sábado, 14 de janeiro de 2012

Saúde

Meio milhar de pessoas manifestam-se em frente do Hospital de Tomar 
Meio milhar de pessoas estão hoje concentradas em frente ao Hospital de Tomar, numa manifestação de desagrado, convocada por SMS anónimo, pela anunciada retirada de serviços daquela unidade de saúde. Pedro Marques, vereador na Câmara Municipal de Tomar pelos Independentes por Tomar (IpT), disse à Lusa que as pessoas foram convocadas por um SMS (mensagem de telemóvel) anónimo, enviado na sexta-feira à tarde. “O hospital está a morrer! O povo de Tomar precisa de se unir. Vamos todos juntos mostrar o nosso descontentamento perante esta situação! Dia 14, 20 horas, em frente ao hospital de Tomar. Passa a palavra”, dizia a mensagem, transcrita pelo jornal tomarense O Templário. Os manifestantes, alguns transportando velas acesas, concentraram-se inicialmente junto à entrada principal do hospital, deslocando-se depois para a zona dos serviços administrativos. A alegada intenção de transferir os serviços de Medicina Interna e de Ortopedia do Hospital de Tomar para outra unidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) foi levantada por Pedro Marques numa entrevista dada esta semana a uma rádio local. O CHMT integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, que distam cerca de 30 quilómetros entre si, e tem vindo a acumular uma dívida que o ministro da Saúde disse, na tomada de posse do novo conselho de administração, ser da ordem dos 60 milhões de euros. Nessa sessão, Paulo Macedo disse esperar da nova administração, liderada por Joaquim Esperancinha, um plano de reorganização e de racionalização, que deveria passar pela centralização de serviços que se repartem atualmente pelos três hospitais. A nova administração tem anunciada para a próxima terça-feira uma conferência de imprensa para anunciar o plano de reorganização do CHMT, reunindo-se nesse dia à tarde com a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo. Pedro Marques disse à Lusa que o executivo municipal de Tomar irá realizar uma reunião extraordinária na segunda-feira à tarde para abordar esta questão. Os deputados socialistas António Serrano, Idália Serrão e João Galamba entregaram na sexta-feira no Parlamento um requerimento questionando o Governo sobre os “critérios técnicos” que determinam o encerramento das valências de Medicina Interna e Ortopedia no Hospital de Tomar. O documento referia que a decisão de transferir os serviços de Medicina Interna e Ortopedia para as outras unidades do CHMT, com efeitos a partir de 07 de fevereiro, foi transmitida aos trabalhadores do Hospital de Tomar pelo novo conselho de administração.
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