quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Autarquias

Autarquia de Coruche solicita ao Ministério da Economia solução para evitar encerramento da Tegael 
A Câmara Municipal de Coruche pediu ao Ministério da Economia para que procure, juntamente com a administração da Tegael, maior empregador privado do concelho, uma solução que não seja o encerramento ou a deslocalização da empresa. A deliberação, aprovada por unanimidade na reunião do executivo municipal de quarta-feira, “reforça” o descontentamento da autarquia junto da administração da Tegael, empresa que emprega atualmente cerca de 300 pessoas (depois de um despedimento coletivo em que dispensou outras 100) e que opera na área das infraestruturas de eletricidade, gás e telecomunicações. A tomada de posição manifesta solidariedade para com os trabalhadores “neste conturbado momento” e assegura que irá “desenvolver todos os contactos institucionais, nomeadamente com o gabinete do primeiro-ministro, Presidência da República e Parlamento, “para impedir o fim da atividade da empresa”. O texto vai ser também enviado aos grupos parlamentares, ao presidente e partidos políticos com assento na Assembleia Municipal e à Telcabo, que adquiriu a Tegael em março último, bem como ao Fyron Group, SIESI e Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant). A administração da Tegael, Telecomunicações, Gás e Eletricidade, informou, na sexta-feira, alguns trabalhadores, através de um comunicado, que pretende cessar a sua atividade de forma “controlada e faseada” ao longo de 2012, nomeando para isso uma “Comissão de Cessação de Atividade”. No texto aprovado em reunião de Câmara, a autarquia considera que, a confirmar-se o encerramento da empresa, “se criará um descalabro social e económico em particular neste concelho, mas também na região de Santarém, com amplas repercussões nacionais, contribuindo ainda mais para o agravamento das desigualdades e da precariedade”. Sublinhando que a Tegael “é uma das mais prestigiadas empresas nacionais na área das telecomunicações e energias, uma marca que se tem afirmado internacionalmente, operando em mercados como a Irlanda, a Escócia, a Inglaterra, Marrocos, África do Sul, Angola e Brasil”, a autarquia considera “inconcebível o seu encerramento sem antes se procurar encontrar uma outra solução”. Essa solução, sublinha, deve poder “responder às necessidades de reestruturação da empresa, mas também aos direitos e garantias dos trabalhadores que querem manter os seus postos de trabalho”.
----------------------------------------------------------------------