terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Política

Bloco de Esquerda solicita ao governo estudos que sustentam plano de reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo
O Bloco de Esquerda pediu hoje ao Governo que lhe sejam facultados os estudos que sustentam o plano de reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que reúne os hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes. Num requerimento entregue na Assembleia da República, dirigido ao Ministério da Saúde, o BE afirma que a apresentação do plano não foi acompanhada “das necessárias explicações e fundamentações técnicas, não se sabendo que razões explicam cada uma das alterações agora introduzidas na organização e funcionamento do centro hospitalar e, muito menos, os objetivos e resultados que se pretendem atingir”. Referindo que o plano fecha alguns serviços e concentra outros, desloca especialidades entre hospitais e “desqualifica os serviços de urgência” de Tomar e de Torres Novas, o partido lamenta a ausência de “debate prévio com a comunidade hospitalar. Por outro lado, afirma que “as decisões anunciadas têm enorme impacto no funcionamento do centro hospitalar e de cada uma das suas unidades hospitalares, na acessibilidade da população aos serviços de saúde e na própria qualidade da prestação de cuidados”. O BE conclui que ”diversas mudanças são muito controversas e geram fundadas dúvidas quanto aos seus resultados”. A direção do CHMT anunciou há duas semanas a reestruturação, que implica a concentração do serviço de Otorrinolaringologia em Tomar, da Pediatria em Torres Novas e da Ortopedia em Abrantes. O bloco operatório de Torres Novas fecha, passando 80% das cirurgias programadas para a unidade de Tomar, e o bloco operatório da maternidade de Abrantes é reativado. As unidades de Tomar e Torres Novas ficam ainda com serviço de urgência básica com viaturas SIV (suporte imediato de vida), ambulâncias pré-hospitalares, e a urgência diferenciada e a unidade de cuidados intensivos ficam sediadas em Abrantes. Ao nível dos serviços, a administração do CHMT revelou que baixou de 19 para 10 elementos e o número dos diretores de departamentos e serviços foi reduzido dos 41 elementos para 19.
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Sociedade

PJ detém no Entroncamento suspeito de roubo
A Polícia Judiciária (PJ) de Leiria anunciou hoje a detenção de um homem suspeito de um crime de roubo e dois crimes de ofensa à integridade física, cometidos no concelho do Entroncamento. Em comunicado, a PJ informa que o indivíduo, calceteiro de profissão, "atuava com particular violência" e "possui antecedentes policiais e criminais, tendo já estado preso preventivamente, encontrando-se atualmente em liberdade condicional". A detenção foi realizada na segunda-feira, disse à Lusa fonte da PJ e o homem será hoje presente a primeiro interrogatório judicial para eventual aplicação das medidas de coação.
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Empresas

Autarquia de Coruche tenta convencer Tegael para entrar em layoff em vez de encerramento
O presidente da Câmara de Coruche tem vindo a fazer contactos no sentido de convencer a Tegael, maior empregador privado do concelho, a enveredar pelo layoff como forma de aliviar os custos fixos até haver uma recuperação do mercado. Dionísio Mendes disse hoje à agência Lusa que falou já com a Segurança Social, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e com os sindicatos para avaliar a possibilidade de se avançar para o layoff, uma matéria que vai propor à administração da Tegael numa reunião que solicitou para quarta-feira. Contudo, fonte da empresa garantiu à Lusa que a decisão de encerrar no prazo de um ano é irreversível. No seu entender, o recurso ao layoff “não resolve um problema que é de médio e longo prazo” e que tem a ver com a redução das encomendas num setor, o das infraestruturas, que está em recuo. Afirmando compreender a atitude “muito nobre” do presidente da Câmara Municipal de Coruche, que se tem multiplicado em “propostas e iniciativas que visam diminuir os despedimentos” no seu concelho, e reconhecendo que o encerramento da Tegael representa “um drama local”, a fonte sublinhou que “não vale a pena tapar o sol com a peneira”. Frisando que a decisão de encerrar a empresa “é um assunto que está a ser estudado há muito tempo”, a fonte afirmou que a forma como o processo está a ser conduzido – com a criação de uma comissão para cessação da atividade – revela “sensibilidade” e “respeito pelos trabalhadores”. A preocupação, disse, é garantir que os contratos em curso são finalizados e que os salários continuam a ser pagos ao fim do mês, estando a ser comunicado aos trabalhadores que “pelo menos 150 poderão ser reafectados” a outras unidades do grupo. A maioria do capital da Tegael, empresa de infraestruturas de eletricidade, gás e telecomunicações, que tem entre os seus clientes empresas como a EDP, a Refer e a TMN, foi adquirida em março de 2011 pela Telcabo. Em dezembro, a empresa fez um despedimento coletivo de 70 dos seus cerca de 400 trabalhadores, a que se juntaram posteriormente mais 20. A fonte negou que a intenção desta aquisição tenha sido liquidar uma empresa concorrente num mercado em retração. “Não é engenharia financeira. Infelizmente é um caminho triste que muitas empresas no país vão percorrer”, disse. Para Dionísio Mendes, o recurso ao layoff (que implica a suspensão temporária do posto de trabalho, pagando a Segurança Social 70 por cento do valor do salário, de forma a permitir a recuperação da empresa) permitiria à Tegael aliviar os custos fixos e ganhar algum tempo até à recuperação do mercado. Segundo o autarca, o próprio IEFP já manifestou disponibilidade em proporcionar formação aos trabalhadores durante esse período. “Infelizmente a administração (da Tegael) não tem mostrado vontade”, disse. O Sindicato das Indústrias Elétricas tem também agendada para hoje à tarde uma reunião com a administração da empresa.
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Justiça

Autarcas lamentam anunciado encerramento de tribunais no distrito
Os autarcas de Alcanena, Ferreira do Zêzere e Mação lamentam o anunciado encerramento dos tribunais locais, sublinhando que essa medida penaliza as populações, retirando-lhes mais um serviço de proximidade. “Só posso perguntar o que querem fazer do interior do país”, disse à Agência Lusa o presidente da Câmara de Mação, Saldanha Rocha (PSD), confessando que a sua primeira reação é de “estupefação”. Para a presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira (PS), o espanto começa a propósito da forma como a medida foi conhecida – pela comunicação social – e passa pelos critérios que têm em conta o número de processos “e não a sua complexidade”. Jacinto Lopes, presidente da Câmara de Ferreira do Zêzere (PSD), lamenta sobretudo que a autarquia não tenha sido ouvida neste processo ou, pelo menos, a primeira a ser informada. “É triste sabermos através da comunicação social. As populações até têm dificuldade em acreditar que não sabíamos”, disse à Lusa, sublinhando compreender que possa ter que haver cortes, mas frisando que tudo fará para que os seus munícipes não sejam privados de mais este serviço de proximidade. Saldanha Rocha lamentou que se “castigue quem já é castigado”, obrigando as populações a deslocações e custos acrescidos e retirando da vila mais um serviço que ainda ia animando o comércio local, sobretudo a restauração. “O senhor primeiro-ministro pediu aos portugueses ideias. Eu dou-lhe uma grande ideia: não feche o tribunal de Mação. Peço-lhe que reflita”, disse o autarca, confessando-se “muito desiludido, farto e cansado” da luta de “David contra Golias” em defesa do que os munícipes ainda vão tendo. “Nas campanhas [eleitorais] dizem que as pessoas estão primeiro, mas não estão e isso vê-se no dia a dia”, afirmou, apelando a que se corte “realmente nas gorduras, como os benefícios que cada governante vai usufruindo”. Fernanda Asseiceira lamentou, por seu turno, que o Ministério da Justiça não se tenha sequer dignado a responder ao pedido de reunião que fez em setembro último – para saber se as melhorias previstas para o tribunal local, que contariam com o apoio da autarquia, avançam ou não -, tal como não deu a conhecer “esta maldade”. De acordo com a proposta do novo mapa judiciário, o distrito de Santarém pode vir a perder os tribunais de Alcanena, Ferreira do Zêzere e Mação.
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Meteorologia

Temperaturas vão descer acentuadamente
Portugal continental vai ser atingido por uma descida acentuada da temperatura a partir de sexta-feira, com os valores a descerem em média seis graus centígrados, indicou hoje o Instituto de Meteorologia. Em comunicado, aquele instituto afirma que essa descida acentuada da temperatura se deve à “ação de uma massa de ar fria transportada na circulação de um anticiclone situado no Norte da Europa”. Assim, o Centro de Previsão do Instituto de Meteorologia prevê, para o continente, “uma descida significativa dos valores da temperatura do ar na ordem dos seis graus centígrados” a partir de sexta-feira. Segundo o Instituto de Meteorologia, a situação deverá manter-se até dia 07 (terça-feira), “altura a partir da qual se espera uma subida gradual dos valores da temperatura”. Contactado pela Lusa, o meteorologista Ricardo Tavares disse que “ainda é cedo para se falar dos valores” que vão ser atingidos, mas admite que será “uma situação um pouco abaixo dos valores normais para esta época”. Um alerta sobre frio intenso colocado na página de Internet do Instituto Nacional de Proteção Civil, aconselha as pessoas a evitar estar ao frio durante muito tempo. Vestir várias camadas de roupa, proteger a boca e o nariz, usar luvas, chapéu e cachecol, não exercer atividades físicas violentas e ter especial cuidado com aquecimentos a lenha, por causa do monóxido carbono, são algumas das recomendações. Na sua página, a Direção-Geral da Saúde afirma que os bebés e os idosos são os mais vulneráveis ao frio, pelo que aconselha cuidados redobrados.
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Sociedade

PSP deteve sete pessoas no distrito em operação de fiscalização de viaturas
A PSP deteve no fim de semana sete pessoas e elaborou 151 autos por contraordenação graves, no âmbito de uma operação em que foram fiscalizadas um total de 254 viaturas em vários concelhos do distrito de Santarém. Em comunicado, a PSP afirma que dois dos cidadãos detidos conduziam sem habilitação legal para o efeito e os outros cinco acusaram taxas de alcoolemia superiores às permitidas por lei (variando entre os 1,47 e os 2,20 gramas por litro). Além dos 151 autos por contraordenação graves, foi ainda levantado um muito grave e 30 leves por infrações ao Código da Estrada e Legislação Complementar.
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sábado, 28 de janeiro de 2012

Saúde

CUSMT rejeita plano de reorganização do Centro Hospitalar Médio Tejo 
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) rejeitou hoje o plano de reorganização anunciado para o centro hospitalar daquela região e defendeu que esse programa vem dificultar o acesso das populações aos cuidados de saúde. Num balanço hoje apresentado sobre as reuniões públicas realizadas nos últimos dias em Tomar, Abrantes e Torres Novas, cidades onde estão instaladas as três unidades hospitalares que compõem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), o porta-voz da CUSMT, Manuel José Soares, afirmou que só com a coordenação e a melhoria de centros de saúde, hospitais e cuidados continuados é possível responder às necessidades das populações. Defendeu ainda a "utilização de toda a capacidade instalada". Segundo o plano de reestruturação apresentado pelo novo Conselho de Administração (CA) do CHMT, a partir de 01 de março, Abrantes passa a concentrar a urgência médico-cirúrgica, ficando os hospitais de Tomar e Torres Novas com urgências básicas, dotadas de viaturas de suporte imediato de vida e ambulâncias pré-hospitalares. A partir de fevereiro, Torres Novas fecha o bloco operatório (passando 80 por cento das cirurgias programadas para Tomar) e concentra a Pediatria, Tomar concentra a Otorrinolaringologia e Abrantes a Ortopedia, reabrindo o bloco Operatório da Maternidade. As medidas foram justificadas pelo presidente do CA do CHMT, Joaquim Esperancinha, como sendo "fundamentais" para controlar o défice acumulado de 160 milhões de euros, num prazo de três anos. Em declarações à Agência Lusa, Manuel Soares disse que, das reuniões e da participação dos cidadãos, saiu a decisão de não aceitação do plano de reorganização, por "dificultar o acesso a cuidados de saúde, não ter em conta a participação da comunidade, por ausência de coordenação com cuidados primários e continuados e por não quantificar nem justificar os resultados esperados". Segundo aquele responsável, os utentes defendem que as urgências sejam adaptadas às necessidades em cada unidade hospitalar, que a Pediatria e Medicina Interna sejam três valências comuns às três unidades e que se desenvolvam e criem novas valências. "Se não houver mais médicos de família e enfermeiros, mais cuidados de proximidade com funcionamento de Extensões de Saúde e Unidades Móveis, não se conseguirá resolver o problema das urgências ‘não agudas’, no CHMT", afirmou. Segundo acrescentou, na próxima semana, a Comissão de Utentes vai entregar ao CA do CHMT uma proposta formal com medidas que devem ser tomadas em todos os níveis de prestação de cuidados de saúde na região e que, no seu entender, poderá ser uma base de trabalho para se encontrar o melhor caminho para a utilização eficaz dos meios existentes. Em breve, prometeu, serão também divulgadas as iniciativas que reforçarão o movimento de opinião e reivindicativo da população do Médio Tejo em torno da exigência de justiça social em matéria de acesso a cuidados de saúde de proximidade e de qualidade.
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Desporto

Francisco Jerónimo eleito presidente da Associação de Futebol de Santarém 
Francisco Jerónimo foi hoje eleito presidente da Associação de Futebol (AF) de Santarém, sucedendo a Rui Manhoso, atual membro da direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que liderou o organismo durante 24 anos. O ex-vice-presidente, que comandava os destinos da AF Santarém desde que Rui Manhoso se afastou para integrar a direção da FPF, recebeu 276 votos favoráveis de um total de 277, registando-se apenas um voto em branco. Numa eleição a que se candidatou apenas a lista de Francisco Jerónimo, votaram 30 clubes, o que corresponde a 49,9 por cento de votantes. A tomada de posse está agendada para 4 fevereiro, às 17:30, no Santarém Hotel.
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Autarquias

Moita Flores pede fim do regime de exclusividade por motivos de saúde
O presidente da Câmara Municipal de Santarém pediu esta semana o fim do regime de exclusividade por motivos de saúde, sublinhando que a decisão não significa menos dedicação à autarquia. No seu blogue ‘Projétil’, Moita Flores (independente eleito pelo PSD) publicou um post, intitulado ‘Quando a maldade é a tempo inteiro’, insurgindo-se contra a reação que o anúncio da sua decisão provocou em alguma imprensa local. Francisco Moita Flores refere que tem mantido em “discreto silêncio” os “vários revezes de saúde” que tem tido nos últimos meses, tendo entregado, em dezembro, um atestado médico por cinco dias porque foi hospitalizado. O autarca afirma que sempre foi “resistente à cultura dos atestados médicos”, tendo por isso pedido o fim do regime de exclusividade, já que a doença no intestino grosso vai exigir algum tempo para exames médicos e tratamentos. “Decidi pedir o fim do regime de exclusividade, o que não significa outra coisa que não seja receber metade do ordenado que a lei me põe à disposição. Não significa outra coisa. Só isto. E libertar-me algumas manhãs, algumas tardes, alguns internamentos de dois ou três dias que tenho de fazer (estes com atestado médico) ”, escreve. Indignado com a interpretação de que o fim da exclusividade significa a passagem a meio tempo de trabalho, Moita Flores promete passar a publicar, no seu blogue, a partir da próxima semana, a sua agenda diária de trabalho. “E veremos se é a meio tempo como quer a maldade da política local”, afirma, assegurando que “todas as semanas será publicada para que se saiba a diferença entre quem, apesar de doente, não abdica dos seus juramentos de lealdade, e aqueles que usam a maldade como a melhor arma da indecência, capazes de vender a sua dignidade por um prato de lentilhas, por isso mesmo incapazes de perceber que essa mesma dignidade se constrói com esforço, trabalho, dedicação e muito desprendimento da vida. E nobreza de caráter, coisa que a malandrice nacional jamais perceberá”.
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Autarquias

Autarcas do distrito “surpreendidos” com as anunciadas medidas a aplicar pela Rodoviária do Tejo
Os presidentes das autarquias do distrito de Santarém alvo da advertência da Rodoviária do Tejo, de que poderá passar a cobrar aos alunos os títulos de transporte por alegado incumprimento dos acordos de pagamento à empresa, declararam-se hoje “surpreendidos”. Miguel Pombeiro, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, uma das seis visadas, disse à agência Lusa que havia já comunicado à empresa que a autarquia pagaria o único mês que tinha em atraso (dezembro), sublinhando que o valor atualmente em dívida é de 25.713 euros. “Se a empresa tem uma dívida das autarquias que ronda os 10 milhões de euros, a nossa dívida é da ordem dos 0,2 por cento desse valor”, disse, sublinhando que ou a Rodoviária do Tejo “explica os critérios porque escolheu estes seis municípios para fazer este ultimato ou teremos que procurar uma alternativa” à prestação deste serviço. O presidente da Rodoviária do Tejo, Rui Silva, disse à Lusa que os alunos dos municípios de Vila Nova da Barquinha, Cartaxo, Almeirim, Torres Novas, Nazaré e Bombarral correm o risco de ter que pagar o seu título de transporte já a partir de quarta-feira, porque os atrasos nos pagamentos destas autarquias são insustentáveis e os incumprimentos recorrentes. Também o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas disse à Lusa que o saldo deste município para com a Rodoviária do Tejo “é perfeitamente normal”, existindo um acordo de pagamento que está a ser cumprido. “A Câmara Municipal de Torres Novas fez recentemente um pagamento de 1,3 milhões de euros, que está a pagar ao banco, estando o saldo atual perfeitamente controlado”, afirmou António Rodrigues. Paulo Varanda, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, reconheceu que a autarquia falhou o plano de pagamento que havia acordado em novembro, mas sublinhou que em janeiro foi feito novo acordo, com os pagamentos definidos, pelo que foi “com surpresa” que viu o nome do concelho referido pela Rodoviária do Tejo. Fonte da Câmara Municipal de Almeirim disse à Lusa que a autarquia apenas tem em dívida a fatura de janeiro relativa aos transportes escolares, admitindo que possam existir outras verbas respeitantes aos transportes urbanos. A fonte adiantou que “a situação ficará esclarecida na próxima semana”. O presidente da Rodoviária do Tejo disse à Lusa que a empresa está a atingir uma situação limite e que as câmaras foram alertadas para que ia entrar em “tolerância zero”. O presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Passageiros (ANTROP) disse à Lusa que um levantamento feito pela associação, autarquia a autarquia, concluiu que a dívida dos municípios para com os operadores de transportes é da ordem dos 60 milhões de euros. Luís Cabaço Martins adiantou que a ANTROP tem vindo a manter contactos com o secretário de Estado dos Transportes, a quem entregou esse levantamento, e com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para tentar encontrar uma solução.
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Empresas

Unidade fabril da Martifer em Benavente vai encerrar em Agosto
O Grupo Martifer vai encerrar em agosto a unidade fabril de Benavente da Martifer Construções que emprega cerca de 120 trabalhadores, disse hoje à Agência Lusa fonte oficial da empresa. "Foi ontem [quinta-feira] anunciado aos trabalhadores que a fábrica em Benavente vai fechar em agosto. Mas foi também apresentado aos trabalhadores a possibilidade de irem trabalhar para outras unidades da Martifer, inclusive no estrangeiro", explicou a mesma fonte. Segundo a Martifer, foi proposto aos 120 trabalhadores a deslocalização para a outra fábrica em Oliveira de Frades ou, em alternativa, para unidades localizadas na Polónia, na Roménia, em Angola e no Brasil. A fonte do grupo adiantou que "entre janeiro e setembro de 2011 a Martifer Construções registou prejuízos que ascenderam a 31 milhões de euros". A carteira de encomendas na Península Ibérica da Martifer Construções (que em Portugal engloba as unidades fabris de Benavente e de Oliveira de Frades) "representava 70% em 2010, agora não vai além dos 3%" e há a necessidade de adequarmos as necessidades face à realidade atual", explicou. "Esta empresa recebeu apoios estatais para se instalar em vários concelhos e agora de um momento para o outro manda encerrar a unidade de Benavente que se dedica à metalurgia pesada. Na segunda-feira vamos falar com os trabalhadores e defenderemos até à última a manutenção dos postos de trabalho", afirmou à Lusa Fernando Pina, do Sindicato das Indústrias Transformadoras de Energia e Ambiente Centro Sul/Regiões Autónomas (SITE/CS/RA). O dirigente sindical confirmou que os trabalhadores foram informados na quinta-feira pela administração da Martifer de que tinham a pretensão de encerrar a unidade fabril de Benavente. "Vamos tentar perceber o que está por detrás disto tudo e só depois é que poderemos tomar uma posição mais concreta", salientou Fernando Pina. Segundo informação do sítio da Internet do grupo, a "Martifer é hoje uma multinacional com mais de 3.000 colaboradores em todo o mundo, focada essencialmente em duas áreas de negócio: construção metálica e solar".
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Empresas

Rodoviária do Tejo adverte que vai começar a cobrar bilhetes aos alunos de seis concelhos
O presidente da Rodoviária do Tejo advertiu hoje que os alunos dos seis municípios que persistem no incumprimento do pagamento da dívida à empresa vão ter que passar a pagar o título de transporte a partir de 01 de fevereiro. Rui Silva disse à agência Lusa que os alunos dos municípios de Vila Nova da Barquinha, Cartaxo, Almeirim, Torres Novas, Nazaré e Bombarral correm o risco de ter que pagar o seu título de transporte já a partir de quarta-feira, porque os atrasos nos pagamentos destas autarquias são insustentáveis e os incumprimentos recorrentes. “Estamos a alertar que a corda vai rebentar. Não é possível continuar a arrastar a situação”, afirmou, sublinhando que neste momento a empresa está com “tolerância zero” e que as câmaras foram alertadas para esta situação limite. Rui Silva adiantou que a empresa começou já a informar algumas escolas para a eventualidade de, a partir de 01 de fevereiro, os alunos só entrarem nos seus autocarros se pagarem os respetivos títulos. “Há reações de Câmaras para tentar arranjar solução para evitar que esse passo limite aconteça, mas é insustentável andarmos continuamente a mendigar que paguem os serviços por nós prestado”, sublinhou. Segundo disse, dos 43 municípios servidos pela Rodoviária do Tejo apenas em 12 os atrasos nos pagamentos não ultrapassam os três meses, existindo alguns municípios com 22 meses de atraso, com a agravante de que “nem sequer avisam quando vão entrar em incumprimento” nos planos de pagamento entretanto acordados. Rui Silva frisou que a empresa se tem multiplicado em esforços para ajudar os municípios a encontrar uma solução, seja através de uma adequação da oferta à procura quer diligenciando junto da banca para encontrar soluções de financiamento que acabam por ser penalizadoras para a própria empresa. O presidente da Rodoviária do Tejo disse compreender que, de facto, algumas das autarquias, apesar da boa vontade, não têm soluções, pelo que a Administração Central “tem que intervir”. Para Rui Silva, as empresas estão a viver “uma situação limite” e já não têm condições para continuar a “financiar o sistema”, sob o risco de porem em causa o pagamento de salários e enfrentarem conflitualidade social. O presidente da Rodoviária do Tejo recordou que já no início do ano letivo a empresa alertou as autarquias de que “não tinha margem de manobra” e que se corria o risco de serem os estudantes a suportar os custos do transporte escolar. Esse alerta levou a que entre setembro e novembro houvesse alguma recuperação da dívida, que na altura rondava os 10,5 milhões de euros, mas em dezembro houve uma inversão, tendo o saldo aumentado em mais 0,5 milhão de euros, afirmou. Rui Silva disse esperar que até 01 de fevereiro, as autarquias em causa deem “passos concretos”.
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Saúde

Delegação do PCP reuniu com administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo
O secretário-geral do PCP disse hoje que o plano de reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) "é bom no papel mas entra em contradição com as políticas gerais" do Ministério da Saúde. Jerónimo de Sousa, que hoje esteve reunido em Torres Novas com o Conselho de Administração (CA) do CHMT e onde visitou o hospital local, disse aos jornalistas que o plano de reestruturação daquele centro hospitalar, que engloba ainda os hospitais de Abrantes e Tomar e apresenta uma dívida acumulada de 160 milhões de euros, lhe causou um "misto" de sentimento. "Um misto de sentimento porque, segundo referido pelo CA, a manutenção das três unidades hospitalares parece ser uma questão garantida, o que é bom", afirmou, tendo observado existir uma "contradição entre as intenções declaradas e a política geral" do Ministério da Saúde. "Quando vemos as mais recentes medidas tomadas pelo Ministério da Saúde, como as taxas moderadoras, as 40 mil cirurgias adiadas ou a situação caótica que se observa em algumas urgências, leva-me a concluir que o que são declarações de intenção ou conceções teóricas, colidem depois com a realidade. E a realidade tem de ter como elemento central os utentes do Serviço Nacional de Saúde", vincou. Jerónimo de Sousa manifestou a sua preocupação relativamente à dificuldade de acesso aos cuidados de saúde, numa região onde cerca de 260 mil utentes são servidos por três hospitais que distam 30 quilómetros entre si, lembrando o aumento das taxas moderadoras e a introdução de portagens na A23. O projeto de recuperação e viabilização económica "estará bem no papel, pela perspetiva de assegurar o futuro das unidades hospitalares", reforçou o dirigente comunista, mas ainda está a "faltar uma resposta clara em relação às consequências sociais e ao impacto destas transformações" na vida das pessoas. "A situação de acesso a cuidados primários no distrito de Santarém é dramática e qualquer encerramento que se viesse agora a verificar viria a acrescentar dificuldades onde elas já existem", defendeu. O novo Conselho de Administração (CA) do CHMT, que engloba as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, anunciou a 17 de janeiro um plano de reorganização das urgências e a concentração de serviços como algumas das medidas consideradas "fundamentais" para ultrapassar, num prazo de três anos, a situação de falência técnica daquele Centro Hospitalar.
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Economia

União dos Sindicatos de Santarém exige intervenção do governo para evitar encerramento de empresas no distrito
O coordenador da União dos Sindicatos de Santarém (USS) disse hoje à agência Lusa que esta estrutura “exige uma intervenção concreta” do Governo no esforço para que as grandes empresas não encerrem, “a bem do país e do emprego”. Rui Aldeano, acompanhado por dirigentes dos sindicatos das Indústrias Elétricas e da Alimentação e Bebidas, reuniu-se hoje, no Ministério da Economia, com o secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, com o seu adjunto e com o adjunto do secretário de Estado do Emprego, para manifestar a sua preocupação perante a perspetiva de encerramento da Tegael, em Coruche, e da fábrica de cervejas da Unicer, em Santarém. “Foi-nos dito que estão a acompanhar estas situações, mas que as empresas são soberanas, o que não é muito animador, pois não se nota grande vontade política”, disse Rui Aldeano à Lusa. “É criminoso, no estado em que o país está”, que se permita o encerramento destas unidades, sobretudo quando não existem problemas financeiros “e as empresas até são dirigidas por pessoas com responsabilidades políticas, ainda por cima num dos partidos do Governo”, afirmou, numa referência ao presidente da Unicer. A Unicer anunciou o encerramento da fábrica de cervejas em Santarém em março de 2013, no âmbito de um investimento de 80 milhões de euros que irá concentrar esta produção na unidade de Leça do Balio. O dirigente sindical adiantou que a USS e o Sindicato das Indústrias Elétricas pediram uma reunião à administração da Tegael, para perceberem se, existindo possibilidade de obter o financiamento necessário à reestruturação anunciada em dezembro, existe vontade de manter a empresa em funcionamento. A administração da Tegael anunciou a criação de uma comissão com vista à cessação da atividade ao longo deste ano, tendo sido referidas dificuldades na obtenção de um financiamento por parte da Caixa Geral de Depósitos para a concretização da reestruturação, que levou já ao despedimento de 90 dos cerca de 400 trabalhadores da empresa.
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Política

Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo reúne com PCP 
Uma delegação do PCP que integra Jerónimo de Sousa, Secretário-geral, o deputado António Filipe e elementos da Comissão Política, desloca-se esta quinta-feira, a Torres Novas para uma reunião com a Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo.
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Sociedade

Abrantes lança projeto para promover a comunicação entre a comunidade cigana e a comunidade envolvente
Uma mulher cigana está há três meses a trabalhar junto de 40 famílias da mesma etnia, em Abrantes, para as ajudar a integrarem-se melhor no meio e a resolverem os problemas que têm entre si. Em Abrantes, esta comunidade de 135 pessoas é considerada atípica, porque dispersa, sem patronos e sem relações entre si. Na sua atividade no terreno, a nova mediadora cultural, Tânia Sousa, de 31 anos, disse à agência Lusa que "tem conseguido fazer-se ouvir e respeitar”. A ideia é ajudar a comunidade a resolver situações como “a assiduidade escolar dos jovens, o acesso a cuidados básicos de saúde ou a importância da empregabilidade”. Ao mesmo tempo, adiantou, o projeto visa a necessária "desconstrução de estereótipos entre as comunidades ciganas e as restantes, e promover uma maior articulação entre as várias comunidades de ciganos" residentes em Abrantes. O projeto, que conta com o apoio do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), através do GACI - Gabinete de Apoio às Comunidades Ciganas, tem como principais objetivos o acesso das comunidades ciganas a serviços e equipamentos locais, bem como promover a comunicação entre a comunidade cigana e a comunidade envolvente, com vista à prevenção e gestão de conflitos. Celeste Simão, vereadora da ação social na Câmara de Abrantes, disse à Lusa que a iniciativa está a revelar-se "bastante interessante e proveitosa", tendo realçado o facto da mediadora municipal ser precisamente uma mulher de etnia cigana, conhecedora da realidade local. "Em Abrantes e nas freguesias rurais temos cerca de 40 famílias de etnia cigana, sem os denominados patronos ou alguém de referência que escutem e respeitem, e que constituem uma comunidade perfeitamente atípica de 135 pessoas, a maioria das quais não interage nem se entende entre si", observou. A mediadora afirmou ser "com orgulho" que desenvolve este papel, um trabalho que pretende assegurar a "inclusão" das comunidades ciganas portuguesas na sociedade e resolver os seus principais problemas, salvaguardando o respeito pelos seus valores e pelas suas tradições. Tânia Sousa destacou ainda o facto de ser "mulher" e de ser ela a desenvolver este projeto junto de um grupo cujas tradições não permitem que o elemento feminino trabalhe habitualmente fora da comunidade onde está inserido. "Eu sou casada, tenho dois filhos, estudei e estou a trabalhar. Há pessoas que criticam, mas sinto-me respeitada e orgulhosa pelo que faço e não é por isso que renego a minha cultura e as minhas tradições", vincou. O projeto Mediadores Municipais reúne um total de 20 municípios do país, que trabalham com as suas comunidades ciganas e não-ciganas.
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Autarquias

Autarquia de Abrantes continua a acreditar no projecto RPP Solar
A Câmara de Abrantes anunciou hoje continuar a acreditar na conclusão do projeto RPP Solar, dando aval à pretensão do empresário Alexandre Alves de prorrogar o prazo para conclusão da primeira fase da fábrica de painéis solares. Este projeto, considerado como um Projeto de Interesse Nacional (PIN) pelo anterior governo, de José Sócrates, previa a criação de cinco unidades fabris, 1.900 postos de trabalho e um investimento superior a 900 milhões de euros, dos quais 127,9 milhões de ajudas públicas. Em meados de 2011, o empresário alegou que o projeto foi “apanhado no turbilhão da crise que causou graves dificuldades de financiamento nacional e internacional”, justificando os sucessivos atrasos no início da produção de painéis fotovoltaicos com “a necessidade de procurar financiamentos no estrangeiro, uma vez que em Portugal deixou de haver dinheiro disponível para investimento”. Com os atrasos no arranque do projeto, a Câmara de Abrantes decretou a caducidade da licença à empresa, uma decisão que foi sendo adiada e cujo prazo definitivo terminou no dia 18 de janeiro. Na sequência da reunião de segunda-feira do Executivo da Câmara de Abrantes, a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, confirmou que a notificação da Câmara à RPP Solar, para cedência de prorrogação de prazo para conclusão da primeira fase da linha de fabrico de painéis solares, terminou no dia 18 de janeiro, tendo recebido um requerimento de ponderação do licenciamento do projeto, interposto pelo empresário Alexandre Alves, no contexto da crise económica e de mercados. O requerimento entregue pelo promotor fazia-se acompanhar de documentos que estão a ser analisados pelos serviços jurídicos da Câmara e por consultores externos, informou ainda a autarca, tendo acrescentado que a Câmara tomará uma posição após essa análise e que “a decisão será feita em conformidade com o que salvaguarde os interesses do município e do concelho”. Dentro de quinze dias, em sede de reunião de Executivo, e depois de avaliada a documentação apresentada pelo empresário, a autarquia anunciará mais deliberações, avançou.
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Empresas

Secretário de Estado diz que “está a acompanhar” situação da empresa Tegael
O secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação disse hoje à agência Lusa que o Governo “está a acompanhar” a situação da Tegael, maior empregador privado do concelho de Coruche, que anunciou a intenção de cessar a atividade. Carlos Oliveira, que hoje se encontra de visita ao distrito de Santarém, disse à Lusa que o Ministério da Economia e do Emprego tomou conhecimento da intenção da empresa através da comunicação social e que está a aguardar por mais informação sobre esta situação em concreto. “São decisões das empresas a que o Governo é alheio”, disse, escusando-se a comentar as informações, veiculadas pela empresa, de que a dificuldade de acesso a financiamento da Caixa Geral de Depósitos inviabilizou o processo de reestruturação iniciado no final de 2011, e que levou a um primeiro despedimento coletivo de 100 dos seus 400 trabalhadores. Carlos Oliveira apenas adiantou que tem acompanhado “com muita atenção o que tem vindo a público sobre o eventual fecho” da empresa, havendo uma natural preocupação dada a “dimensão relevante” de tal decisão num concelho como o de Coruche. O secretário de Estado adiantou que a visita que está a fazer hoje ao distrito de Santarém, a empresas que “são exemplificativas de diversos setores e diversas dinâmicas”, se insere no esforço de “estar no terreno”, em ligação com a economia real, e ouvir as empresas sobre os desafios que se lhes colocam e também as suas queixas.
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Autarquias

Autarquia de Coruche solicita ao Ministério da Economia solução para evitar encerramento da Tegael 
A Câmara Municipal de Coruche pediu ao Ministério da Economia para que procure, juntamente com a administração da Tegael, maior empregador privado do concelho, uma solução que não seja o encerramento ou a deslocalização da empresa. A deliberação, aprovada por unanimidade na reunião do executivo municipal de quarta-feira, “reforça” o descontentamento da autarquia junto da administração da Tegael, empresa que emprega atualmente cerca de 300 pessoas (depois de um despedimento coletivo em que dispensou outras 100) e que opera na área das infraestruturas de eletricidade, gás e telecomunicações. A tomada de posição manifesta solidariedade para com os trabalhadores “neste conturbado momento” e assegura que irá “desenvolver todos os contactos institucionais, nomeadamente com o gabinete do primeiro-ministro, Presidência da República e Parlamento, “para impedir o fim da atividade da empresa”. O texto vai ser também enviado aos grupos parlamentares, ao presidente e partidos políticos com assento na Assembleia Municipal e à Telcabo, que adquiriu a Tegael em março último, bem como ao Fyron Group, SIESI e Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant). A administração da Tegael, Telecomunicações, Gás e Eletricidade, informou, na sexta-feira, alguns trabalhadores, através de um comunicado, que pretende cessar a sua atividade de forma “controlada e faseada” ao longo de 2012, nomeando para isso uma “Comissão de Cessação de Atividade”. No texto aprovado em reunião de Câmara, a autarquia considera que, a confirmar-se o encerramento da empresa, “se criará um descalabro social e económico em particular neste concelho, mas também na região de Santarém, com amplas repercussões nacionais, contribuindo ainda mais para o agravamento das desigualdades e da precariedade”. Sublinhando que a Tegael “é uma das mais prestigiadas empresas nacionais na área das telecomunicações e energias, uma marca que se tem afirmado internacionalmente, operando em mercados como a Irlanda, a Escócia, a Inglaterra, Marrocos, África do Sul, Angola e Brasil”, a autarquia considera “inconcebível o seu encerramento sem antes se procurar encontrar uma outra solução”. Essa solução, sublinha, deve poder “responder às necessidades de reestruturação da empresa, mas também aos direitos e garantias dos trabalhadores que querem manter os seus postos de trabalho”.
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Solidariedade

APPACDM de Santarém lança campanha de angariação de fundos
A Associação de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) de Santarém lançou uma campanha de angariação de fundos para concretizar, este ano, a construção do lar residencial “Casa João Manuel”, no Cartaxo.
Luís Amaral, presidente da APPACDM de Santarém, disse à agência Lusa que a instituição tem programadas várias ações que visam a angariação de fundos que permitam reunir a verba necessária para a construção e equipamento da casa. Orçada em 800.000 euros (incluindo mobiliário e equipamento), a casa conta com financiamento da administração central de 425.000 euros e algum apoio da Câmara Municipal do Cartaxo, ficando o resto “por conta da instituição e de todas as boas vontades” que esta consiga reunir, disse. A casa, “um sonho adiado ao longo dos últimos anos” por falta de apoio público, vem dar resposta a utentes que deixaram de ter apoio familiar ou cujos pais já não têm condições de lhes dar assistência e resulta da vontade dos doadores do terreno, um casal que teve um filho deficiente, o João Manuel, e que legou a sua casa de férias para este fim. Entre as várias campanhas previstas para angariar fundos, a APPACDM de Santarém tem na sua página no Facebook a divulgação do projeto em vídeo e um número de conta bancária – 0036 0204 99100023728 87 - “onde recolhe a boa vontade de todos os que querem ajudar”, disse Luís Amaral.
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Empresas

Trabalhadores da Unicer de Santarém reúnem-se esta tarde
Os trabalhadores da fábrica de Santarém da Unicer reúnem-se hoje à tarde em plenário, o primeiro depois do anúncio do encerramento da unidade em março de 2013, feito na quinta-feira, pela administração da empresa. A decisão anunciada pela Unicer, no âmbito de uma “reorganização industrial”, que prevê um investimento de 80 milhões de euros na fábrica de Leça do Balio, que vai centralizar a produção de cerveja, afeta 133 trabalhadores, 60 dos quais poderão candidatar-se a ir para outros centros de produção. Para os trabalhadores que não se enquadrem neste âmbito, o grupo Unicer vai ter um “programa de apoio que integra uma compensação acima da definida legalmente e contempla um programa de ‘outplacement’ [ajuda à procura de emprego] e formação focados na empregabilidade”. A empresa afirmou que vai manter em Santarém a unidade de produção de refrigerantes e a logística, que empregarão cerca de 80 pessoas. Fonte sindical disse à Agência Lusa que o gabinete criado pela empresa recebeu já muitos trabalhadores, sobretudo da fábrica de cervejas, mas que “há ainda grande incerteza”, pelo que o plenário de hoje destinar-se-á principalmente a auscultar as preocupações e a transmitir qual será a linha de atuação do sindicato. De manhã, a comissão de trabalhadores da Unicer vai reunir-se, a seu pedido, com o presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores. A Unicer explicou que o investimento de 80 milhões de euros, na consolidação da operação de cervejas em Leça do Balio, visa otimizar “a infraestrutura industrial da empresa na área das cervejas” e é “indispensável para a eficiência e competitividade” e a manutenção de mais de 1400 postos de trabalho diretos.
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Política

Bloco de Esquerda questiona Ministério da Economia sobre situação de empresas no distrito 
 O Bloco de Esquerda entregou hoje no Parlamento três requerimentos nos quais pergunta ao Ministério da Economia se está a acompanhar as situações das empresas do distrito de Santarém que anunciaram recentemente medidas que vão implicar despedimentos. Os requerimentos, assinados pela deputada Mariana Aiveca, colocam em concreto os casos da empresa de infraestruturas de energia e telecomunicações Tegael, que anunciou a intenção de encerrar a unidade que tem em Coruche, da Unicer, que vai fechar em 2013 a fábrica de cervejas que tem em Santarém, e da Postejo, empresa de fabrico de postes de betão situada em Benavente que tem salários em atraso. O BE quer saber se o Ministério da Economia foi contactado pela Tegael e pela Unicer dando conta das suas decisões, se as empresas receberam alguma isenção fiscal ou subsídios e o que está a ser feito no sentido de serem protegidos os interesses dos trabalhadores. O partido sublinha que “Coruche é um concelho com reduzidas possibilidades de oferta de trabalho e este encerramento será um pesado castigo para os habitantes desse concelho”, já que estão em causa 400 postos de trabalho. No caso da Unicer, o BE sublinha que a “estranha decisão” de encerrar a unidade de Santarém acontece num contexto de crescimento dos lucros da empresa e lembra que o argumento da quebra nas exportações foi usado para fechar a unidade de Loulé em 2007. Num outro requerimento, o Bloco pergunta ao Ministério da Economia se a Autoridade para as Condições do Trabalho já realizou alguma inspeção à Postejo e como atuará para “garantir que a empresa cumpre as suas obrigações para com os trabalhadores”. O partido lembra que os trabalhadores desta empresa têm os salários de dezembro e o subsídio de Natal em atraso, bem como as horas extraordinárias de novembro. “A Postejo, que se dedica ao fabrico de postes de betão de baixa, média e alta tensão, não terá falta de trabalho e terá até suspendido uma encomenda para Moçambique, pelo que não se compreendem os sucessivos atrasos nos pagamentos dos salários dos trabalhadores”, afirma.
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Autarquias

Presidente da autarquia de Alcanena revoga despacho onde promovia um familiar
Segundo fonte do jornal O Mirante, a presidente da câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira, teve de revogar o despacho de 27 de Dezembro de 2010, no qual, promovia na carreira três funcionários da autarquia e melhorava a sua posição remuneratória, onde se inseria uma irmã da autarca. Adianta aquele jornal, que os trabalhadores vão ter de repor as importâncias que lhes foram pagas a mais durante o ano de 2011, mediante plano de reembolso a estabelecer, conforme consta no despacho do município de Alcanena publicado no Diário da República de 9 de Janeiro de 2012.
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Saúde

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo questionou administração do CHMT sobre a anunciada restruturação
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) quer saber se são verdadeiras as informações que dão conta do futuro encerramento de uma ou duas das três unidades que constituem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT). A CUSMT questionou a nova administração do centro hospitalar na sequência de uma notícia veiculada pela Rádio Renascença e que dava como “quase inevitável” o encerramento de uma ou duas das três unidades do CHMT, de acordo com o novo mapa hospitalar que o Ministério da Saúde tem em estudo. Segundo o plano de reestruturação anunciado na terça-feira pelo novo conselho de administração do CHMT, a partir de 01 de março Abrantes passa a concentrar a urgência médico-cirúrgica, ficando os hospitais de Tomar e Torres Novas com urgências básicas, dotadas de viaturas de suporte imediato de vida e ambulâncias pré-hospitalares. A partir de fevereiro, Torres Novas fecha o Bloco Operatório (passando as cirurgias programadas para Tomar) e concentra a Pediatria, Tomar concentra a Otorrinolaringologia e Abrantes a Ortopedia e reabre o bloco Operatório da Maternidade. Segundo o presidente do conselho de administração do CHMT, Joaquim Esperancinha, o centro hospitalar tem uma dívida acumulada de 160 milhões de euros, 60 milhões dos quais a fornecedores, visando as medidas agora anunciadas, que passam ainda por uma redução drástica do pessoal dirigente, controlar o défice num prazo de três anos. Joaquim Esperancinha garantiu que o plano de reestruturação “não envolve despedimentos”. A Federação Distrital de Santarém do PS emitiu entretanto um comunicado apelando à “suspensão imediata” das decisões anunciadas e pedindo à administração do CHMT “que tome a iniciativa de se reunir com a Junta da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e com todos os presidentes de Câmara que dela fazem parte, uma vez que o que está verdadeiramente em causa é a reorganização dos Serviços de saúde do Médio Tejo e da qualidade de vida da sua população”. A distrital socialista afirma que a decisão “foi anunciada sem qualquer justificação aparente, nem foram indicados os critérios técnicos que conduziram a tal”, e lamenta que não tenham sido ouvidas as autarquias “cujos habitantes são vítimas deste processo”, apesar de Joaquim Esperancinha ter afirmado que o plano foi aprovado pelos autarcas dos três municípios. A distrital socialista adverte que se oporá “fortemente” a qualquer estratégia que passe pela privatização do Hospital de Tomar. Também em comunicado, a comissão política do PSD de Tomar afirma que irá contactar “de imediato o Ministério da Saúde, tendo em vista a suspensão urgente das medidas anunciadas e que, em simultâneo, permita o desenvolvimento de um novo plano, que potencie uma reestruturação equilibrada, que corrija os défices dos últimos anos e defenda os interesses do concelho de Tomar, em termos dos serviços de saúde”. A concelhia social-democrata de Tomar afirma reconhecer que “a gestão dos últimos anos foi desastrosa e que encaminhou a gestão do CHMT para uma situação extremamente gravosa que é necessário corrigir de imediato”, mas entende que “essa ação deve ser aferida e estruturada tendo em atenção as opiniões dos autarcas, instituições e população de Tomar”.
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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Política

Partidos com assento na assembleia municipal de Tomar exigem “suspensão imediata” da reestruturação do CHMT
Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Tomar subscreveram um documento no qual “repudiam” o processo de reestruturação em curso no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), receando a perda de valências no Hospital de Tomar. A tomada de posição seguiu-se à aprovação, por unanimidade, de uma deliberação na Câmara Municipal de Tomar, exigindo ambos os órgãos “a suspensão imediata do processo da chamada reestruturação” do CHMT, que, “a concretizar-se, seria claramente prejudicial à vida das populações de Tomar e das zonas envolventes”. O documento, subscrito por representantes do PSD, PS, IpT, CDU, BE e CDS/PP, refere que a reestruturação, que é anunciada publicamente hoje pelo novo conselho de administração do CHMT, “decorreu sem acompanhamento pelos órgãos autárquicos de Tomar democraticamente eleitos”. Os subscritores do documento, que pediram uma sessão extraordinária da assembleia municipal “com caráter de extrema urgência”, receiam que esteja em risco “cerca de uma centena de postos de trabalho diretos com uma componente jovem e qualificada assinalável”.
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Saúde

Reorganização das urgências e concentração de serviços são algumas das medidas hoje anunciadas pela administração do Hospital Médio Tejo
A reorganização das urgências, a concentração de serviços e a redução do número de cargos dirigentes são algumas das medidas hoje anunciadas para ultrapassar a situação de falência técnica do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT). Composto pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, que distam cerca de 30 quilómetros entre si, o CHMT tem hoje um défice acumulado de 160 milhões de euros, dos quais 60 milhões em dívida a fornecedores, tendo o presidente do conselho de administração, Joaquim Esperancinha, defendido hoje o plano apresentado como "fundamental" para conseguir ter o défice controlado num prazo de três anos. Na unidade hospitalar de Torres Novas, onde decorreu a apresentação do plano de reorganização das três unidades hospitalares, Joaquim Esperancinha assegurou que a estratégia foi aprovada pelos autarcas daqueles municípios e afirmou que eventuais pressões contrárias ao mesmo não irão fazer recuar o conselho de administração. "Estamos disponíveis para ouvir propostas alternativas, mas não pode haver recuo, no essencial, sob pena de colocarmos em causa a sobrevivência do próprio CHMT", disse. Joaquim Esperancinha, que já presidiu ao CHMT entre dezembro de 2002 e abril de 2005 e voltou a ser nomeado em dezembro, mostrou-se muito crítico em relação à administração cessante e à situação económica e financeira do CHMT, que tem vindo a degradar-se negativamente à razão de 25 milhões de euros por ano. O administrador disse ainda que solicitou uma auditoria externa às contas daquele centro hospitalar, que deverá estar concluída no final de janeiro, não excluindo a possibilidade de remeter matéria de facto para o Ministério Publico, para eventual apuramento criminal de responsabilidades. Recusando fazer a "contabilidade de quem ganha e quem perde" valências, o responsável insistiu na importância da implementação de uma estratégia global para a centralização de serviços que ainda funcionam em mais do que uma unidade, promovendo a complementaridade. Neste contexto, definiu-se a concentração do serviço de Otorrinolaringologia em Tomar, da Pediatria em Torres Novas e da Ortopedia em Abrantes. O bloco operatório de Torres Novas fecha, passando 80% das cirurgias programadas para a unidade de Tomar, e o bloco operatório da maternidade de Abrantes é reativado. As unidades de Tomar e Torres Novas ficam ainda com serviço de urgência básica com viaturas SIV (suporte imediato de vida), ambulâncias pré-hospitalares, e a urgência diferenciada e a unidade de cuidados intensivos ficam sediadas em Abrantes. Ao nível dos serviços, a administração do CHMT revelou que baixou de 19 para 10 elementos e o número dos diretores de departamentos e serviços foi reduzido dos 41 elementos para 19. Joaquim Esperancinha disse ainda que a criação do conselho consultivo "é para avançar" e acrescentando que o plano de reorganização "não envolve despedimentos".
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sociedade

PJ deteve em Tomar presumível autor de violação 
 O Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia judiciária identificou e deteve um homem, de 24 anos, por presumível autoria de um crime de violação ocorrido na zona de Tomar. Em comunicado, a PJ afirma que o detido foi sujeito a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de obrigação de afastamento da vítima e apresentações semanais às autoridades.
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Autarquias

Executivo da câmara de Tomar repudia processo de reestruturação no Centro Hospitalar Médio Tejo 
O executivo municipal de Tomar deliberou hoje, por unanimidade, “exigir a suspensão imediata do processo de reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo” (CHMT) por entender que prejudica a população dos concelhos que serve. Reunido em sessão extraordinária, o executivo, de maioria PSD, decidiu mostrar que “repudia o processo de reestruturação e a forma como decorreu, sem acompanhamento dos órgãos autárquicos de Tomar”. O conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo marcou para terça-feira a apresentação da reestruturação que vai levar a cabo nos três hospitais que integram o CHMT, Tomar, Abrantes e Torres Novas, tendo agendada para de manhã uma reunião com os funcionários do Hospital de Tomar. Perante os rumores que dão conta da transferência dos serviços de Medicina Interna e de Ortopedia e da passagem das Urgências apenas à prestação de cuidados básicos, várias centenas de pessoas concentraram-se no sábado à noite frente ao Hospital de Tomar, tendo a autarquia decidido realizar hoje uma reunião extraordinária para debater o assunto. Além de ”exigir a suspensão imediata do processo de reestruturação” do CHMT, a deliberação hoje aprovada declara “disponibilidade para possíveis alterações que salvaguardem a complementaridade e a reorganização dos recursos do Centro Hospitalar do Médio Tejo, sem pôr em causa a qualidade dos serviços de saúde prestados à população de Tomar e concelhos vizinhos”. Os eleitos na Câmara Municipal de Tomar decidiram ainda pedir uma reunião da assembleia municipal “sobre a situação da saúde em Tomar e no Médio Tejo” e solicitar uma reunião à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e aos presidentes das câmaras vizinhas, “por estar em causa, mais do que o Hospital de Tomar, a reorganização dos serviços de saúde do Médio Tejo e na região”. Os autarcas vão ainda solicitar uma reunião “com carácter de urgência” ao ministro da Saúde, “a fim de suspender uma situação tão gravosa para Tomar”. O executivo municipal de Tomar integra três eleitos do PSD, dois do PS e dois dos Independentes por Tomar (IpT).
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Empresas

Maior empregadora do concelho de Coruche vai encerrar
A administração da Tegael, Telecomunicações, Gás e Eletricidade, a maior empregadora do concelho de Coruche, com cerca de 400 postos de trabalho, confirmou hoje que decidiu nomear uma Comissão de Cessação de Atividade. Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa assegura que, “ao contrário de outros casos, trata-se de uma situação de cessação de atividade programada e não de insolvência, garantindo assim o total cumprimento das responsabilidades assumidas”. A decisão da empresa motivou “grande preocupação” no concelho, disse á Lusa o presidente da Câmara Municipal de Coruche, Dionísio Mendes, para quem é difícil entender que uma empresa “com viabilidade” vá encerrar. A Tegael iniciou a sua actividade em 1983, dedicando-se à instalação de redes eléctricas de baixa e média tensão e redes fixas de telecomunicações. Posteriormente veio a dedicar-se à instalação de infraestruturas para telecomunicações móveis.
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Empresas

Refer espera concluir obras na estação do Entroncamento até final do ano
A Refer espera concluir até ao final deste ano as obras que visam a melhoria das condições de segurança na estação ferroviária do Entroncamento, nomeadamente a redução dos riscos nos atravessamentos de peões, anunciou a empresa em comunicado. Segundo a nota da Refer, foram já eliminados diversos atravessamentos de nível, que foram concentrados num único local, dotado de pavimento de borracha antiderrapante, tendo sido colocada sinalização sonora e luminosa nas linhas onde se praticam velocidades mais elevadas. Foi ainda vedado o espaço em frente às bilheteiras do parque de estacionamento, de modo a evitar o “trespassing”, acrescenta. Até ao final de fevereiro deverá estar concluída a instalação de escadas entre a atual passagem superior pedonal e a plataforma central (linhas V, VI, VII e IX), adianta a nota. A melhoria do acesso nascente à atual passagem superior pedonal está em fase de adjudicação. A empresa espera que esteja concluída durante o próximo mês de março, permitindo “melhorar o ambiente e a perceção de segurança neste acesso”. Por outro lado, a nova passagem superior pedonal, que irá servir as linhas II, III, IV e V, será objeto de concurso público e deverá estar concluída até ao final de 2012, afirma a nota. Os autarcas do concelho exigiram no ano passado a melhoria das condições de segurança na estação do Entroncamento, na sequência do atropelamento mortal de um idoso quando atravessava as linhas férreas. Na reunião do executivo municipal do início deste mês, o vereador do Bloco de Esquerda, Carlos Matias, questionou as razões dos atrasos no calendário anunciado por uma “delegação da Refer com grande peso institucional” que visitou o Entroncamento na sequência daquele atropelamento mortal.
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Política

Concelhia de Tomar do PSD "toma posição" sobre situação da saúde no concelho
A concelhia social-democrata de Tomar convidou os partidos representados na Assembleia Municipal para uma reunião que visa “uma tomada de posição conjunta” em defesa do que considera “equilíbrios basilares” na prestação de cuidados de saúde às populações. Em comunicado enviado à agência Lusa, a concelhia do PSD afirma aguardar “com serenidade” o anúncio da reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), marcado para terça-feira, mas adverte que não aceitará que o Hospital de Tomar “seja desprovido de serviços" que “asseguram esses equilíbrios, em especial nos capítulos das Urgências, da Cirurgia Geral e da Medicina Interna”. Sábado à noite, centenas de pessoas concentraram-se junto ao Hospital de Tomar numa manifestação de desagrado contra a alegada retirada de serviços daquela unidade de saúde. A manifestação, convocada por SMS anónimo, surgiu depois de informações de que teria sido transmitido a profissionais do Hospital a intenção de transferir os serviços de Medicina Interna e Ortopedia para outra unidade do CHMT e de limitar as Urgências à prestação de cuidados básicos. “O PSD de Tomar entende que a importância do que está em causa, e as duvidas que justamente estão no ar acerca do futuro do Hospital, são suficientemente importantes para não ser este o tempo de impor responsabilidade e culpas, e para que seja este o tempo de união dos tomarenses na defesa dos seus legítimos interesses”, afirma a nota. Nesse sentido, a concelhia liderada por José Delgado convida os partidos com assento na Assembleia Municipal para uma reunião “tendo em vista uma tomada de posição conjunta, que defenda os interesses de Tomar em termos dos serviços de saúde”. O PSD de Tomar reconhece que o CHMT terá que passar por “ajustamentos” que sabe serem “inevitáveis”, mas adverte que, “se não forem compreendidos os equilíbrios basilares” que defende, considerará “efetivo e justificado o direito da população à indignação”. A concelhia social-democrata de Tomar entende que “o direito da população à assistência na saúde é inalienável, e que há necessidade de inventariar todas as possibilidades e de esgotar todas as alternativas para continuar a ser garantida à população condições satisfatórias de assistência na saúde”. O comunicado lembra que o Hospital de Tomar “é o primeiro suporte de assistência às populações dos concelhos de Ourém, Ferreira do Zêzere e Tomar”, pelo que “qualquer alteração neste domínio deve ser precedida de explicações claras à população dos concelhos”. O CHMT integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, que distam cerca de 30 quilómetros entre si, e tem vindo a acumular uma dívida que o ministro da Saúde disse, na tomada de posse do novo conselho de administração, ser da ordem dos 60 milhões de euros. Nessa sessão, Paulo Macedo disse esperar da nova administração, liderada por Joaquim Esperancinha, um plano de reorganização e de racionalização, que deveria passar pela centralização de serviços que se repartem atualmente pelos três hospitais.
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Sociedade

Tribunal de Abrantes inicia hoje julgamento de jovem acusado da prática de vários crimes
Tribunal de Abrantes começa hoje a julgar um jovem de 19 anos acusado da prática de dezenas de crimes, como roubos e agressões, e apontado como o principal responsável por criar um clima generalizado de insegurança na zona. Num processo com diligências agendadas para os próximos três dias e durante o qual vão ser ouvidas dezenas de testemunhas acusatórias, Pedro e dois cúmplices, de 18 e 19 anos, vão responder por crimes de furto qualificado, roubo agravado, sequestro e agressão de algumas das vítimas, quer na sua própria residência, quer na via pública. Pedro, o principal suspeito, com 19 anos cumpridos em dezembro último, possui já um longo cadastro, tendo sido referenciado no início da adolescência pela prática de pequenos furtos no bairro problemático de Vale de Rãs, onde reside, em Abrantes. Fonte policial disse à Lusa que, com o evoluir da idade, evoluiu o campo de atuação, estendendo-se do bairro a toda a cidade, num primeiro momento, e depois a todo o concelho de Abrantes e municípios vizinhos. O jovem, segundo a mesma fonte, é o alegado responsável por um clima de medo e insegurança que se instalou em Abrantes durante os últimos cinco anos e está acusado da autoria material do furto e danos a mais de uma centena de viaturas, assaltos a residências (normalmente de pessoas idosas que eram coagidas a entregar os seus bens), assaltos a jovens estudantes nas imediações das escolas, agressões, tentativas de sequestro e roubos por esticão, entre outros. Proveniente de uma família considerada problemática, Pedro foi detido inúmeras vezes pela PSP de Abrantes ao longo dos últimos anos e encaminhado para as instituições de controlo, por força da sua condição de menor.
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domingo, 15 de janeiro de 2012

Desporto

Benavente: Manuel Damião e Dulce Félix sagram-se campeões nacionais de estrada
Manuel Damião e Ana Dulce Félix, ambos do Maratona, venceram hoje a corrida do campeonato nacional de estrada de atletismo, em Benavente. Manuel Damião cumpriu os 15 quilómetros do percurso em 44.09 minutos, deixando os companheiros de equipa José Rocha, Youssef El Kalai e Sérgio Silva nas posições imediatas, a três, quatro e 10 segundos, respetivamente. O Maratona venceu coletivamente no setor masculino, ao somar 10 pontos, superando a Conforlimpa (34) e o Maia (56), e no feminino, cuja prova foi ganha por Dulce Félix, que relegou as companheiras do Maratona Ana Dias e Leonor Carneiro para a segunda e terceira posições, respetivamente.
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sábado, 14 de janeiro de 2012

Saúde

Meio milhar de pessoas manifestam-se em frente do Hospital de Tomar 
Meio milhar de pessoas estão hoje concentradas em frente ao Hospital de Tomar, numa manifestação de desagrado, convocada por SMS anónimo, pela anunciada retirada de serviços daquela unidade de saúde. Pedro Marques, vereador na Câmara Municipal de Tomar pelos Independentes por Tomar (IpT), disse à Lusa que as pessoas foram convocadas por um SMS (mensagem de telemóvel) anónimo, enviado na sexta-feira à tarde. “O hospital está a morrer! O povo de Tomar precisa de se unir. Vamos todos juntos mostrar o nosso descontentamento perante esta situação! Dia 14, 20 horas, em frente ao hospital de Tomar. Passa a palavra”, dizia a mensagem, transcrita pelo jornal tomarense O Templário. Os manifestantes, alguns transportando velas acesas, concentraram-se inicialmente junto à entrada principal do hospital, deslocando-se depois para a zona dos serviços administrativos. A alegada intenção de transferir os serviços de Medicina Interna e de Ortopedia do Hospital de Tomar para outra unidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) foi levantada por Pedro Marques numa entrevista dada esta semana a uma rádio local. O CHMT integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, que distam cerca de 30 quilómetros entre si, e tem vindo a acumular uma dívida que o ministro da Saúde disse, na tomada de posse do novo conselho de administração, ser da ordem dos 60 milhões de euros. Nessa sessão, Paulo Macedo disse esperar da nova administração, liderada por Joaquim Esperancinha, um plano de reorganização e de racionalização, que deveria passar pela centralização de serviços que se repartem atualmente pelos três hospitais. A nova administração tem anunciada para a próxima terça-feira uma conferência de imprensa para anunciar o plano de reorganização do CHMT, reunindo-se nesse dia à tarde com a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo. Pedro Marques disse à Lusa que o executivo municipal de Tomar irá realizar uma reunião extraordinária na segunda-feira à tarde para abordar esta questão. Os deputados socialistas António Serrano, Idália Serrão e João Galamba entregaram na sexta-feira no Parlamento um requerimento questionando o Governo sobre os “critérios técnicos” que determinam o encerramento das valências de Medicina Interna e Ortopedia no Hospital de Tomar. O documento referia que a decisão de transferir os serviços de Medicina Interna e Ortopedia para as outras unidades do CHMT, com efeitos a partir de 07 de fevereiro, foi transmitida aos trabalhadores do Hospital de Tomar pelo novo conselho de administração.
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sociedade

SEF desmantela em Torres Novas grupo que falsificava documentos
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou, em Torres Novas, um grupo que se dedicava à falsificação ou contrafação de documentos, nomeadamente contratos de trabalho, que vendiam a cidadãos estrangeiros que necessitavam de legalizar ou regularizar a sua situação. Em comunicado, o SEF afirma que numa operação realizada na terça-feira, em cumprimento de sete mandados judiciais, foi recolhida prova documental e apreendidos diversos computadores que os suspeitos usavam para elaborar os falsos contratos de trabalho. Foram ainda apreendidos falsos carimbos de entidades empregadoras e de supostas funcionárias da Segurança Social de Santarém que eram utilizados para credibilizar os falsos documentos que vendiam, acrescenta. Em causa nesta investigação está a prática de crimes de auxílio à imigração ilegal, falsificação ou contrafação de documento, entre outros, visando em exclusivo a obtenção de elevados lucros, afirma a nota. Segundo o SEF, foram constituídos dois arguidos. A investigação prossegue sob coordenação do Ministério Púbico de Almeirim a fim de identificar outros suspeitos e o universo dos clientes destes que, poderá ascender a algumas centenas de cidadãos estrangeiros, adianta o comunicado.
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Sociedade

Cartaxo: PJ detém homem por abuso sexual de enteadas
Um homem de 43 anos foi detido por violação e abuso sexual das enteadas, de 10 e 14 anos, na zona do Cartaxo, revelou hoje a PJ de Lisboa. Segundo a PJ, o detido foi denunciado em dezembro passado por um familiar das vítimas, que têm 10 e 14 anos e são enteadas do detido. O suspeito está indiciado pela prática de crimes de maus-tratos, abuso sexual de crianças e violação, ocorridos na zona da comarca do Cartaxo, especificou a PJ. O suspeito vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
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Desporto

Atletismo: Nacional de Estrada realiza-se este domingo em Benavente
Corre-se este domingo em Benavente, a partir das 10h30m, o campeonato Nacional de Estrada em Atletismo. Apenas uma vez campeã nos últimos nove anos, a equipa masculina do Maratona apresenta-se desta vez como favorita. Em femininos, a superioridade da formação do Maratona, campeã dez vezes consecutivas, continua a não ser colocada em causa, pelo que tudo leva a crer que a formação dirigida por Carlos Móia e Rafael Marques faça o pleno coletivo. Já no aspeto individual, enquanto Ana Dulce Félix se prepara para reeditar o título da época passada, no setor masculino é um homem da Conforlimpa, Hermano Ferreira, também campeão há um ano, o principal favorito, apesar da presença de Youssef el Kalai, que esta época passou da Conforlimpa para o Maratona. A competição masculina será a mais equilibrada - Além de El Kalai, campeão nacional de corta-mato, também Manuel Damião, vice-campeão de estrada em 2011, reforçou o Maratona, vindo da Conforlimpa. José Rocha, medalha de bronze há um mês no Europeu de corta-mato, tem estado em muito boa condição. O Maratona contará ainda, para fechar a equipa, com Rui Teixeira, Fernando Silva, Ricardo Ribas e Sérgio Silva. Apesar do favoritismo de Hermano Ferreira, que em outubro passado ganhou mais uma vez a Taça dos Clubes Campeões Europeus, e dos progressos do jovem Tiago Costa, a formação da Conforlimpa deverá mesmo este ano ceder a primazia ao Maratona. A não ser que Marco Morgado, terceiro há um ano mas que não compete desde outubro (foi apenas 12º na Taça dos Campeões Europeus), e Licínio Pimentel, campeão em 2010 mas sem competir desde o verão, protagonizem uma surpresa. Estarão também em ação, pela equipa da empresa de limpezas, José Ramos, Ricardo Dias, Euclides Varela e Vítor Reis. No setor feminino tudo parece mais claro. Seria uma grande surpresa se Ana Dulce Félix e o Maratona não se tornassem mais uma vez campeões. A atleta minhota tem demonstrado grande superioridade a nível nacional, a qual se deverá manter, tanto mais que Jessica Augusto continuará ausente, Sara Moreira está ainda suspensa e Inês Monteiro, apesar de recuperada, está longe da melhor forma. A veterana Ana Dias, segunda na Taça dos Campeões, e Leonor Carneiro deverão lutar pelos dois outros lugares do pódio, face aos problemas físicos que têm atingido Anália Rosa. Coletivamente, o Maratona, que contará ainda com Daniela Cunha, Mónica Silva e Elisabete Lopes, somará certamente o 11.º título consecutivo, enquanto o Sporting Braga deverá ser segundo. Estão inscritos na competição, que terá a distância de 15 quilómetros, 310 atletas masculinos e 57 femininos, em representação de 51 clubes.
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Autarquias

Moita Flores “chocado” com anúncio de encerramento da unidade de produção de cerveja da Unicer em Santarém 
O presidente da Câmara Municipal de Santarém disse estar “em choque” perante a decisão anunciada hoje pela Unicer de encerrar, em março de 2013, a unidade de produção de cerveja instalada no concelho. “Acabo de saber de uma forma que me deixa chocado, triste, dececionado, desta decisão, que terá todos os seus critérios de gestão bem definidos e bem claros, mas é um choque para o concelho de Santarém”, disse Francisco Moita Flores, no final de uma reunião com o presidente da Unicer. À saída do encontro, que terminou cerca das 20:00, Pires de Lima remeteu para o comunicado já emitido pela empresa e para uma declaração que fará ou sexta ou segunda-feira. Moita Flores disse estar ainda “a digerir” a informação que lhe foi transmitida por Pires de Lima, sublinhando que as “duas primeiras palavras” que lhe vieram à mente foi “choque e deceção”. O autarca disse ter sido informado de que se manterá em Santarém a produção de refrigerantes e a unidade de logística da empresa, representando a decisão hoje anunciada “uma quebra de emprego de 50 por cento”. Por outro lado, foi informado de ter sido comunicado aos trabalhadores que “teriam condições especiais para se deslocarem para outras empresas ou para serem garantidas condições e direitos”. Moita Flores afirmou que a autarquia “sempre fez tudo” e “nunca dificultou nada” à empresa, sublinhando que as justificações avançadas pela Unicer “não têm a ver com a crise, apenas com critérios internos de gestão”. Segundo disse, manifestou a Pires de Lima o seu “profundo desagrado” pela forma “inopinada” como foi “apanhado por esta decisão, que é traumática” e que “desagrada e entristece profundamente”. Um dos trabalhadores da fábrica de Santarém disse à Agência Lusa que a decisão hoje anunciada pessoalmente por Pires de Lima “apanhou todos de surpresa”. Segundo disse, já lhes tinha constado que “alguma coisa má” ia acontecer na fábrica de Santarém, mas “ninguém estava à espera”. Para já os trabalhadores “não sabem o que vão fazer, não sabem quem vai, quem fica”, disse. A decisão hoje anunciada pela Unicer afeta 133 trabalhadores, 60 dos quais poderão candidatar-se a ir para outros centros de produção, sendo que o de Leça do Balio vai centralizar a produção e enchimento de cerveja. Para os trabalhadores que não se enquadrem neste âmbito, o grupo Unicer vai ter um “programa de apoio que integra uma compensação acima da definida legalmente e contempla um programa de ‘outplacement’ [ajuda à procura de emprego] e formação focados na empregabilidade”. A medida insere-se no anúncio de um investimento de 80 milhões de euros para reorganização industrial. A Unicer explica que o investimento de 80 milhões de euros na consolidação da operação de cervejas em Leça do Balio visa otimizar “a infraestrutura industrial da empresa na área das cervejas” e é “indispensável para a eficiência e competitividade”, bem como para a manutenção de mais de 1400 postos de trabalho diretos.
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Sociedade

GNR de Torres Novas deteve quatro pessoas suspeitas de crimes de lenocínio agravado
A GNR de Torres Novas deteve na quarta-feira quatro pessoas por suspeita de crimes de lenocínio agravado, auxílio à imigração ilegal, tráfico de droga, tráfico de armas, furto, falsificação de documentos e corrupção ativa. Em comunicado, o comando territorial de Santarém da GNR afirma que os detidos, três homens e uma mulher com idades entre os 35 e os 45 anos, são ainda acusados de obstrução à justiça e posse ilegal de armas. A operação decorreu no âmbito de um processo-crime e incluiu o cumprimento de dois mandados de detenção e de quatro mandados de busca e apreensão, tendo ainda sido realizada uma rusga a um estabelecimento de diversão noturna situado no concelho de Alcanena, por alegadamente ali se praticar prostituição, afirma o comunicado. Além dos quatro detidos, a GNR identificou cinco pessoas por alegada prática de prostituição e oito por presença em estabelecimento ilegal. Fonte da GNR disse à Agência Lusa que, além da casa de alterne, foram realizadas buscas noutros locais situados no concelho de Torres Novas, onde o suspeito de ser o proprietário desse estabelecimento possui negócios, como um stand de automóveis, e à sua residência. O estabelecimento de diversão noturna foi selado por ordem do tribunal, disse a fonte. Foram ainda apreendidos cinco armas, diversas munições de diferentes calibres, duas viaturas, vários telemóveis, dois computadores portáteis e partes constituintes de veículos provenientes de desmantelamento, afirma ainda o comunicado. A operação contou com a participação de outras forças da GNR, bem como de elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e da Alfândega. A fonte adiantou que a operação se iniciou na noite de terça para quarta-feira na casa de alterne, tendo prosseguido ao longo do dia de quarta-feira, estando os detidos a ser ouvidos hoje no Tribunal de Alcanena.
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Empresas

Unicer anuncia encerramento da unidade de produção de cerveja em Santarém
A Unicer vai fechar a sua unidade de produção de cervejas em Santarém em março de 2013, na sequência de um processo de reorganização industrial que supõe um investimento de 80 milhões de euros. A Unicer, que convocou para esta tarde uma reunião de quadros para comunicar a decisão, que afeta 133 trabalhadores da fábrica de Santarém, garantiu à Lusa que o objetivo é reintegrar funcionários noutros centros de produção, nomeadamente em Leça do Balio, onde serão centralizadas a produção e o enchimento de cerveja. “A Unicer estima poder disponibilizar cerca de 60 lugares e considerará todas as candidaturas que surgirem neste sentido”, adiantou a empresa num comunicado. Para os trabalhadores que não se enquadrem neste âmbito, o grupo Unicer vai ter um “programa de apoio que integra uma compensação acima da definida legalmente e contempla um programa de ‘outplacement’ e formação focados na empregabilidade”. A fábrica de Santarém vai manter a plataforma logística e a operação de refrigerantes. A Unicer explica que o investimento de 80 milhões de euros na consolidação da operação de cervejas em Leça do Balio visa otimizar “a infra-estrutural industrial da empresa na área das cervejas” e é “indispensável para a eficiência e competitividade” e para a manutenção de mais de 1400 postos de trabalho diretos.
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Ambiente

Quercus denuncia abate ilegal de sobreiros no concelho de Salvaterra de Magos
A associação ambientalista Quercus denunciou hoje o abate ilegal de centenas de sobreiros numa propriedade situada em Foros de Salvaterra, situação confirmada à agência Lusa pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. João Gomes, do Gabinete de Proteção Civil da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, disse à Lusa que o abate ilegal de 356 sobreiros foi detetado por técnicos da autarquia há cerca de três semanas. Contactado o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (Sepna) da GNR, o gabinete foi informado de que tinha sido aberto processo para contraordenação, disse. O comunicado da Quercus refere a alegada pretensão do proprietário de instalar um pivot de rega, sublinhando João Gomes que, nesses casos, além do abate de árvores ter que ser devidamente autorizado, é também necessária uma autorização para alterar a morfologia do terreno. Segundo disse, na autarquia não deu entrada nenhum processo nesse sentido. No comunicado hoje emitido, a Quercus “exige a interdição de alteração do uso do solo” pelo período de 25 anos, como prevê a lei, bem como “um inventário geográfico rigoroso deste corte ilegal de sobreiros com o levantamento do respetivo auto de notícia por contraordenação pelo Sepna da GNR, com o apoio da Autoridade Florestal Nacional”. Apela ainda ao “reforço da fiscalização”, dado “o risco de continuar o corte ilegal dos sobreiros”. O vereador da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos com o pelouro do Ambiente, Manuel António das Neves, disse à Lusa que a autarquia está a acompanhar a situação e que há já um processo a decorrer na Direção-Geral de Florestas.
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sociedade

Torres Novas: Granada encontrada em Caixa de Multibanco na freguesia de Pedrógão
Uma equipa de inativação de engenhos e explosivos da GNR foi chamada hoje para desativar um engenho colocado numa máquina ATM (multibanco), em Pedrógão, Torres Novas, tendo verificado tratar-se de uma granada de instrução que estava inerte. O porta-voz do comando distrital de Santarém da GNR, Joaquim Nunes, disse à agência Lusa que a guarda foi alertada, cerca das 08:30 de hoje, por moradores que tentaram fazer levantamentos na máquina Multibanco. A GNR isolou de imediato o local, tendo pedido a intervenção da Equipa de Inativação de Engenhos e Explosivos de Leiria, disse. Depois de levantar o engenho, os militares verificaram que se tratava de uma granada de instrução, que não tem o mesmo perigo que uma granada normal, já que em vez de material explosivo tem apenas areia e um detonador, disse a fonte, sublinhando que, além disso, estava inerte. Admitindo que a intenção possa ter sido armadilhar a máquina ATM com o intuito de roubo do dinheiro, Joaquim Nunes afirmou que com este engenho esse intuito não seria atingido. A investigação passou para a alçada da Polícia Judiciária de Leiria, que esteve igualmente no local, adiantou.
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Ensino

Confederação das Associação de Pais (Confap) condena atuação de Associação de Pais de uma escola em Tomar
A Confederação das Associações de Pais condenou hoje a atuação da associação de pais de uma escola em Tomar, onde três crianças são alegadamente impedidas de almoçar junto dos colegas por falta de pagamento do serviço de refeição. De acordo com o jornal Correio da Manhã, três meninas de 5, 7 e 8 anos do Jardim de Infância e a EB 1 do Ensino Básico de Carvalhos de Figueiredo, em Tomar, estarão a ser forçadas a comer no átrio da escola com talheres e pratos que trazem de casa, porque os pais não têm pago o serviço de almoços prestado pela Associação de Pais. Em declarações à Lusa, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida, condenou esta prática “inaceitável” que vai contra “os direitos das crianças”. Chocado com as notícias, Albino Almeida lembra que “nunca uma associação de pais pode permitir, seja porque razão for, que os miúdos não comam”. Muito pelo contrário, cabe às associações de pais, "garantir todas as condições de ensino e aprendizagem às crianças, sendo que a alimentação é uma parte muito importante. Ninguém aprende com fome. A associação jamais poderia levar a que crianças não almoçassem por eventual débito dos pais”, defendeu. De acordo com o responsável, a cobrança de refeições não é responsabilidade das associações de pais mas sim das escolas, que “de forma oportunista” parecem fechar os olhos ao que se passa. A direção da escola e professores “de forma oportunista estão a permitir que a associação de pais trate de um problema que devia ser a escola a gerir”. “A escola não se pode afastar deste problema mas tolera que os meninos, levando loiça de casa, possam comer no átrio da escola. Isto é inaceitável, trata-se dos direitos das crianças”, defendeu Albino Almeida. Para o presidente da Confap, se os pais não pagam as refeições então a situação deve ser comunicada às entidades competentes, consoante o cenário em causa: “Se é incumprimento doloso dos deveres de parentalidade então devem notificar a Comissão Proteção de Menores”; se se tratar de dificuldades financeiras então “há mecanismos sociais para apoiar estas crianças”. “Se os pais têm dificuldade em cumprir, a rede social local tem condições para os ajudar, agora nunca deixar as crianças sem comer nem deixar as crianças a comer no átrio da escola, Isso parece-me absolutamente anormal”, defendeu. Albino Almeida apela aos pais daquela escola, “que se sentem incomodados com a situação”, que convoquem uma Assembleia-Geral da associação de pais para avaliar o processo: “devem pronunciar-se sobre o facto de a associação estar a propiciar que as crianças não comam ou comam em más circunstâncias.” O presidente da Confap garante que o que se passa naquela escola vai contra o “espírito das associações de pais”: "Em milhares de associações de pais a prática é precisamente a contrária: é uma prática generosa e solidária".
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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Economia

Tecnopolo do Vale do Tejo tem abertas candidaturas para empresas do setor alimentar
O Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar do Tecnopolo do Vale do Tejo, INOV.LINEA, tem abertas, até 03 de fevereiro, as candidaturas ao ‘Vale Inovação’, programa de apoio à melhoria das capacidades de desenvolvimento de produtos, processos e serviços das pequenas e médias empresas (PME) do setor alimentar. O incentivo é concedido em forma de vale de 75% do valor do serviço de consultadoria ou de apoio à inovação, até um limite de 25.000 euros, prestado por Entidades do Sistema Científico e Tecnológico e do Sistema de Inovação, como o INOV.LINEA. “Melhorar um produto proveniente do azeite ou da carne ou tipificar processos, elevando o rendimento da produção de compotas, são algumas das situações que estas candidaturas podem apoiar”, afirma o centro em comunicado. O ‘Vale Inovação’ é um dos incentivos disponíveis pelo QREN para a promoção da competitividade das PME, aumentando a produtividade, a flexibilidade e a capacidade de resposta no mercado global, através da aquisição de serviços de Inovação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT), acrescenta a nota.
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Ensino

Município do Entroncamento vai acolher o Centro de Estudos Politécnicos
A Câmara do Entroncamento assinou com o Instituto Politécnico de Tomar um protocolo de colaboração que prevê a instalação do Centro de Estudos Politécnicos do Entroncamento (CEPE.IPT) numa antiga escola de primeiro ciclo. A autarquia está, desde 2011, a realizar obras de remodelação e beneficiação no edifício, “a fim de dotar aquele espaço de condições adequadas para acolher os estudantes do seu e de outros concelhos”, afirma um comunicado da autarquia. Dos cursos a lecionar, a autarquia destaca o que é baseado na Tecnologia Ferroviária e que terá as vertentes CET (curso de especialização tecnológica) e pós-graduação, havendo ainda cursos na área da engenharia e ainda Inglês Técnico, Línguas Raras e Língua Portuguesa para Imigrantes – PLE (Português Língua Estrangeira).
O CEPE.IPT deverá entrar em funcionamento em março, adianta a nota.
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Autarquias

Autarquia de Tomar sensibiliza população para higiene dos espaços públicos
A Câmara Municipal de Tomar está a instalar 30 dispensadores de sacos para recolha de dejetos dos cães, no âmbito de uma campanha de sensibilização da população para a higiene dos espaços públicos. Em comunicado, a autarquia afirma que se trata de “uma tentativa de resolução de um problema grave de higiene, infelizmente comum a muitas cidades, mas cuja solução passa necessariamente pela atitude cívica dos donos dos cães, que devem promover sempre a recolha dos respetivos dejetos quando os trazem à rua”.
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Economia

Resistejo vai adjudicar construção de unidade para produzir combustível para cimenteiras
A Resitejo – Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo espera adjudicar em fevereiro a construção de uma unidade de tratamento mecânico para produzir combustível para cimenteiras, reduzindo substancialmente os resíduos para aterro. O presidente do conselho de administração da Resitejo, Diamantino Duarte, disse à Agência Lusa que o investimento ronda os 16,3 milhões de euros (10 milhões dos quais provenientes do Quadro de Referência Estratégico Nacional e 3,3 milhões do Banco Europeu de Investimento). “Das 100.000 toneladas/ano atualmente depositadas em aterro passaremos para 15% desse valor e, com isto, ficaremos com o problema dos resíduos resolvido por um período de 50 anos”, afirmou. Em funcionamento desde maio de 1999, o aterro sanitário da Resitejo, situado na freguesia da Carregueira (Chamusca), tem em construção uma nova célula para deposição de resíduos com uma capacidade para 1,3 milhões de toneladas, o que, ao ritmo de deposição atual, fazia prever um tempo de vida de 13 anos, similar ao da que será encerrada este ano. Além do aumento do tempo de vida da nova célula, reduzindo para 15% a quantidade de resíduos depositados, a unidade de tratamento mecânico permitirá ainda que os produtos aí colocados estejam estabilizados, não produzindo biogás, frisou. A nova unidade, que deverá estar pronta até ao final deste ano, irá criar 16 postos de trabalho, disse Diamantino Duarte. Na mesma altura será encerrada a célula que recebe os resíduos dos 10 municípios que integram a Resitejo desde 1999, estando prevista a produção de biogás a partir da decomposição da matéria orgânica depositada, um investimento a realizar este ano. Além do aterro sanitário, a Resitejo gere uma estação de triagem (desde dezembro de 2004) que encaminha os resíduos para reciclagem, três unidades de transferência, quatro centros de transferência, oito ecocentros, 1.201 ecopontos, 298 vidrões isolados e 34 oleões. A associação integra os municípios de Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, abrangendo uma população de 209.587 habitantes. O aterro situado no Ecoparque do Relvão recebe ainda os resíduos sólidos urbanos provenientes dos campos militares de Santa Margarida e de Tancos e de várias empresas não industriais (como restaurantes e supermercados).
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