sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Autarquias

Moita Flores pede fim do regime de exclusividade por motivos de saúde
O presidente da Câmara Municipal de Santarém pediu esta semana o fim do regime de exclusividade por motivos de saúde, sublinhando que a decisão não significa menos dedicação à autarquia. No seu blogue ‘Projétil’, Moita Flores (independente eleito pelo PSD) publicou um post, intitulado ‘Quando a maldade é a tempo inteiro’, insurgindo-se contra a reação que o anúncio da sua decisão provocou em alguma imprensa local. Francisco Moita Flores refere que tem mantido em “discreto silêncio” os “vários revezes de saúde” que tem tido nos últimos meses, tendo entregado, em dezembro, um atestado médico por cinco dias porque foi hospitalizado. O autarca afirma que sempre foi “resistente à cultura dos atestados médicos”, tendo por isso pedido o fim do regime de exclusividade, já que a doença no intestino grosso vai exigir algum tempo para exames médicos e tratamentos. “Decidi pedir o fim do regime de exclusividade, o que não significa outra coisa que não seja receber metade do ordenado que a lei me põe à disposição. Não significa outra coisa. Só isto. E libertar-me algumas manhãs, algumas tardes, alguns internamentos de dois ou três dias que tenho de fazer (estes com atestado médico) ”, escreve. Indignado com a interpretação de que o fim da exclusividade significa a passagem a meio tempo de trabalho, Moita Flores promete passar a publicar, no seu blogue, a partir da próxima semana, a sua agenda diária de trabalho. “E veremos se é a meio tempo como quer a maldade da política local”, afirma, assegurando que “todas as semanas será publicada para que se saiba a diferença entre quem, apesar de doente, não abdica dos seus juramentos de lealdade, e aqueles que usam a maldade como a melhor arma da indecência, capazes de vender a sua dignidade por um prato de lentilhas, por isso mesmo incapazes de perceber que essa mesma dignidade se constrói com esforço, trabalho, dedicação e muito desprendimento da vida. E nobreza de caráter, coisa que a malandrice nacional jamais perceberá”.
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