terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Política

Bloco de Esquerda solicita ao governo estudos que sustentam plano de reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo
O Bloco de Esquerda pediu hoje ao Governo que lhe sejam facultados os estudos que sustentam o plano de reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que reúne os hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes. Num requerimento entregue na Assembleia da República, dirigido ao Ministério da Saúde, o BE afirma que a apresentação do plano não foi acompanhada “das necessárias explicações e fundamentações técnicas, não se sabendo que razões explicam cada uma das alterações agora introduzidas na organização e funcionamento do centro hospitalar e, muito menos, os objetivos e resultados que se pretendem atingir”. Referindo que o plano fecha alguns serviços e concentra outros, desloca especialidades entre hospitais e “desqualifica os serviços de urgência” de Tomar e de Torres Novas, o partido lamenta a ausência de “debate prévio com a comunidade hospitalar. Por outro lado, afirma que “as decisões anunciadas têm enorme impacto no funcionamento do centro hospitalar e de cada uma das suas unidades hospitalares, na acessibilidade da população aos serviços de saúde e na própria qualidade da prestação de cuidados”. O BE conclui que ”diversas mudanças são muito controversas e geram fundadas dúvidas quanto aos seus resultados”. A direção do CHMT anunciou há duas semanas a reestruturação, que implica a concentração do serviço de Otorrinolaringologia em Tomar, da Pediatria em Torres Novas e da Ortopedia em Abrantes. O bloco operatório de Torres Novas fecha, passando 80% das cirurgias programadas para a unidade de Tomar, e o bloco operatório da maternidade de Abrantes é reativado. As unidades de Tomar e Torres Novas ficam ainda com serviço de urgência básica com viaturas SIV (suporte imediato de vida), ambulâncias pré-hospitalares, e a urgência diferenciada e a unidade de cuidados intensivos ficam sediadas em Abrantes. Ao nível dos serviços, a administração do CHMT revelou que baixou de 19 para 10 elementos e o número dos diretores de departamentos e serviços foi reduzido dos 41 elementos para 19.
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