “mega concentração”, tendo recolhido cerca de 600 subscrições.
Um dos primeiros subscritores da iniciativa foi o pároco da freguesia de Santa Margarida, a freguesia mais populosa do concelho e “a mais afectada” com o encerramento da travessia.
O padre Ilídio Mendonça disse à Lusa estar “desde a primeira hora na linha da frente” das reivindicações da população, a quem afirmou a razão assistir.
“As pessoas estão coarctadas nos seus direitos e na sua liberdade de circulação e um povo amordaçado tem de lutar”, afirmou o pároco, que defendeu o diálogo como “via preferencial” para as reivindicações das populações.
Por sua vez, Júlia Amorim, porta voz da CUUP, disse à Lusa que a manifestação foi “importante” porque “permitiu informar a população dos mais recentes desenvolvimentos, iniciar a recolha de 4 mil assinaturas, e aferir da mobilização das pessoas de Constância e dos responsáveis dos municípios vizinhos”, representados no local por autarcas de várias freguesias dos concelhos de Abrantes e Barquinha.
Entretanto, e no seguimento do encerramento da ponte sobre o Tejo, o executivo municipal de Constância, por unanimidade, deliberou “exigir” que a inspecção a fazer pela EP seja “imediata e esclarecedora, esperando que muito em breve a ponte seja reaberta em condições de segurança”.
Por outro lado, reivindicam que o processo de reabilitação do tabuleiro rodoviário seja retomado com a máxima urgência, perante a situação de “retrocesso” nas estruturas viárias que servem o concelho de Constância e limítrofes.
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Sociedade

Companheiro da Presidente da Câmara de Rio Maior detido por posse ilegal de armas
O companheiro da presidente da câmara municipal de Rio Maior, Isaura Morais, foi detido sexta-feira por posse ilegal de armas, na sequência de uma queixa da autarca por violência doméstica.
Na busca realizada em casa do casal, a Polícia Judiciária encontrou duas catanas e duas armas de fogo ilegais, uma delas escondida, não tendo, contudo, sido encontradas munições, disse à agência Lusa fonte policial.
Fonte próxima de Isaura Morais disse à Lusa que, depois de anos de violência física e “tortura psicológica”, a autarca decidiu sexta-feira apresentar queixa por ter sentido a sua vida ameaçada.
Realçando a grande coragem de Isaura Morais, tanto na sua vida privada como pública, a fonte sublinhou que a autarca é mais um exemplo de que este é um flagelo que atinge também figuras públicas.
“Espero que mais este gesto de coragem da Zami (nome carinhoso pelo qual a autarca é tratada por muitos riomaiorenses) sirva de exemplo às mulheres que suportam muitas vezes em silêncio, receando o escândalo e na esperança que um dia o agressor mude”, disse.
O companheiro da autarca ficou detido, sendo presente ao juiz de instrução criminal do Tribunal de Peniche no sábado de manhã.
A fonte ouvida pela Lusa disse esperar que as medidas de coação que forem aplicadas garantam a integridade física da autarca.
*Lusa
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Sociedade

PSP do Cartaxo apreende plantas de cannabis
A PSP apreendeu hoje, no Cartaxo, 12 plantas de liamba (cannabis) com cerca de três metros de altura e 32 quilos de peso.
Em comunicado, a PSP afirma que as plantas foram encontradas num logradouro existente nas traseiras da residência de um homem de 29 anos, que foi detido por cultivo e posse das plantas.
Na operação realizada hoje à tarde foram ainda apreendidas folhas de cannabis suficientes para a preparação de 520 doses individuais, acrescenta o comunicado.
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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Autarquias

Câmara de Constância toma posição sobre encerramento da Ponte sobre o Rio Tejo
Relacionado com o encerramento da Ponte sobre o Tejo, o executivo da Câmara Municipal de Constância, emanou um comunicado com o seguinte teor:
(…) No seguimento do encerramento da ponte sobre o rio Tejo (ligação Constância Sul / Praia do Ribatejo), o Executivo Municipal de Constância, em reunião ordinária de 22 de Julho, por unanimidade, tomou a posição, que abaixo se publica.
“Ponte sobre o Rio Tejo / Ligação entre Constância Sul e Praia do Ribatejo – TOMADA DE POSIÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL - Na sequência dos últimos desenvolvimentos em relação à situação da ponte sobre o Rio Tejo (ligação Praia do Ribatejo/Constância-Sul), nomeadamente: a apresentação de relatório da inspecção efectuada pela REFER; a decisão unilateral e inesperada do encerramento da ponte por essa entidade; aos contactos estabelecidos pelo Senhor Presidente de Câmara com vista à reavaliação da situação e à reactivação do protocolo para intervenção na ponte; às reuniões já realizadas entre a Câmara Municipal e a população; aos prejuízos, limitações, transtornos e graves retrocessos causados pela falta de uma ponte transitável; a Câmara Municipal de Constância, reunida a 22 de Julho, manifesta solidariedade, apreço e concordância em relação à actuação e contactos estabelecidos pelo Presidente de Câmara assim como no que respeita à posição assumida pelo Governo Civil de Santarém, em especial na pessoa da Senhora Governadora Civil. Considerando a importância da ponte em termos locais e regionais exigimos que a inspecção a fazer pela Estradas de Portugal, S. A., seja imediata e esclarecedora, esperando que muito em breve a ponte seja reaberta em condições de segurança. Por outro lado, do mesmo modo, reivindicamos que o processo de reabilitação do tabuleiro rodoviário da ponte metálica de Praia do Ribatejo/ Constância Sul seja retomado com a máxima urgência. Perante a situação de retrocesso nas estruturas viárias que servem o nosso concelho e limítrofes, o Executivo Municipal, no que estiver ao seu alcance, irá agir no sentido de tentar minimizar, nesta fase, os impactos negativos decorrentes do encerramento da ponte e apela, desde já, ao envolvimento de todas as entidades da nossa região numa perspectiva de solução de tão grave problema.”(…)
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Autarquias

Câmara de Santarém abandonou em definitivo projecto da “Praia da Ribeira de Santarém”
A Câmara Municipal de Santarém abandonou em definitivo o projecto da em tempos designada “praia” da Ribeira de Santarém, devido à falta da adesão popular esperada pela autarquia.
Ricardo Gonçalves, vice-presidente da Câmara, disse à agência Lusa que, gorada a expectativa inicial, as duas piscinas amovíveis colocadas em 2007 na margem do Tejo junto à Ribeira de Santarém, acabaram por ser desmontadas e em parte reaproveitadas.
No local para onde foi anunciado um projecto a desenvolver com a empresa A Vida é Bela restam apenas os “esqueletos” das duas piscinas amovíveis e da estrutura que servia de entrada, agravando o aspecto degradado do local, que é normalmente utilizado pelos praticantes de canoagem para entrarem no Tejo.
Admitindo que, “noutra fase”, possa ser ponderada a colocação dos tanques numa das freguesias do concelho, como chegou a ser prometido durante a campanha eleitoral, Ricardo Gonçalves afirmou à Lusa que, para já, a “grande aposta” da autarquia para “refrescar” o verão quente dos escalabitanos é o complexo aquático.
“Em 2009 batemos o recorde de utilizadores no complexo aquático municipal, e este ano está a acontecer o mesmo”, disse.
Aliás, parte do material retirado da “praia” da Ribeira foi levado para o complexo aquático, nomeadamente os decks e as espreguiçadeiras, mas houve também algum do material que ficou degradado aquando da queda da estrutura situada junto à praça de touros e que servia de armazém da autarquia, disse.
As duas piscinas amovíveis foram adquiridas por 80 mil euros em 2007, ano em que apenas funcionaram em Setembro, no que foi anunciado como o arranque de um projecto da ordem dos 500 mil euros a realizar em parceria com A Vida é Bela.
A “praia” da Ribeira, como chegou a estar anunciada em placas, ainda funcionou no verão de 2008, já sem a parceria com a empresa por “falta de condições financeiras”, como anunciou na altura o então vereador responsável pelo projecto, Ramiro Matos.
O facto de ter sido instalado numa zona degradada, para a qual a autarquia tem um projecto candidatado a fundos comunitários, terá retirado atractividade ao investimento, admitia na altura Ramiro Matos.
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Sociedade

Ministro da Administração Interna sublinhou em Torres Novas a importância da formação de novos Chefes da PSP
O ministro da Administração Interna sublinhou hoje a importância da formação de 199 novos chefes da Polícia de Segurança Pública, inserindo-a no esforço de reforço do dispositivo em todas as classes policiais.
Rui Pereira presidiu hoje, na Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, à cerimónia de juramento dos novos chefes, que concluíram nove meses de uma formação que não se realizava desde 2005 e que foi ministrada com um novo plano de estudos.
O ministro sublinhou o reforço que tem vindo a ser feito tanto na PSP como na GNR, referindo os mil novos agentes e os mil novos militares admitidos em 2009 e a abertura de novo concurso este ano para igual número de efectivos.
Apontou ainda a admissão na PSP, ocorrida este ano, de 40 oficiais formados pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna.
Rui Pereira frisou a “importância crucial” dos chefes na PSP, pela função de chefiar operacionalmente os agentes em áreas tão diversas como a segurança, a investigação criminal, a protecção civil, a segurança rodoviária, entre outras.
O director nacional da PSP, Francisco Pereira, congratulou-se com o fim do hiato de cinco anos na formação de novos chefes, frisando que a acção decorreu num momento caracterizado “por profundas alterações legislativas”.
Referiu em particular o novo estatuto do pessoal, que sofreu alterações significativas, nomeadamente em matéria de horários e progressão na carreira, pedindo aos agentes “compreensão e profundo sentido de disciplina”.
O director da Escola Prática de Polícia, José Ferreira Oliveira, referiu que o novo plano de estudos do curso passou a incluir uma disciplina de gestão e liderança e um estágio intercalado em dois períodos, que permitiu aos novos chefes experimentarem as funções de supervisor, graduado e chefe de equipas de intervenção rápida.
“Foi um curso que se socorreu das novas tecnologias”, disse, referindo a utilização, pela primeira vez, do portal de e-learning do Ministério da Administração Interna.
Dos 200 agentes inscritos no curso (185 homens e 15 mulheres), concluíram 199, tendo 16 dos agentes iniciado o processo de reconhecimento de validação de competências para completarem o ensino secundário, disse.
*Lusa
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Sociedade

Comissão de Utentes Unidos pela Ponte de Constância convoca para esta noite concentração de protesto
A Comissão de Utentes Unidos pela Ponte, de Constância, convocou para a noite de hoje uma nova concentração de protesto pelo encerramento da travessia sobre o Tejo, naquela localidade.
Além de mais um protesto pelo encerramento da ponte, o objectivo da concentração é iniciar a recolha de assinaturas com vista a uma petição à Assembleia da República.
Júlia Amorim, porta-voz da Comissão, disse à agência Lusa que a manifestação de hoje, “apesar do descontentamento das populações” por estar privada de uma acessibilidade “essencial”, será “pacífica”.
“Informar a população do que está a ser feito pelas entidades que têm responsabilidades nesta matéria, apelar à participação e mobilização das populações de Constância mas também dos concelhos vizinhos e provocar um debate na Assembleia da República, através da recolha de 4 mil assinaturas que permitam o seu agendamento” são os objectivos da concentração.
Segundo Júlia Amorim, as entidades responsáveis “estão a desenvolver esforços” com vista à resolução do problema, tendo em vista uma nova inspecção ao tabuleiro rodoviário.
“Apesar dos ritmos lentos de trabalho houve alguns desenvolvimentos, pelo que vamos continuar a manifestarmo-nos de forma pacífica, sendo que a Comissão se demarca de qualquer acção isolada que possa pôr em causa a segurança de pessoas e bens”, sublinhou Júlia Amorim.
O encerramento da ponte, em resultado de uma inspecção realizada pela Refer na quarta-feira da semana passada, gerou a revolta das populações, que reivindicam a construção de “uma nova travessia que sirva o concelho”, tendo exigido que se realize “de imediato” uma nova inspecção à travessia, com “divulgação urgente dos seus resultados e se inicie o processo da obra de reabilitação da velha ponte”, adaptada ao tráfego rodoviário em 1988.
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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sociedade

Processo de instalação dos novos Tribunais em Santarém está em curso
O secretário de Estado da Justiça assegurou hoje que o processo de instalação em Santarém dos Tribunais da Propriedade Industrial, da Concorrência, Regulação e Supervisão e da Relação está “em marcha”.
João Correia falava na cerimónia de assinatura de um protocolo com a câmara municipal de Santarém para instalação de 15 aparelhos de ar condicionado no Palácio da Justiça da cidade.
Segundo disse, o anúncio feito pelo primeiro ministro, José Sócrates, no passado dia 25 de Abril em Santarém, “não está esquecido”, sendo preciso ultrapassar os “obstáculos burocráticos” para criação do prometido “campus da justiça” numa cidade que se situa “no centro nervoso do país”.
Sem querer apontar uma data para instalação da nova centralidade judiciária no antigo edifício da Escola Prática de Cavalaria, onde irá funcionar a Fundação da Liberdade, João Correia referiu a necessidade de aprovação dos diplomas na Assembleia da República, realização de registos, de escrituras, realização de obras, procedimentos que, assegurou, estão em curso.
“O Gabinete do senhor ministro (da Justiça) está seriamente empenhado neste processo”, adiantou.
O secretário de Estado realçou o espírito de cooperação “desinteressada” existente com a câmara municipal de Santarém, realçando que o Ministério da Justiça mantém boas relações também com outros municípios que “tiveram a coragem de cooperar”.
O presidente da câmara municipal de Santarém, Francisco Moita Flores (independente eleito pelo PSD), respondeu aos que criticam a assunção de uma despesa que é da responsabilidade da administração central, afirmando que a “Respublica é una” e que a climatização do tribunal local serve milhares de escalabitanos e contribui para o exercício de uma “boa administração da justiça”.
Moita Flores frisou que o protocolo hoje assinado, na principal sala de audiências do tribunal de Santarém, já refrescada por dois aparelhos de ar condicionado, é “o início de um caminho para a dignificação de Santarém e da Justiça”.
Os aparelhos de ar condicionado foram retirados das escolas de primeiro ciclo climatizadas no seu primeiro mandato e que entretanto encerraram, disse, ficando agora a responsabilidade pela sua manutenção a cargo da administração central.
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Empresas

Estalagem Vale Manso licitada por um milhão de euros
A Estalagem Vale Manso, unidade hoteleira de cinco estrelas situada junto à barragem de Castelo do Bode, no concelho de Abrantes, foi hoje a leilão, tendo sido licitada por um milhão de euros.
Filipe Correia, da Onefix – Leiloeiros, disse à agência Lusa que a venda da estalagem, que encerrou em Fevereiro de 2009, entrando em processo de insolvência, foi feita de forma provisória, já que a base de licitação (1,535 milhões de euros) era superior ao valor hoje oferecido.
A proposta vai agora ser analisada pela comissão de credores, que decidirá sobre a sua aceitação ou não.
A venda inclui o imóvel e todos os equipamentos e mobiliário da unidade.
A estalagem de Vale Manso situa-se na margem esquerda do rio Zêzere, com vista para a barragem de Castelo do Bode, tendo 22 quartos e duas suites.
Entre os credores encontram-se os 15 funcionários que em Fevereiro de 2009 decidiram suspender os contratos de trabalho por terem vários salários em atraso.
Para o Sindicato da Hotelaria do Sul, a estalagem, inaugurada em 1998, faliu por “erros acumulados de gestão”, tendo funcionado em autogestão ao longo de todo o ano de 2008.
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Sociedade

PSP de Santarém encontrou jovem desaparecida
A PSP de Santarém encontrou hoje, em Foros de Benfica (Almeirim), uma jovem de 16 anos dada como desaparecida desde o passado dia 07.
Em comunicado, a PSP afirma que a menor, que saiu de casa “de sua livre e espontânea vontade”, foi encontrada numa zona isolada de Foros de Benfica, onde terá pernoitado, na última noite, em casa de um indivíduo de 55 anos e com o filho deste, de 20 anos. A jovem, com sinais evidentes de falta de higiene, encontrava-se em “boas condições físicas e psíquicas”, adianta o comunicado.
A menor foi entregue à família, em Santarém, tendo o caso sido remetido à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e ao Ministério Público.
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Autarquias

Envendos reclama melhores acessibilidades à A23
A “falta de condições de segurança” no troço entre Envendos (Mação) e o nó da A23, levou hoje o presidente da junta de freguesia local a reclamar a construção de uma variante de ligação àquela via rápida.
Em declarações à agência Lusa, João Pereira disse que o percurso entre a freguesia de Envendos e o nó de acesso à A23 é efectuado pela Estrada Nacional (EN) 359, num troço com cerca de 3800 metros, cuja estrada possui uma plataforma muito reduzida não permitindo que dois veículos se cruzem com segurança, “muito menos quando se tratam de veículos pesados, cujo tráfego é muito significativo”.
João Pereira afirmou que o problema “exige solução urgente”, uma vez que se tratam de vias nas quais existe um movimento de circulação automóvel diário bastante grande, podendo contabilizar-se até cerca de 40 camiões que todos os dias circulam naquela estrada.
“Desde que a Unicer deslocalizou para Envendos a sua central de distribuição, em meados do ano passado, que a circulação de pesados aumentou significativamente numa via onde não cabem dois camiões lado a lado”, disse o responsável.
Segundo João Pereira, “todos os dias se verificam sérios perigos de circulação que põem em causa a segurança de todos os condutores, que são obrigados a desviar-se para as bermas quando se cruzam com veículos que circulam em sentido contrário, numa estrada que tem locais que nem chegam a ter 4 metros de largura”.
O autarca disse ainda que as condições daquela via são um “estrangulamento” ao desenvolvimento da freguesia, como única via de acesso à A23, reclamando o “imediato” alargamento da via e a construção da variante de Envendos, “já prevista” no Plano Rodoviário Nacional.
Esta reivindicação foi já enviada pelo autarca à empresa Estradas de Portugal.
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Cultura

Vida e obra de Bernardo Santareno vai estar em exposição na cidade de Abrantes
A vida e obra de Bernardo Santareno, considerado um dos maiores dramaturgos portugueses do século XX, vai estar em destaque numa exposição na Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, entre 2 a 31 de Agosto.
Trata-se de uma mostra evocativa dos 90 anos de Bernardo Santareno, escritor e dramaturgo, em painéis com textos e fotos que vão ocupar um piso da biblioteca de Abrantes, a par de uma mostra bibliográfica do autor.
Francisco Lopes, director da Biblioteca Municipal António Botto, disse à agência Lusa que a exposição é uma colecção “interessante” para quem gosta de teatro, tendo em conta que Bernardo Santareno é um “dramaturgo incontornável” na história portuguesa do século XX.
“Somos um país relativamente pobre em dramaturgos e Bernardo Santareno, para além de ser ribatejano, continua a ser uma figura incontornável e um autor muito querido, cujas peças continuam a ser levadas à cena”, disse.
“Esta exposição é aliciante e enriquecedora quer para quem já conhece, quer para quem quer conhecer as peças de Santareno, porque são peças de que todos gostam”, afirmou o responsável, acrescentando que “reflectem muito o ambiente da ditadura e do Estado Novo”.
Nascido em Santarém, a 19 de novembro de 1920, Bernardo Santareno publicou três livros de poesia, em edição de autor: "A Morte na Raiz" (1954), "Romances do Mar" (1955) e, "Os Olhos da Víbora" (1957).
Em 1959, publicou o livro de narrativas "Nos Mares do Fim do Mundo", fruto da sua experiência na pesca do bacalhau, tendo traduzido obras de autores estrangeiros, como André Gide.
Foi, no entanto, como dramaturgo que se notabilizou, tendo escrito, entre outras, obras como "A Promessa", "O Bailarino", "A Excomungada", O Lugre", "O Crime da Aldeia Velha","O Duelo" e "O Pecado de João Agonia".
Entre 1954, ano em que publicou o seu primeiro livro e o ano da sua morte, 1980, Bernardo Santareno escreveu dezanove peças de teatro, uma das quais especificamente concebida para televisão.
Com produção do Instituto Bernardo Santareno e da Câmara Municipal de Santarém, a exposição intitula-se “Bernardo Santareno, pseudónimo de António Martinho do Rosário – Vida e Obra”.
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Sociedade

Detido na região de Alcanena suspeito de abuso sexual de menor
Na região de Alcanena, a Polícia Judiciária (PJ) constituiu como arguido um homem de 41 anos suspeito de abuso sexual de uma menor dependente.
De acordo com um comunicado da PJ, o homem, identificado e interrogado pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria, foi proibido pelo juiz de instrução criminal de contactar com a menor.
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Sociedade

Bloco de Esquerda denuncia intenção da Segurança Social fechar Delegação em Marinhais
O Vereador do Bloco de Esquerda eleito na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Luis Gomes, denunciou na tarde desta quarta-feira, na reunião do executivo camarário, a suspeita de encerramento da delegação dos serviços da Segurança Social em Marinhais.
Ao assinalar este facto, o Vereador lamentou tal facto, salientando ainda que a suspensão daquela delegação deve acontecer em pleno mês de Agosto, aproveitando o período de férias.
A delegação dos serviços da Segurança Social em Marinhais serve quatro das seis freguesias do concelho (Marinhais, Glória de Ribatejo, Muge e Granho), ou seja, cerca de 11 mil habitantes.
“O seu fecho é um retrocesso na prestação de serviço público e diminuição clara das condições de vida destas populações, pelo que o Bloco exige transparência da Direcção Regional de Santarém da Segurança Social em todo este processo”, diz o vereador bloquista. Adiantando, “o Bloco de Esquerda irá questionar o Ministro da tutela sobre quais as intenções sobre o futuro da delegação em causa”.
O município de Salvaterra de Magos irá interceder junto da Direcção Regional de Santarém da Segurança Social de forma a evitar esta intenção.
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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Lazer

Casais Robustos, concelho de Alcanena, organiza Festas Tradicionais
A aldeia de Casais Robustos, concelho de Alcanena, organiza as festas anuais nos próximos dias 7,8, e 9 de Agosto.
Com várias actividades agendadas, destacam-se os festejos religiosos com a tradicional missa e procissão, a realizar no Domingo dia 8, enquanto na noite anterior, sábado, a tradição do “Jantar da Barba” será uma referência na aldeia, culminando as noites com os bailes populares.
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Política

Concelhia do PS do Cartaxo vai pedir explicações sobre “irregularidade” de conta bancária
A Concelhia do PS do Cartaxo vai pedir, a três anteriores presidentes deste órgão, explicações sobre a existência de uma conta bancária “irregular”, anunciou a estrutura partidária.
Em comunicado, o Secretariado do PS/Cartaxo, presidido desde Março por Pedro Ribeiro, dá conta de que a conta regista “movimentos sem enquadramento legal”, pelo que foi decidido solicitar a Paulo Caldas (actual presidente da Câmara e que se desvinculou já do PS), Câncio Ribeiro e Rute Ouro - ex-presidentes da Comissão Política entre 2008 e 2010 - esclarecimentos sobre o assunto.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Caldas mostrou-se surpreendido e negou ter conhecimento da existência da conta.
“Não sei o que é”, disse.
Segundo os actuais dirigentes da Concelhia socialista, o caso foi tornado público para que estes não sejam “responsabilizados por qualquer eventual ilegalidade cometida” pelos seus antecessores.
A estrutura partidária decidiu, entretanto, pedir parecer à Comissão Nacional de Fiscalização Económica e Financeira e à Comissão Federativa de Fiscalização Económica e Financeira do PS de Santarém.
*Lusa
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terça-feira, 27 de julho de 2010

Sociedade

Comissão de Utentes Unidos pela Ponte de Constância cancelou concentração
A Comissão de Utentes Unidos pela Ponte, de Constância, cancelou a concentração que estava marcada para as 20:00 de hoje, e que visava protestar pelo encerramento da travessia sobre o Tejo.
Júlia Amorim, da Comissão de Utentes Unidos pela Ponte, disse à agência Lusa que a concentração prevista para esta noite “não era oportuna” tendo em conta que o Ministério das Obras Públicas informou esta manhã que o assunto está ser encaminhado pelas entidades competentes locais e nacionais”.
“Não devemos tomar hoje posições de força o que não quer dizer que dentro de dois ou três dias isso não possa suceder”, afirmou, tendo sublinhado os objectivos resultantes dos contactos com a população e que passam pela “urgente reabertura da ponte, reabilitação da mesma e futura construção de uma nova ponte, que sirva o concelho e a região”.
O corte da circulação no tabuleiro rodoviário da ponte de Constância ocorreu quarta feira da semana passada, no seguimento de uma inspecção da REFER, o que tem originado fortes protestos da população que prometeu “intensificar e endurecer as formas de luta” a partir desta semana.
“Vamos continuar a exercer uma pressão diplomática e ter mais alguma paciência mas esta pode esgotar-se de um momento para o outro”, disse à Lusa Adelino Gomes, também da Comissão de Utentes Unidos pela Ponte.
“Nesta fase devemos ter alguma paciência, porque percebemos que nesta altura do ano é difícil que se consigam reunir todos os técnicos necessários à realização de uma nova inspecção à ponte”.
No entanto, continuou, “decidimos agendar algumas acções de protesto, que serão oportunamente divulgadas, entre elas uma mega concentração com data a definir assim como a recolha de assinaturas com o objectivo de provocar um debate sobre o assunto, na Assembleia da República”.
Segundo Adelino Gomes, “se a mega concentração tiver de ser realizada é porque chegámos ao fim da ponte”.
“Chegados lá, vamos ter de ultrapassar essa barreira e essa barreira vai ser aberta pela população”, assegurou, tendo acrescentado que a população “está atenta e ao primeiro sinal que esta comissão mande para a rua é exactamente para actuar”.
“Se do outro lado não tivermos receptor da nossa preocupação e do nosso trabalho é evidente que alguém tem de nos ouvir, e se não ouvirem a bem ouvem a mal”, disse Adelino Gomes, adiantando que poderão ser tomadas atitudes “mais radicais”.
“Se não nos deixam passar de carro também não podem passar de comboio”, sugeriu.
A travessia, que funciona num dos tabuleiros da ponte ferroviária adaptado à circulação rodoviária em 1988, foi encerrada na última quarta feira pela Refer, que alegou razões de segurança.
A interdição de circulação provocou a revolta das populações, que já marcaram protestos, exigindo uma inspecção do equipamento.
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Sociedade

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) sugere à Ministra da Saúde que a equipa dirigente do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) seja mais dialogante e mais eficaz
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) sugeriu à ministra da Saúde que a próxima equipa dirigente do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) seja mais pequena, mais dialogante e mais eficaz.
Numa carta enviada a Ana Jorge, a CUSMT faz alguns “comentários” sobre a actividade da equipa que cessa funções em Outubro e algumas “sugestões” sobre a composição do futuro órgão dirigente do CHMT.
Para a CUSMT, o aumento do número de elementos do actual conselho de administração, que terá partido de alegados “equilíbrios político partidários e regionais”, não se traduziu “em quaisquer ganhos de eficiência e eficácia nem na definição de um plano estratégico para tão importante unidade de saúde”.
“Nem o objectivo de equilibrar a situação financeira, bem explícito pelos responsáveis aquando da tomada de posse, foi alcançado, tendo até piorado”, afirma a CUSMT na carta à ministra da Saúde.
A comissão de utentes sublinha a necessidade de valorização do CHMT “em todas as suas valências como unidade pública de saúde” e de promoção de sinergias e da colaboração com outros níveis de cuidados de saúde, nomeadamente os primários e continuados.
Lembrando que o conselho consultivo do CHMT nunca chegou a ser constituído, a CUSMT sugere, na esteira da auditoria do Tribunal de Contas à gestão do centro hospitalar que congrega os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, a constituição de uma equipa mais pequena, mais coesa e mais dialogante com os profissionais e a comunidade.
Pede ainda mais eficácia na “definição e aplicação de um plano estratégico que dinamize os serviços existentes, crie outros e aproveite todas as potencialidades de instalações e equipamentos, como forma de servir o desenvolvimento social e económico da região e do país”.
Numa outra carta, a CUSMT pede uma reunião ao presidente do conselho de administração do CHMT “para análise das medidas de contenção de despesas e pedido de informação sobre as listas de espera para consultas e cirurgias”, já que têm sido “recorrentes as queixas por parte dos utentes”.
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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Autarquias

Câmara de Santarém aprovou voto de pesar pela morte de Ladislau Botas
A Câmara Municipal de Santarém aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do primeiro presidente da autarquia democraticamente eleito, Ladislau Teles Bota.
A reunião do executivo municipal começou com um minuto de silêncio e a aprovação do voto de pesar, com condolências à família.
“Ladislau Botas contribuiu de maneira decisiva, enquanto primeiro presidente eleito pelo poder local do Portugal democrático, para a afirmação de Santarém e do poder autárquico em liberdade”, afirma o pesar, sublinhando que “Santarém perdeu uma figura ímpar da sua história recente”.
Para os eleitos escalabitanos, “o país perdeu um democrata, um homem que acreditava no seu partido, nos projectos de renovação e progresso que nele se albergavam e contribuiu, quer na Assembleia Constituinte e, sobretudo, à frente dos destinos da Câmara Municipal de Santarém para afirmar os princípios da cidadania e arrancar para a caminhada que são estes quase 37 anos de caminho da Liberdade”.
Militante socialista, Ladislau Teles Botas, que presidiu à autarquia escalabitana de 1977 a 1992 e integrou a Assembleia Constituinte, faleceu com 74 anos, de doença prolongada, na noite de sexta feira, tendo estado em câmara ardente nos Paços do Concelho.
O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores (independente eleito pelo PSD) decretou luto municipal nos dias de sábado e domingo (dia em que se realizou o funeral).
Em comunicado, a Concelhia de Santarém do PS sublinhou a dedicação do ex-autarca “ao serviço do bem comum”, considerando-o “um exemplo de cidadania para todas as gerações e para todo um país”, que “deveria honrar e imitar todos aqueles que o serviram até ao limite das suas forças”.
“O PS orgulha-se de tão grande cidadão e espera ser digno de tão grande exemplo de vida, importante na construção de um concelho mais feliz no novo Portugal de Abril”, afirma o comunicado do partido.
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Sociedade

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo exige medidas do governo no encerramento da ponte de Constância
O conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) exigiu hoje que o Governo assuma as responsabilidades de “gestão, manutenção e plena reabilitação” da ponte que liga Praia do Ribatejo a Constância Sul.
Em comunicado, os responsáveis da CIMT exigem que a ponte, encerrada a semana passada por determinação da Refer, seja considerada “uma infra-estrutura de interesse regional” e que o investimento necessário à sua reabilitação seja incluído como “prioritário” no Ministério das Obras Públicas.
O conselho executivo da CIMT, que integra os municípios de Torres Novas, Tomar, Constância, Abrantes, Alcanena, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Ourém, Sardoal e Vila Nova da Barquinha, lamentou “profundamente” o encerramento da ponte “pelo incómodo e prejuízos causados aos mais de 4000 utentes diários” daquela infra-estrutura.
A CIMT reafirma a “importância estratégica” da ponte para o “tecido socioeconómico do Médio Tejo, na medida em que permite o acesso à A23 das empresas e unidades militares localizadas na margem sul do rio Tejo”, nomeadamente Caima, Mitsubishi, Brigada Mecanizada, centros de resíduos industriais perigosos.
A travessia, que funciona num dos tabuleiros da ponte ferroviária adaptado à circulação rodoviária em 1988, foi encerrada na última quarta feira pela Refer, que alegou razões de segurança.
A interdição de circulação provocou a revolta das populações, que marcaram novo protesto para terça-feira ao princípio da noite se até lá não for iniciada nova inspecção, desta vez pelas Estradas de Portugal, para avaliar a possibilidade de abertura da ponte a veículos ligeiros.
Um protocolo assinado em 1984 com as autarquias de Constância e Vila Nova da Barquinha remetia para estes municípios a responsabilidade pela manutenção da infra-estrutura.
Também o Bloco de Esquerda entregou hoje, no Parlamento, uma pergunta ao Governo questionando quando estará concluída a inspecção à ponte a realizar pela Estradas de Portugal, já que a realizada pela Refer (que determinou o encerramento da travessia) “usou os critérios aplicados a pontes ferroviárias”.
“Se esta inspecção determinar a necessidade de realizar obras de reabilitação da ponte, qual o prazo em que essa obra poderá ser executada”, questiona o BE, perguntando ainda para quando está prevista uma nova ponte rodoviária que permita, nomeadamente, a circulação de pesados.
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Sociedade

Encontrado corpo do homem desaparecido nas águas da praia Fluvial de Valada
Os bombeiros encontraram, cerca das 10:30 de hoje, o corpo do cidadão estrangeiro dado domingo como desaparecido no rio Tejo, junto a Valada, no concelho do Cartaxo.
Mário Silvestre, comandante dos bombeiros municipais do Cartaxo, disse à agência Lusa que o corpo foi encontrado cerca de hora e meia depois de terem sido retomadas as buscas no Tejo.
O homem, um cidadão de nacionalidade romena com cerca de 30 anos, desapareceu domingo à tarde quando tomava banho no rio juntamente com alguns amigos.
As buscas iniciaram-se por volta das 16:45 de domingo, tendo sido suspensas cerca das 20:30.
Ao início da manhã de hoje, um grupo de oito mergulhadores (quatro da corporação de bombeiros do Cartaxo, dois da de Alpiarça e dois da de Benavente) retomou as buscas, com o auxílio de duas embarcações.
O cidadão, imigrante, não terá família a residir em Portugal.
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Saúde

Hospital de Abrantes vai ter obras de modernização de serviços e requalificação das instalações
O hospital de Abrantes, inaugurado há 25 anos, está a ser objecto de trabalhos de modernização de serviços e requalificação das instalações, num investimento de 4 milhões de euros (ME).
As intervenções em curso na unidade – que integra o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), conjuntamente com os hospitais de Tomar e Torres Novas -, estão centradas na melhoria dos serviços de urgência e zona de triagem e na reinstalação dos serviços farmacêuticos do piso 10 para o piso térreo.
João Vaz Rico, gestor do hospital desde 2007, disse à agência Lusa que, a curto prazo, será instalada uma unidade de cuidados continuados de convalescença com capacidade para 47 camas, no piso 10 do hospital, integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados, num investimento global de 1,8 ME.
Segundo Vaz Rico, até ao final do ano vão avançar outros investimentos na requalificação física da unidade e no reforço da qualidade da prestação de serviços, como nos casos do internamento, pediatria, alimentação e dietética.
O gestor da unidade hospitalar – dotada de 192 camas e 740 colaboradores dependentes – sublinhou outro “investimento de fundo”, na ordem dos 1,4 ME, que resultará da construção de uma nova cozinha e de um novo restaurante/refeitório.

Desde Outubro de 2007 que, por deficientes condições a cozinha do hospital de Abrantes está encerrada na sequência de uma inspecção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), funcionando desde então através de um sistema em que as refeições chegam já embaladas, sendo depois preparadas e distribuídas no refeitório e nas enfermarias.
O montante global de investimentos, que ronda os 4 ME, é justificado pelo gestor com a “necessidade da melhoria do estado das instalações e dos serviços de atendimento”, sublinhando a integração no CHMT de três unidades hospitalares, que “apresentam diferentes idades entre si”.
“O projecto que esteve na origem deste hospital remonta à década de 1970, sendo que hoje temos outras necessidades e temos de adaptar os espaços a novas funções, nomeadamente com a adequação de estruturas para uma resposta cabal ao aumento médio de esperança de vida, mas também de doenças crónicas”, disse.
“Temos de ultrapassar esta barreira de sermos uma unidade hospitalar com 25 anos para as outras, de Tomar e Torres Novas, inauguradas há sete e dez anos”, advogou.
Vaz Rico disse ainda que os novos serviços de recepção de urgência e respectiva zona de triagem entrarão em funcionamento terça-feira, 27 de Julho, depois da colocação de tetos falsos e novo sistema de ventilação.
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Autarquias

Autarquia de Abrantes prolonga medidas de apoio social
A Câmara Municipal de Abrantes deliberou prolongar as medidas de apoio social implementadas no concelho há um ano, devido à necessidade de “continuar a apoiar as pessoas com comprovada carência económica em contexto de crise”.
Para além de reforçar os apoios directos, a autarquia criou um Banco Social, em parceria com a Rede Social concelhia e o Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA), visando uma concertação de esforços no apoio às famílias afectadas pelo desemprego.
Para o efeito, a autarquia contribuiu com um depósito inicial de 50 mil euros e disponibilizou um técnico de serviço social para participar no processo de análise das situações familiares.
Em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, disse que “este é um apoio em fim de linha, quando já se esgotaram todos os mecanismos de apoio existentes”.
Segundo a autarca, este fundo social comunitário “conta com a generosidade da comunidade, uma vez que está aberta à participação de todos, desde empresas a instituições e pessoas particulares”.
Maria do Céu Albuquerque adiantou que, desde que existe este mecanismo - fevereiro de 2009 -, foram analisados 51 processos, tendo sido apoiados 24 casos.
O montante mínimo atribuído foi de 150 euros, enquanto o máximo foi de 2000 euros, sendo a média de apoios concedidos de 1019 euros, para situações de rendas da casa em atraso, mensalidades bancárias destinadas a habitação, saúde ou apoio alimentar.
A Presidente da Câmara adiantou à Lusa estar a ultimar a criação do um novo programa denominado FinSocial - Programa de Financiamento a Actividades, Iniciativas e Eventos de Cariz Solidário, com o programa de financiamento a ser extensível a associações culturais, desportivas ou outras que desenvolvam projectos de solidariedade e apoio aos mais desfavorecidos.
“Existem já algumas associações que desenvolvem actividades destinadas às suas comunidades, através da realização de acções vocacionadas para crianças, jovens ou terceira idade e este programa pretende apoiar financeiramente essas associações, mas também estimular outras a desenvolverem actividades nesse âmbito”, explicou.
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Autarquias

Câmara de Abrantes vai avançar com segunda fase do projecto Aquapolis
A Câmara Municipal de Abrantes vai avançar com a segunda fase do projecto Aquapolis, correspondente a um investimento de 1,7 milhões de euros, e que visa a recuperação das margens ribeirinhas do Tejo.
Uma das principais obras deste projecto - onde já foram investidos cerca de 10 milhões de euros desde 2006 – é o açude insuflável no rio, inaugurado em 2008, e que permitiu a criação de um espelho de água com 80 hectares de superfície.
Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, disse à agência Lusa que esta segunda intervenção no Aquapolis vai incidir sobre o reordenamento da margem sul do rio, com uma “operação de requalificação urbana e ambiental que irá dar uma nova vida ao espaço entre a ponte rodoviária e a zona da Fonte dos Touros”, em Rossio ao sul do Tejo.
Esta margem tinha já sido alvo de uma primeira intervenção, com a criação de zonas verdes, passeios e infra-estruturação.
A nova intervenção, mais profunda, “vai criar um espaço mais dinâmico”, disse a autarca, adiantando que, entre o hipódromo e os Mourões, vai nascer uma praça aberta ao Tejo - com cobertura para garantir sombra e iluminação nocturna - e com condições para a realização de espectáculos.
A praça ficará dotada de condições para utilização durante todo o ano e funcionará também como local de apoio logístico a eventos.
Segundo Maria do Céu Albuquerque, a zona dos Mourões irá ser iluminada e, em seu redor, nascerá um prado de regadio com uma zona com equipamentos específicos para crianças e idosos e onde será criado um percurso ribeirinho entre a base da ponte rodoviária e a Fonte dos Touros.
Para além desta intervenção, a autarquia tem também em andamento o processo para construção de um Centro Náutico, na margem norte. Na margem sul, por sua vez, entrou este ano em funcionamento uma estação de canoagem que inclui também um projecto de requalificação e ampliação do parque de campismo, ainda na localidade de Rossio ao sul do Tejo.
A autarca acrescentou estarem também em desenvolvimento projectos de percursos ribeirinhos e de um Centro de Interpretação do Tejo Ibérico, para o qual estará assegurado financiamento em termos de conteúdos, no âmbito de uma parceria com as câmaras de Constância e Vila Nova da Barquinha, através do programa Polis dos Rios.
Maria do Céu Albuquerque admite que no último trimestre do ano possa ter início a empreitada em obra, que tem já assegurada comparticipação financeira no âmbito do programa “Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro”.
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Cultura


Estátua “Oureana” apresentada na cidade de Ourém
Foi apresentada na passada sexta-feira na cidade de Ourém, uma estátua que foi denominada por “Oureana”, estando a mesma intimamente ligada a aquela cidade.
O trabalho é da autoria de Ana Oliveira, sendo o resultado de um projecto final de mestrado, “inspirado numa flor denominada lírio da lua ou madressilva da terra, que nos remete para o elemento água e para a lua, sendo a flor dos sonhos e do amor. Um amor intenso, tal como conta a lenda de Oureana, mas muitas vezes irrealizado, reprimido ou sublimado”.
A apresentação decorreu na presença de familiares e amigos, membros da Câmara Municipal de Ourém, bem como professores do mestrado em Escultura Pública da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
António Marques, professor e orientador deste projecto salientou que “foi de facto uma grande aventura, pois é mais fácil ter ideias e sonhar do que concretizar”.
José Alho, vereador do pelouro da cultura da Câmara, referiu que “este tipo de projecto é um bom exemplo de como fazer cultura, com expressão artística, em Ourém.”
A estátua pode ser visitada no parque relvado localizado na parte posterior do edifício dos Paços do Concelho.
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domingo, 25 de julho de 2010

Sociedade

Homem desaparece nas águas da Praia Fluvial de Valada
Um homem de nacionalidade romena desapareceu este domingo à tarde nas águas do rio Tejo, junto à praia fluvial de Valada, no Cartaxo, disse fonte dos bombeiros municipais, escreve a Lusa. Segundo o comandante Mário Silvestre, o homem estaria a tomar banho com amigos e desapareceu na água.
O alerta foi dado por volta das 16:45 e os bombeiros municipais do Cartaxo fizeram buscas na água e nas margens do rio com recurso a quatro mergulhadores, apoiados por duas embarcações. Foram ainda feitas diligências para encontrar o homem nos estabelecimentos comerciais e nas ruas da povoação de Valada, sem êxito, referiu a mesma fonte.
As buscas foram suspensas por volta das 20:30 de hoje e vão ser retomadas na segunda-feira pelas 09:00.
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Meteorologia

Temperaturas vão subir mais no início da semana
A região ribatejana, assim como, o restante território continental está a atravessar uma vaga de calor. Segundo dados do Instituto de Meteorologia, esta segunda e terça-feira, as temperaturas vão aumentar mais um pouco, podendo ultrapassar em alguns locais os 40ºC.
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Autarquias

Câmara de Ourém quer ordenação no estacionamento na zona balnear do Agroal
Com a grande afluência de veículos à zona balnear do Agroal, sobretudo nesta época do ano, tem-se verificado que o estacionamento no local é bastante desordenado, provocando sérios constrangimentos à circulação automóvel e dificuldades de acesso dos meios de socorro ao local.
Neste sentido, a Câmara Municipal de Ourém, no uso das suas competências e em colaboração com a Empresa Municipal Ambiourém, deliberou:
a) Garantir que o estacionamento apenas se processe no sentido Formigais – Agroal;
b) Proceder à colocação provisória de grades de balizamento na berma da estrada no sentido Agroal - Formigais, as quais serão substituídas por pinos de balizamento permanentes no decorrer da semana que se segue;
c) Efectuar o reforço da sinalização de trânsito no local.
Com esta acção pretende-se melhorar a circulação automóvel no local, garantindo a circulação nas duas faixas de rodagem, evitando os habituais congestionamentos do tráfego rodoviário, bem como a acessibilidade dos meios de socorro ao local em caso de necessidade.
A autarquia Ouriense, relembra-se que nas imediações do Agroal (no sentido Formigais – Agroal) existe um parque de estacionamento com cerca de 56 lugares, no qual se tem verificado uma ocupação residual ou mesmo nula, pretendendo-se a promoção e divulgação da sua localização.
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sábado, 24 de julho de 2010

Necrologia

Faleceu o ex-presidente da Câmara de Santarém Ladislau Botas
Faleceu esta sexta-feira Ladislau Teles Botas, antigo presidente socialista na Câmara de Santarém.
Ladislau Botas, tinha 74 anos e sofria de doença de Parkison há vários anos. Geriu os destinos da câmara scalabitana entre 1977 e 1992.
O corpo encontra-se em câmara ardente no salão nobre da Câmara de Santarém. O funeral realiza-se este Domingo, às 11 horas, para o cemitério dos Capuchos, em Santarém.
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Sociedade



Imagem:A.Anacleto
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População protesta em Constância contra o encerramento da ponte

Mais de meio milhar de pessoas estiveram concentradas na noite de sexta-feira junto à ponte de Constância em protesto pelo seu encerramento à circulação rodoviária, tendo prometido “intensificar as formas de luta” a partir da próxima semana.
Convocada por mensagens via telemóvel e através das redes sociais, a manifestação popular decorreu de forma ordeira e pacífica, vigiada de perto pela GNR, tendo sido anunciada a criação de uma “Comissão de Utentes Unidos pela Ponte” (CUUP), aprovado um documento reivindicativo a enviar ao Ministro das Obras Públicas e avançar com formas de protesto “mais duras” se não for realizada uma nova inspecção que permita a reabertura da travessia, até ao próximo dia 27 de julho, terça-feira.
A ponte, que funcionava num dos tabuleiros da travessia ferroviária (no outro tabuleiro continua a fazer-se a circulação de comboios) adaptado à circulação rodoviária, garantia a ligação da parte sul do concelho de Constância (onde se situam dois terços do território do município e da sua população) à parte norte (onde estão a quase totalidade dos serviços e equipamentos).
O seu encerramento na quarta-feira, “de forma inesperada e sem terem sido providenciadas alternativas para os milhares de utentes diários”, está a gerar a revolta das populações, que foram unânimes na análise à situação e da necessidade de se intensificarem as posições, tendo defendido de forma unânime a necessidade de “avançar com novas formas de protesto”.
Júlia Amorim, uma porta voz da CUUP e vice presidente da autarquia, disse à agência Lusa que uma das medidas que podem ser tomadas terça feira, “se até lá as entidades responsáveis pelo encerramento da ponte não solucionarem o problema”, é “cortar ou parar a normal circulação ferroviária” na travessia.
"Se a Refer tem o direito de nos cortar a ponte rodoviária nós também temos o direito de cortar a linha aos comboios", afirmou, tendo adiantado que “outras ideias” de protesto estão em equação, como, “por exemplo, a retirada das vedações e proceder à reabertura da ponte ao tráfego rodoviário”.
Júlia Amorim afirmou à Lusa que a população se sente “indignada, humilhada e discriminada em todas as esferas da sua vida pessoal normal, assim como se sente prejudicada pelos prejuízos causados ao tecido económico local, regional e nacional”.
“Não somos cidadãos de segunda e isso mesmo foi lavrado em documento onde reivindicamos a construção de uma nova ponte que sirva o concelho, a região e o país, onde exigimos que de imediato se realize uma nova inspecção à travessia agora encerrada, com divulgação urgente dos seus resultados, e se inicie o processo de obra de reabilitação da velha travessia, como prometido e anunciado publicamente pelo primeiro Ministro José Sócrates em Tramagal, em outubro de 2008”.
“Caso as nossas pretensões não sejam atendidas, encetaremos todas as formas de protesto ao nosso alcance com vista à resolução definitiva deste problema, que se arrasta há dezenas de anos”, prometeu.
*Lusa
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Sociedade

PSP anuncia apreensão de produtos alimentares deteriorados
A PSP anunciou hoje a detenção de 12 pessoas e a apreensão de 220 quilos de produtos alimentares deteriorados, 13 viaturas em situação irregular, três armas de fogo e 15 pés de cannabis em Santarém, Tomar e Entroncamento.
Em comunicado, o comando distrital da PSP de Santarém afirma que na operação - realizada quinta feira à noite -, que envolveu 160 elementos policiais, foram detidos 12 indivíduos (cinco homens e sete mulheres) e encerrados, pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), dois dos seis estabelecimentos de diversão nocturna fiscalizados.
Num desses estabelecimentos, no Vale de Santarém, foram apreendidos 220 quilos de carne deteriorada, tendo sido detida a proprietária, disse fonte policial à agência Lusa.
A operação incidiu na prevenção da segurança rodoviária, fiscalização em estabelecimentos, detecção de estrangeiros em situação ilegal, estupefacientes ou armas e reboque de viaturas em estado de abandono, falta de seguro e falta de transferência de proprietário, afirma o comunicado.
Dos 12 detidos, dois foram-no por posse de arma proibida, dois por condução sob influência do álcool, cinco (todas mulheres) por se encontrarem em situação ilegal no país, dois por se encontrarem na posse de CD contrafeitos e uma por se encontrar na posse de alimentos deteriorados.
Uma cidadã estrangeira foi notificada para abandonar o país no prazo de 20 dias.
Na operação foram ainda detectadas 58 infracções de trânsito e apreendido vário material e equipamento de som.
A apreensão da maioria das viaturas em situação irregular e dos pés de cannabis ocorreu num acampamento em Tomar, situando-se os dois estabelecimentos de diversão nocturna encerrados por ordem da ASAE no concelho de Santarém, adiantou a fonte.
No terreno estiveram elementos da fiscalização e segurança privada e do núcleo de armas e explosivos do comando distrital, da esquadra de investigação criminal e da divisão policial de Santarém e equipas de intervenção rápida da divisão de Tomar.
Dos comandos metropolitano de Lisboa e distrital de Castelo Branco participaram brigadas de investigação criminal/fiscalização policial e equipas de intervenção rápida e elementos do trânsito.
Participaram ainda binómios cinotécnicos da Unidade Especial de Polícia, equipas dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras e da ASAE e ainda elementos da GNR.
De acordo com o comunicado, a operação inseriu-se no esforço da PSP em “transmitir um sentimento de segurança à população”.
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sociedade

Constância: População manifesta-se contra encerramento da ponte sobre o Tejo
A população do concelho de Constância vai realizar, esta sexta-feira, a partir das 23 horas, uma manifestação de protesto para com o encerramento da ponte de Constância Sul/Praia do Ribatejo. O coro de protestos está a crescer e o alvo é a REFER, acusada de avançar para esta medida sem qualquer tipo de aviso prévio.
A Rádio Hertz falou com Olga Antunes, que faz parte do grupo de cidadãos que têm estado na condução dos protestos. O concelho recuou trinta anos, afirmou: «A medida da REFER fez recuar o concelho cerca de trinta anos... Na altura tínhamos de atravessar o Tejo de barco para chegar à outra parte do concelho. O encerramento da ponte é privar as pessoas que moram do outro lado de se deslocarem para os locais de trabalho, de irem ao Centro de Saúde, é privar os bombeiros de prestarem auxílio... significa, até, quando a escola abrir, que os alunos da margem sul não tenham acesso à escola do seu concelho. Se as razões que levaram ao fecho da ponte tivessem sido fundamentadas e se a REFER tivesse dado mais tempo para que fossem encontradas outras soluções... do mal o menos. Mas tudo se passou em menos de 48 horas. Nem as forças de segurança tiveram tempo de se organizar», acrescentou.
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Trânsito

Ponte Militar em Constância não vai ser montada
A possibilidade de colocação de uma ponte militar para permitir o atravessamento do rio Tejo entre Praia do Ribatejo e Constância Sul foi hoje afastada, disse o presidente da autarquia de Constância, Máximo Ferreira.
Segundo o autarca, numa reunião realizada hoje com responsáveis da Escola Prática de Engenharia, em Tancos, foi afastada a hipótese de colocação da ponte militar, para minimizar os efeitos do encerramento da travessia rodoviária que funciona numa estrutura da Refer desde 1988.
“As estruturas existentes não se adaptam quer às margens quer à distância de um lado ao outro do rio naquele local”, disse Máximo Ferreira à Lusa, sublinhando a disponibilidade demonstrada pelos militares de, sempre que necessário, darem apoio ocasional no atravessamento com embarcações.
A possibilidade de colocação de uma ponte militar, que permitisse o atravessamento até ser concluída uma intervenção na estrutura que a Refer decidiu encerrar na quarta-feira, foi avançada na reunião que os autarcas de Constância e Vila Nova da Barquinha mantiveram terça-feira com o ministro das Obras Públicas.
Na reunião de hoje, que contou com a presença de autarcas dos dois concelhos, engenheiros da Estradas de Portugal (EP) e da governadora civil de Santarém, foi decidido “reforçar e acelerar” o pedido de que a EP faça nova inspecção à estrutura para avaliar a possibilidade de uma abertura a curto prazo, pelo menos para a circulação de viaturas ligeiras, disse.
Houve ainda novo apelo a que o processo que conduza à reabilitação da infra-estrutura, que data de finais do século XIX, avance com celeridade, adiantou.
A ponte, que funcionava num dos tabuleiros da travessia ferroviária (no outro tabuleiro continua a fazer-se a circulação de comboios) adaptado à circulação rodoviária, garantia a ligação da parte sul do concelho de Constância (onde se situam dois terços do território do município) à parte norte (onde estão a quase totalidade dos serviços e equipamentos).
O encerramento da ponte está a gerar a revolta das populações, que admitem avançar com formas de protesto.
Máximo Ferreira tem vindo a realizar sessões de esclarecimento nos diversos núcleos populacionais do concelho, fazendo “os possíveis” para que a indignação das populações se mantenha “dentro da legalidade”, disse à Lusa.
“Tenho dito aos responsáveis que tenho feito o que posso para conter uma revolta que é compreensível, mas não posso fazer tudo”, disse, sublinhando que “há responsabilidades que não são da Câmara Municipal”.
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Autarquias

PJ esteve na Câmara de Almeirim e levou projectos de obras
Agentes da Polícia Judiciária estiveram quinta-feira na Câmara Municipal de Almeirim, de onde levaram o projecto de concurso dos dois centros escolares do concelho e diversos processos de urbanismo, confirmou hoje à agência Lusa fonte autárquica.
Segundo a fonte, os processos de urbanismo, grande parte deles relativos a obras que não respeitaram a distância mínima de 50 metros dos arruamentos, eram os referidos no relatório da inspecção realizada pela Inspecção Geral da Administração Local (IGAL) na autarquia em 2009.
Outra fonte adiantou à Lusa que os agentes da PJ estiveram também nas empresas que venceram os concursos para a construção dos centros escolares.
A Lusa tentou contactar, sem sucesso, o presidente da Câmara Municipal de Almeirim, José Sousa Gomes, que se encontra a recuperar de um problema de saúde.
O Partido Ecologista Os Verdes questionou já, através da sua eleita na Assembleia Municipal de Almeirim, Manuela Cunha, a autarquia sobre “os acontecimentos ocorridos nos últimos dias nas instalações do município”.
Em comunicado, Os Verdes afirmam que, de acordo com informação da IGAL, o parecer final sobre a inspecção realizada em 2009 na Câmara de Almeirim foi enviado, no passado dia 02, para despacho tutelar do secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro.
*Lusa
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Cultura

Exposição de ourivesaria e joalharia em Abrantes deslumbram visitantes
O deslumbramento tomou conta, na noite de quinta-feira, dos visitantes das colecções de ourivesaria e joalharia dos reinos helenísticos patentes na exposição de antevisão do futuro Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA).
Nesta mostra parcial e temporária patente no Museu D. Lopo de Almeida, é ainda possível apreciar um espólio arqueológico com cerca de 200 peças anteriores à fundação de Portugal.
Destacam-se peças relativas à evolução da armaria na Península Ibérica, durante a Idade do Ferro, cerâmica grega, com dez vasos inteiros, vidraria fenícia, anterior e posterior à invenção do vidro soprado, escultura neoclássica e joalharia dos reinos helenísticos, onde se destaca uma coroa grega de folhas de oliveira em ouro.
Segundo Isilda Jana, directora da Comissão Instaladora do MIAA, a visita guiada de quinta-feira, a segunda no espaço de um ano, representa “um ato promocional” do futuro museu e mostra uma pequena parte das cerca de 5000 peças que vão constituir as suas colecções.
Isilda Jana destacou nesta exposição um punhal de cabo em ouro - “apenas quatro são conhecidos no Mundo” - e a coroa grega de folhas de oliveira em ouro, além de dez vasos gregos “intactos” e o que considerou serem o “ex libris” da mostra, duas peças em escrita cuneiforme, cunhadas em terracota e datadas da segunda metade do III milénio a.C.
“É uma cunha de fundação e uma tabuinha com escrita cuneiforme, a primeira feita pelo homem na Suméria, sendo um verdadeiro privilégio poder ver ao vivo os triângulos típicos da escrita cuneiforme, algo que só podemos ver nos livros e documentos históricos”, enfatizou.
Com um investimento estimado de 13 milhões de euros, o MIAA vai acolher o espólio arqueológico da Fundação Ernesto Estrada, uma colecção de peças arqueológicas referentes ao período anterior à fundação da nacionalidade e relacionados com a Lusitânia, recolhidas pelo abrantino João Estrada (presidente da fundação) ao longo de meio século.
O futuro museu irá incluir ainda colecções de numismática, arquitectura romana, medieval e moderna, arte sacra dos séculos XVI a XVIII, relógios de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história local.
Com projecto do arquitecto Carrilho da Graça, já aprovado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, o futuro MIAA, sem data prevista de inauguração, ocupará o Convento de S. Domingos, no centro histórico da cidade.
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Política

Bloco de Esquerda receia que o governo esteja a protelar obras das Barreiras do Tejo
O deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo círculo de Santarém afirmou hoje recear que o Governo esteja a protelar as obras de estabilização das barreiras de Santarém, pondo em risco pessoas e habitações.
Em conferência de imprensa junto ao Bairro de Santa Margarida, onde a autarquia mandou evacuar algumas habitações no início de Março, devido a risco de derrocada, José Gusmão sublinhou que “há investimentos que não podem ser abarcados por questões político-económicas”.
Sublinhando que em causa está a segurança de populações e bens, o deputado defendeu que este é um investimento “necessário, de emergência”, para o qual devem ser desbloqueadas verbas assim que houver condições para a obra avançar, independentemente das limitações impostas pelo Plano de Estabilidade e Crescimento.
José Gusmão lamentou que a resposta do ministério da Administração Interna (MAI) ao requerimento por si entregue no Parlamento refira que está em curso a elaboração do projecto de estabilização das barreiras, quando a informação dada pela câmara de Santarém, responsável pela sua elaboração, é a de que este está concluído.
Lamentou ainda o silêncio do Governo em relação à questão sobre a previsão da concretização do desvio da linha de caminho de ferro do Norte, factor de desestabilização das barreiras de Santarém, já que o MAI remete para o Ministério das Obras Públicas, que não respondeu ainda à pergunta do BE entregue no Parlamento.
José Gusmão lembrou que a velocidade dos comboios foi reduzida na passagem junto a Santarém, frisando contudo que esta medida “não resolve o problema”.
“A forma como o MAI responde, remetendo para estudos já realizados e para outro Ministério que não responde faz pensar que há uma lógica de protelamento da obra”, afirmou, lembrando que se a intervenção não decorrer antes do próximo inverno terá forçosamente de ser adiada pelo menos mais um ano.
O eleito do BE na assembleia municipal de Santarém, Pedro Malaca, referiu ainda os problemas provocados pela falta de saneamento básico, afirmando que, em reunião com o presidente da câmara, Francisco Moita Flores, foi dada a garantia de que a empresa municipal Águas do Ribatejo “está a tentar resolver o problema”.
Frisando que esta tem sido uma questão levantada insistentemente na assembleia municipal, Pedro Malaca declarou a disponibilidade do BE para pressionar o Governo, juntamente com a câmara municipal, no sentido de uma rápida resolução do problema.
“Vamos pressionar até conseguirmos respostas”, afirmou, sublinhando que vai ser pedida uma reunião com a governadora civil do distrito, Sónia Sanfona, sobre esta questão.
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Política

Concelhia do PS do Cartaxo não comenta desvinculação de Paulo Caldas do partido
A Concelhia socialista do Cartaxo escusa-se a comentar a desvinculação do partido do actual presidente da Câmara, Paulo Caldas, que no início do mês entregou o seu cartão de militante, gesto em que foi acompanhado pela mulher.
Pedro Ribeiro, presidente da Concelhia do PS/Cartaxo, disse hoje à agência Lusa que a situação foi “discutida” na reunião da comissão política realizada a semana passada, mas que não foi tomada nenhuma posição pública por “desconhecimento das razões que estiveram na base da decisão” de Paulo Caldas.
Paulo Caldas disse à Lusa que, para já, apenas pode adiantar que o gesto em que foi acompanhado pela mulher se prendeu com “razões pessoais, familiares e políticas” e que, “com o tempo, saber-se-á o porquê” desta decisão.
Invocando “razões de consciência”, o autarca admitiu que a sua decisão está “interligada” com os acontecimentos dos últimos meses, em particular com os ocorridos em 18 de Maio, dia em que a sua residência e o seu gabinete na autarquia foram alvo de buscas pela Polícia Judiciária e em que foi detido por posse ilegal de arma.
“Saio do PS magoado com algumas pessoas, quadros e dirigentes do PS a nível nacional”, disse, frisando que o seu gesto não pode ter apenas a leitura de falta de solidariedade.
“Pode haver outras circunstâncias”, afirmou, sublinhando que a sua passagem à condição de independente em nada interfere com o projeto para o concelho.
“Manterei o mesmo empenho e dedicação e todo o esforço que tenho dedicado” à câmara municipal, disse, acrescentando acreditar que não existem motivos para que o PS local deixe de apoiar a liderança e a equipa que gere a autarquia.
Pedro Ribeiro confirmou à Lusa esse apoio, sublinhando que “o quadro político não se alterou”, até porque a equipa de Paulo Caldas já integrava dois independentes, sendo que a única vereadora militante do PS, Rita Gameiro, nem sequer tem pelouros atribuídos.
“Quisemos dar à população um sinal de serenidade e responsabilidade”, disse, frisando que, independentemente da condição de independentes, os eleitos que gerem o concelho “foram eleitos pelo Partido Socialista”.
Paulo Caldas garantiu que, apesar desta tomada de posição, se mantém ideologicamente de raiz socialista e que, a regressar um dia à militância partidária, “será sempre ao PS”.
Na sequência da assembleia municipal extraordinária realizada esta semana, a pedido da oposição, para analisar o relatório de execução do Plano de Saneamento Financeiro 2008/2023, o Bloco de Esquerda pediu a Paulo Caldas que seja “consequente com os seus últimos atos” e que se demita do cargo “para o qual foi eleito sob a sigla do PS”.
Por seu turno, o PSD continua a alertar para a “dimensão do buraco financeiro” da autarquia, referindo que o município atingiu “a maior dívida a pagar de sempre”, da ordem dos 38 milhões de euros, estando a “hipotecar as gerações futuras”.
Também a CDU não esconde a preocupação perante o “notório e significativo aumento dos empréstimos obtidos”, considerando que “o excesso de 9,9 milhões de euros no endividamento de médio e longo prazo” confirma “a hipoteca do futuro financeiro do município”.
Paulo Caldas assegura que o Cartaxo “iniciou um novo ciclo de investimentos”, com obra em curso no valor de 30 milhões de euros, num clima de “estabilidade financeira” e com “solvabilidade para sustentar e pagar o serviço da dívida dos empréstimos e acordos de regularização de dívida”.
*Lusa
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Cooperação

Ministério do Petróleo de Angola forma Quadros em Mação
No âmbito de uma parceria com o Ministério do Petróleo, a empresa “Benefits and Profits” iniciou esta semana diversos cursos de formação profissional para quadros daquele Ministério, num programa que conta com o apoio da Câmara Municipal de Mação e do Museu de Arte Pré-Histórica/Instituto Terra e Memória.
Com estes cursos, Mação dá mais um passo para se afirmar como pólo de ensino e formação especializada, reconhecido em termos internacionais.
Num momento em que o estabelecimento de relações com outros países, em especial com os países de expressão lusófona, é por todos reconhecido como prioridade, Mação tem assim o orgulho de acolher quadros que participam na afirmação de Angola como a grande potência da África Austral.
Desta forma se alarga, para além da Arqueologia, a vocação dos Instituo Terra e Memória, que já conta com extensões no Brasil.
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Gastronomia

Ourém recebe “Semana Gastronómica”
Foi apresentada a "Semana Gastronómica de Ourém", uma iniciativa do Turismo Leiria-Fátima à qual o Município de Ourém se associou.
Com o mote "Carneiro, Migas, Vinho Medieval - Ourém em Festa", de 30 de Julho a 08 de Agosto nove restaurantes de todo o concelho dão a provar o que de melhor Ourém tem para oferecer em termos gastronómicos.
Para Paulo Fonseca, presidente da Câmara, este é "um momento importantíssimo para o concelho, porque falamos de turismo, uma das nossas principais vocações", e sublinhou: "falamos desta forma com substância, pois temos inúmeros exemplos para dar nesta matéria". Sobre a iniciativa em apreço disse que é um "excelente veículo para criar atractivos, reduzir a sazonalidade e contribuir para o aquecimento da economia do concelho". Dirigindo-se ao empresários da restauração, mas também aos oureenses em geral, Paulo Fonseca apelou para que "sejamos simpáticos e hospitaleiros", numa perspectiva de "multiplicação de promoções", pois este é um "elemento fundamental para agarrar a oportunidade de promover a nossa terra e promover cada um em particular". E concluiu, "todos nós precisamos de perceber que aquilo que é bom para um de nós é bom para todos os outros".
David Catarino, presidente do Turismo Leiria-Fátima, agradeceu o envolvimento do Município de Ourém nesta parceria, reforçando a ideia de que "devemos desenvolver o turismo como actividade económica com valor estratégico".
Também, Deolinda Simões, presidente da Assembleia Municipal, elogiou o "conjugar de forças, para que o produto de Ourém seja cada vez mais conhecido".
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Sociedade

População prepara acções de protesto contra o encerramento da Ponte de Constância
A população da freguesia de Santa Margarida, em Constância, está a preparar acções públicas de “protesto” pelo encerramento da ponte rodoviária sobre o rio Tejo, que podem passar pelo corte da linha-férrea.
O encerramento da travessia decorreu quarta-feira por falhas de segurança detectadas numa inspecção realizada pela Refer - Rede Ferroviária Nacional, criando “constrangimentos sérios” aos cerca de quatro mil utilizadores diários daquela infra-estrutura, sendo as alternativas mais próximas as travessias em Chamusca e Abrantes, e que implicam um acréscimo na deslocação de entre 40 a 50 quilómetros.
Os cerca de 300 habitantes que estiveram hoje reunidos para debater os efeitos do encerramento da travessia, que liga Constância sul a Praia do Ribatejo, expressaram a sua “revolta e indignação” pelo “momento dramático” que dizem viver, tendo afirmado que o relatório da Refer, “por ter sido feito com base em instrumentos de medição de estruturas ferroviárias, não tem credibilidade”.
Responsáveis autárquicos, educativos e das forças de protecção civil estiveram também presentes na reunião, tendo o comandante dos Bombeiros de Constância afirmado que a Refer, “com a decisão que tomou, deixou a população isolada e desprotegida” ao nível da prestação de socorro de emergência médica, de protecção civil, combate a incêndios e até de acesso à própria GNR, que tem o seu quartel também no lado norte, na sede de concelho.
“Se a Refer anda a semear ventos vai colher tempestades”, afirmou Adelino Gomes, lembrando que a população corre “riscos acrescidos” neste momento “pela distância que é agora necessária percorrer”.
A população afirmou-se “pronta” para manifestações públicas de protesto tendo sido aprovada a ideia de “responder” à posição da Refer “na mesma moeda”.
“Se a ponte é da Refer e a Refer nos impede de circular no tabuleiro rodoviário, então nós vamos impedir que eles circulem e utilizem a ponte ferroviária”, defendem os populares.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da junta de freguesia de Santa Margarida afirmou que a população “está mesmo revoltada”, tendo admitido ser “difícil” que o presidente da Câmara, Máximo Ferreira, “segure as pessoas até uma decisão favorável de reabertura”.
“Apesar de tentarmos sensibilizar as pessoas para darem algum tempo, atendendo às negociações que estão em curso com o Governo, a revolta é muito grande porque é do lado de lá do rio que trabalham, que estudam, que têm acesso aos serviços públicos e a cuidados de saúde e segurança”, disse António Pinheiro, tendo admitido que “a ideia da população é unir-se e efectuar possíveis cortes de linha”.
Contactado pela agência Lusa, Máximo Ferreira, presidente da Câmara de Constância, disse “entender” a revolta da população de uma freguesia que ocupa 2/3 do território concelhio, tem mais de 1800 habitantes e que “está completamente desprotegida”.
“É uma situação dramática para esta gente mas já pedi alguma paciência e um compasso de espera antes de fazerem o que quer que seja porque ainda acredito que podemos resolver o problema de forma pacífica”, afirmou.
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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sociedade

Câmara de Ourém aprova criação de Comissão Municipal de Pessoas Idosas
A Câmara Municipal de Ourém aprovou em reunião do executivo, a proposta para a criação da Comissão Municipal de Protecção de Pessoas Idosas de Ourém. A medida surgiu no seguimento do projecto de diploma apresentado pela Associação Nacional de Municípios Portugueses, que prevê a criação de comissões municipais especialmente dedicadas a políticas de integração social e protecção das pessoas idosas.
De acordo com o Município este é “um instrumento fundamental para a promoção dos direitos e prevenção das situações de perigo das pessoas idosas”, porque se enquadra na lógica de funcionamento do Conselho Local de Acção Social; visa a articulação das políticas municipais de apoio à pessoa idosa; reforça a importância da prevenção de maus-tratos, da sinalização de situações e o seu encaminhamento para as entidades competentes através de respostas alternativas à negligência e abandono; integra a participação de 3 níveis de intervenção social: Administração Central, Administração Local e Sociedade Civil; reforça a noção de que a política social assume um papel crescente na dinâmica dos municípios, aos quais são atribuídas mais competências; está estruturada à semelhança da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo.
Para Paulo Fonseca, presidente da Câmara, “este é mais um passo importante para o alcance da excelência social no concelho de Ourém”.
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Sociedade

Autarquia de Santarém promove “Serviço de TeleAssistência Domiciliária”
A Câmara de Santarém promove, através da Divisão de Saúde e Acção Social, um serviço de TeleAssistência domiciliária com o objectivo de dar resposta às situações vividas pela população idosa que se encontra em situação de dependência, isolamento e vulnerabilidade.
Os serviços, prestados aos utentes 24 horas por dia, 365 dias por ano, através de um simples pressionar do botão de alarme de um objecto com o peso de, aproximadamente, 15 g, que pode ser utilizado no pulso (tipo relógio) ou como medalhão pendurado ao pescoço, contam com:
Emergência 24
- Envio urgente de médicos e enfermeiros;
- Serviço de ambulâncias, bombeiros e polícia;
- Contacto com familiares e terceiros;
- Voz amiga (Solidão).
Mediphone 24
- Equipa médica permanente para aconselhamento telefónico sobre procedimentos a tomar em determinadas patologias, doenças e emergências;
- Indicação de hospitais, clínicas e farmácias de serviço.
Assistência ao Lar 24
- Envio de profissionais identificados tais como canalizadores, vidraceiros, electricistas, serralheiros, pintores, mudanças, vídeo, TV entre outros.
Os utentes abrangidos por este Serviço suportam só o custo de uma chamada local, sempre que accionarem o botão de alarme, assim como os serviços em que seja necessário o envio de médico, enfermeiro ou de qualquer outro profissional ao domicílio do utente. É necessário que o utente possua linha telefónica na sua habitação.
Para informações e inscrições os interessados devem contactar a Divisão de Saúde a Acção Social da Câmara de Santarém pelo telefone 243 304 419, através e-mail blvoluntariado@cm-santarem.pt ou dirigirem-se à antiga Escola Prática de Cavalaria e contactarem os técnicos da Divisão.
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Trânsito

Encerramento da Ponte de Constância originou um movimento extraordinário da travessia através de barco
O encerramento da ponte rodoviária sobre o Tejo, em Constância, originou um movimento inusitado no atravessamento do rio por barco, tendo o próprio presidente da autarquia sido obrigado a recorrer a este meio de transporte.
O encerramento da travessia, uma antiga estrutura ferroviária adaptada em 1988 e que liga Praia do Ribatejo a Constância sul, decorreu esta madrugada por falhas de segurança detectadas numa inspecção realizada no início do mês, criando “constrangimentos sérios” aos cerca de quatro mil utilizadores diários daquela infra-estrutura.
Com o encerramento da ponte e o concelho de Constância dividido ao meio pela passagem do Tejo, as alternativas mais próximas são as travessias em Chamusca e Abrantes, a cerca de 25 e 20 quilómetros respectivamente.
Máximo Ferreira, presidente da Câmara de Constância, foi uma das pessoas que esta manhã optou por fazer a passagem do rio no pequeno barco municipal, tendo afirmado à agência Lusa que o fez “por necessidade” de se deslocar para o seu local de trabalho.
O autarca, que chegou ao cais de embarque às 08:00, habita na margem sul do concelho e afirmou que a situação “implica como que um retrocedimento ao século XVII ou XVIII“, acrescentando que “a alternativa era fazer 50 quilómetros de carro, dando a volta pela ponte de Abrantes”.
A vereadora Manuela Arsénio, que habita em Santa Margarida, disse à Lusa ser “constrangedor” e “angustiante” ter de atravessar de barco pelo facto da ponte estar encerrada, considerando ser “um retrocesso” relativamente à actividade da vila “não haver alternativas de passagem sobre um rio que divide o concelho e dois”.
Anabela Menaia, 37 anos, por sua vez, disse “não gostar muito” de fazer a travessia de barco, tendo afirmado que atravessar o areal “suja os pés” e obriga a levar calçado suplementar.
Já Sara Oliveiros, 40 anos, disse à Lusa estar “revoltada pela privação” de utilizar a ponte, tendo afirmado ser “contrariada” que faz a passagem de barco para a outra margem.
“Se tivesse de dar a volta de carro todos os dias mais valia ficar em casa, que o dinheiro não dá para essa despesas”, advogou, acrescentando ser “um incómodo, pela areia que se mete nos pés e pelo pavor” que tem da água.
Outra atitude teve Bandeira Tavares, director da fábrica de Celulose do Caima, que optou por fazer a travessia a pé, pela ponte desactivada.
A falta da ponte “é um problema”, admitiu, afirmando que “inviabiliza o transporte de mercadorias, quer as produzidas na fábrica, quer para a recepção de matérias-primas para o processo de produção”.
“A zona sul tem carência de acessos, quer para a fábrica do Caima, quer para as infra-estruturas militares, parques de resíduos e populações em geral”, afirmou.
Com o encerramento da ponte sobre o rio Tejo, na zona de Constância, a autarquia reforçou o sistema de travessia do rio através do barco municipal, tendo sido aumentado o número de passagens, as quais decorrem entre as 07:30 e as 00:30, de meia em meia hora.
A ponte manter-se-á encerrada até que seja efectuada uma segunda inspecção com vista ao restabelecimento da circulação de viaturas ligeiras.
*Lusa
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Sociedade


CRIA - Centro de Recuperação e Integração de Abrantes tem abertas inscrições para Creche Familiar
O CRIA abriu inscrições para bebés, dos 3 meses aos 3 anos, para a Creche Familiar “Arco-Iris”, constituída por Amas da Segurança Social e a funcionar em Abrantes há mais de dois anos.
Este conjunto de Amas com formação própria e estágio para o desempenho das funções, são credenciadas pela Segurança Social e constituem uma resposta diferente das creches tradicionais.
Cada uma das Amas trabalha na sua própria casa, onde dispõe de um espaço próprio para acolher os bebés e equipado de acordo com as necessidades de conforto e de crescimento saudável. Cada Ama da Segurança Social pode acolher em sua casa, em horário laboral, o máximo de quatro crianças.
O pagamento deste serviço, à semelhança do que acontece nas creches tradicionais, é comparticipado pela Segurança Social de acordo com os rendimentos do agregado familiar.
O trabalho das Amas será acompanhado de perto por uma equipa técnica, constituída por uma educadora de infância, uma socióloga e duas técnicas superiores de serviço social. Esta equipa de enquadramento, constituída por técnicas do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes, efectua visitas regulares a casa das Amas.
Esta é, na zona urbana da cidade de Abrantes, uma nova resposta de apoio às famílias, permitindo aos pais que trabalham a possibilidade de colocar os seus filhos em casa de uma Ama que resida próximo da sua casa ou do seu local de trabalho e que cuidará de um grupo de apenas quatro crianças, em ambiente familiar.
Os pais interessados poderão solicitar informações ou efectuarem as inscrições através do telefone 241 379 750.
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Certames

1º Festival do Melão realiza-se este fim de semana em Alpiarça
A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Alpiarça realizam, no próximo fim-de-semana, o I Festival do Melão para valorizar e promover um produto que reivindicam como originário do concelho.
“Alpiarça Terra do Melão” são as palavras inscritas no autocolante que, sábado, vai ser colocado na fruta e que os autarcas querem que passe a identificar o melão produzido no concelho nos mercados em que este é vendido.
“Estamos a cumprir o nosso programa eleitoral”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Alpiarça, Mário Pereira (CDU), adiantando que a falta de promoção do melão e da melancia produzidos no concelho foi uma das necessidades identificadas durante a campanha eleitoral para as últimas autárquicas.
“Queremos que a produção de melão seja associada cada vez mais a Alpiarça”, concelho onde nas últimas décadas “se tem produzido mais melão” sem que se tenham colhido “os benefícios desse trabalho e labor da população”, disse.
Também Joana Serrano, presidente da junta de freguesia de Alpiarça, reivindica para o seu concelho “a verdadeira origem do melão” (também reclamada pelo concelho vizinho de Almeirim), que quer que passe a ser conhecida por quem consome este fruto.
O festival decorre sábado e domingo no Parque do Carril, junto ao mercado da fruta - onde diariamente, em Julho e Agosto, os produtores põem à venda os melões, melancias e meloas que produzem -, aproveitando a presença dos produtores.
Assim, os visitantes serão convidados a provar gratuitamente estes frutos, estando ainda prevista a realização de mostras gastronómicas com melão, que incluem desde os doces, aos bolos, sumos, saladas e sopas, todos confeccionados com melão, disse Joana Serrano à Lusa.
Domingo, será servida uma sardinhada à hora do almoço para quem visite o certame, com convite a um passeio de barco na Vala Real de Alpiarça.
Sábado à tarde realiza-se uma palestra sobre a qualidade do melão “Manuel António”, uma variedade desenvolvida por um produtor do concelho e que o agricultor Celestino Brasileiro define como “muito apaladado, muito alinhavado, muito bonito”.
Celestino Brasileiro realçou a importância de se procurar criar mercado para esta variedade, que teve expressão há algumas décadas e que só voltará a ser produzida em quantidade se alguma empresa de produção se sementes se interessar.
Segundo este produtor, apesar de algum atraso nas sementeiras, devido às condições climatéricas, a colheita já se iniciou, sendo os resultados “satisfatórios”, com melão de boa qualidade e a preços “com que se pode trabalhar”.
Joana Serrano disse à Lusa que o festival que se realiza no próximo fim de semana será a primeira de várias iniciativas que visam a promoção do melão de Alpiarça, estando em perspectiva a exportação deste fruto para as duas cidades (em França e na Polónia) geminadas com o município.
Por outro lado, espera conseguir mobilizar os produtores para se iniciar o processo de certificação do melão de Alpiarça.
Celestino Brasileiro sublinhou que estas iniciativas servem igualmente para “ganhar os produtores para uma maior organização, de forma a valorizar mais um produto de grande qualidade”.
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Cultura e Lazer


Alcanena recebe XXIV Festival Internacional de Folclore
No próximo dia 28 de Julho, quarta-feira, a partir das 21:00h, a Praça 8 de Maio, em Alcanena, será palco do XXIV Festival Internacional de Folclore.
A edição deste ano, contará com as presenças de grupos de folclore provenientes da Ucrânia, Brasil, Escócia, México e Portugal. Em representação do concelho, estarão os três grupos existentes na área do município: Rancho Folclórico e Etnográfico Santa Marta de Moitas Venda, Rancho Folclórico do Covão do Coelho e Rancho Folclórico de Gouxaria.
A preceder o espectáculo estarão dois desfiles dos grupos pelas principais ruas da vila:
- 17:30h – Desfile pela Avenida Marquês de Pombal;
- 20:30h – Desfile pela Rua D. Nuno Álvares Pereira.
As entradas são livres.
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Trânsito

Ponte sobre o Rio Tejo em Constância Sul encerrou
A autarquia de Constância recebeu indicação da REFER que a ponte sobre o rio Tejo (ligação Constância Sul /Praia do Ribatejo) encerrava às 00h00 do dia 21 de Julho, uma informação que se confirmou após a reunião realizada em Lisboa, nesta terça-feira, com o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Na sequência da inspecção do tabuleiro rodoviário, realizada nos dias 6, 7 e 8 de Julho, a ponte encerrará conforme previsto, às 00h00 de dia 21 de Julho e manter-se-á assim até ser efectuada uma segunda inspecção com vista ao restabelecimento da circulação de viaturas ligeiras.
Para que a Câmara Municipal possa informar a população sobre todo este processo, promover-se-ão reuniões de esclarecimento em diversos locais do concelho, as quais decorrerão nos dias, locais e horários abaixo mencionados:
Dia 21 de Julho:
- Aldeia de Santa Margarida – Casa do Povo – 18h30
- Portela – Sociedade Recreativa Portelense – 21h30
Dia 22 de Julho:
- Constância – Salão Nobre dos Paços do Concelho – 18h00
- Montalvo – Casa do Povo – 21h30
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Lazer

Casais da Igreja no concelho de Torres Novas vai “viver” Festas de Verão
Em pleno Verão, a Associação Recreativa e Cultural de Casais da Igreja (ARCCI), no concelho de Torres Novas, vai realizar a sua “Festa de Verão”, no próximo fim-de-semana, dias 24 e 25 de Julho.
Esta é mais uma actividade em que a ARCCI pretende envolver toda a comunidade local de forma a promover o convívio entre todos os habitantes locais e do concelho.
Haverá durante estes dois dias, muita animação musical com o “Duo Primavera”, os “Auditorio” e “Xarepa Band”, jogos tradicionais, quermesse e para valorizar a região não faltará o “borrego da Serra d`Aire” e muitos outros produtos tradicionais.
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terça-feira, 20 de julho de 2010

Trânsito

Ponte sobre o Tejo em Constância vai ser alvo de avaliação estrutural de nível intermédio
A ponte sobre o Tejo que liga Praia do Ribatejo e Constância Sul vai ser alvo de uma “avaliação estrutural de nível intermédio” para avaliar a possibilidade de continuar aberta ao trânsito apenas para veículos ligeiros.
Miguel Pombeiro, presidente da câmara municipal de Vila Nova da Barquinha (PS), disse à agência Lusa que esta foi uma das decisões saídas da reunião realizada hoje em Lisboa com o ministro das Obras Públicas, e na qual estiveram igualmente presentes o autarca de Constância e a governadora civil de Santarém.
A reunião realizou-se na sequência da decisão, anunciada segunda-feira pela Refer, de encerrar a ponte ao tráfego a partir das 00:00 de quarta-feira, tendo em conta os riscos detectados numa inspecção realizada no início do mês.
Miguel Pombeiro afirmou que a possibilidade de realização de uma avaliação estrutural intermédia vinha mencionada no relatório da inspecção, pelo que foi decidido avançar de imediato com esta diligência para eventual abertura condicionada do tráfego (apenas a ligeiros).
Outra medida de curto prazo a adoptar será a colocação de uma ponte militar que minimize os impactos do encerramento desta travessia, adiantou.
Segundo o autarca, ficou ainda decidido retomar a ideia da celebração de um protocolo que permita à Estradas de Portugal lançar o concurso para a reabilitação definitiva desta infra-estrutura, tanto mais que o projecto está feito.
A reabilitação da ponte foi em tempos estimada em valores da ordem dos 2,4 milhões de euros, pretendendo-se na altura que as autarquias tivessem uma comparticipação inferior aos 500 mil euros, o que Miguel Pombeiro disse à Lusa ter levantado inclusivamente dúvidas de carácter jurídico, uma vez que a infra-estrutura não pertence aos municípios, tendo sido cedida a título precário e provisório.
O tabuleiro foi cedido pela Refer, no âmbito de um protocolo assinado com os dois municípios em 1984, tendo sido adaptado à circulação rodoviária em 1988, fazendo-se a circulação apenas num sentido, alternadamente, regulado por sinalização semafórica.
Tanto Miguel Pombeiro como Máximo Ferreira (Constância) realçam a importância regional desta travessia, lembrando que ela assegura a ligação entre a A23 e a estrada nacional 118, permitindo, nomeadamente, a ligação entre “os dois pólos militares mais importantes do país” (o Campo Militar de Santa Margarida e o polígono militar de Tancos).
Permite ainda a ligação mais rápida aos dois únicos centros de recolha de resíduos industriais perigosos existentes no país, situados no Ecoparque do Relvão (Chamusca), sendo ainda importante para empresas exportadoras como a celulose do Caima ou a Mitusbishi do Tramagal, sublinharam.
Máximo Ferreira referiu ainda a importância para as populações locais, nomeadamente do seu concelho, que tem dois terços do território na margem sul e os equipamentos de serviços às populações na margem norte.
Com o encerramento da ponte, as alternativas mais próximas (as pontes da Chamusca e de Abrantes) situam-se a cerca de 25 quilómetros.
*Lusa
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