sábado, 30 de agosto de 2008

Coluna de Opinião

Por considerármos de alta relevância, decidimos transcrever mais um artigo de opinião do Escritor e Jornalista Baptista Bastos, este, publicado no Jornal de Negócios no dia 29.08.08.

A. Anacleto
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OS VELHOS JÁ NÃO CONTAM?

Portugal e a Europa envelhecem e, segundo as advertências de sociólogos e antropólogos, só a imigração pode salvar as veias esclerosadas de um continente sem tino e com poucos jovens propensos à procriação. O sistema capitalista parece ter urdido a teia do seu próprio esvaziamento. A globalização não resultou; ou, esclarecendo ...


A globalização não resultou; ou, esclarecendo: permitiu a acumulação de fortunas colossais e colocou na miséria mais desesperante milhões daqueles para quem o seu trabalho é insuficiente como garantia de subsistência. O excesso de ganância, a finança a sobrepujar a economia e esta a dominar a política resultaram nesta desorientação.
Mário Soares não se cansa de bater na mesma tecla. E se lermos, com a atenção que ela merece, a dr.ª Teodora Cardoso, entre alguns mais, aperceber-nos-emos de que, assim, as coisas do mundo encaminham-se para a catástrofe. O culto da juventude pela juventude, uma das componentes da ideologia do «mercado», fez rasto a partir da sombria década de 80. O Portugal do dr. Cavaco foi reflexo da Inglaterra de Margaret Tatcher e dos Estados Unidos de Ronald Reagan. O fim da História, como remate de uma era e nascimento de outra, promissora, próspera e feliz, fora «decidido» por um pensador menoríssimo, Fukuyama, no trilho de Milton Friedman. Nada de novo. Apenas o remanejar de teses que agitavam alguma nostalgia dos velhos autoritarismos, apoiados em poderosas empresas, nacionais e multinacionais.
Esta criação de «outro modelo» foi desastrosa. Em Portugal, o aparecimento de um magote de clones uns dos outros fez remover, de lugares importantes, não só a competência e a experiência – como, sobretudo, a memória. Um episódio: por esse tempo, fui redactor-principal de uma revista, «Época», do Grupo Impala. O director era Wilton Fonseca, que possuía uma visão aberta do que deveria ser uma publicação daquele tipo. Um grupo de excelentes jornalistas fora atraído pelo projecto de Wilton.
A certa altura, precisámos de um redactor que percebesse de economia. Fui encarregado de os entrevistar. Com a paciência que a minha tradicional impaciência julgava improvável, lá fui escutando os candidatos, para aí uns dez. Até que me surgiu pela frente, desenvolto, sem medo e sem fadiga, um rapaz cheio de gel, e vestido a preceito: fato cinzento, sapatos pretos envernizados, e botões de punho numa imaculada camisa. Entregou-me um currículo assustador. Pela acumulação de empregos onde já estivera e pela acumulação de erros gramaticais, de sintaxe e de bom senso. Devo dizer aos meus Dilectos que não cultivo a compaixão ante a ignorância nem a condescendência perante a soberba. Antes de começar a entrevista, o moço advertiu: «Quero ganhar seiscentos contos livres de impostos, cartão de crédito, e carro.» Ergui-me, estendi-lhe a mão: «Também eu queria.» O rapaz, que era apenas gel e sapatos pretos envernizados, chegou a director de duas publicações e, mais tarde, foi assessor de ministro. Perdi-lhe o trilho, mas mantive a memória.
«Deixem-nos trabalhar!», o estribilho de propaganda do cavaquismo, expunha a aparente virilidade daquela gente desembaraçada num cartaz onde todos estavam de mangas arregaçadas. O mal dos governos anteriores era diminuído com a promessa de novos tempos. Foi o que se viu. Até hoje não se apurou, com rigor e minúcia, o destino de rios e rios de dinheiro provenientes de Bruxelas. Com aquele dinheirão, até eu, chefe nominal de uma família empobrecida, até eu faria uma figuraça. Cavaco não foi tocado pela sensibilidade social, enquadrando esta palavra na mais ampla da sua definição. Além do que demonstra um atroz conservadorismo, cada vez mais evidente, nestas actuais funções. Transformou o dinheiro em betão, e esqueceu-se, por ignorância cava, a instrução, o apoio à investigação, os cuidados com a velhice. O culto da juventude pela juventude é um culto protofascista. Está nos livros e di-lo a experiência histórica. E as coisas não acontecem por acaso: isto anda tudo ligado, como avisou o poeta Eduardo Guerra Carneiro.
Portugal está cada vez mais velho e a precisar dos imigrados como factores determinantes da sua própria continuidade como nação. O racismo, a xenofobia, o desprezo pelo outro atira-nos para o abismo. É uma imprudência que pagaremos caro. Como a supressão dos velhos constitui a legitimação de uma peculiar violência. Quando um homem de quarenta ou cinquenta anos é atirado para o desemprego; quando uma mulher de trinta ou quarenta é estimulada a «reformar-se», fica obstruído o campo livre da memória e da experiência, em favorecimento daquilo que é absolutamente injustificável. A «renovação de quadros» é uma falácia, destinada, somente, a beneficiar a reduzida lista de gente, para a qual o mundo do trabalho será a execução de uma espécie de desprezo.

APOSTILA – A Imprensa, as televisões e as rádios portuguesas pouco nos informa da realidade política no Cáucaso. Escassamente se sabe do que ocorre no «outro lado.» Chega a ser ultrajante o modo e os estilo como «comentadores do óbvio», referem a trágica situação do que ocorre naquela parte da Europa. Temos de ler jornais estrangeiros (e, mesmo assim, nem todos) para obtermos as informações que nos permitem ajuizar os factos. Talvez seja um pouco pedante da minha parte, que não trago a verdade na mão, mas os Dilectos perdoar-me-ão se lhes assinalar um notabilíssimo artigo, «Moscou-Tbilissi: responsabilités partagées», assinado pelo professor de Oxford, Mark Almond, e publicado na edição de sexta-feira, 22 de Agosto, p.p., de «Le Monde.» É um documento admirável pelo registo pedagógico e pelo esclarecimento que faz da gravíssima questão caucasiana. Começa a ser abjecta a posição unilateral dos jornais portugueses sobre numerosos problemas que, directa ou indirectamente, afectam todos nós.
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Baptista Bastos – Escritor e Jornalista

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Eventos

OLHOS DE ÁGUA - FREGUESIA DE LOURICEIRA
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Noite Europeia dos Morcegos

O Centro Ciência Viva do Alviela – CARSOSCÓPIO comemora no próximo dia 30 de Agosto (sábado), pelas 19h30, a Noite Europeia dos Morcegos, evento realizado sob a égide do EUROBATS que será transmitido em directo pela recém inaugurada CvTv.
A “Noite Europeia dos Morcegos”, comemorada anualmente em mais de 30 países, resulta do “Acordo para a Conservação das Populações dos Morcegos Europeus”, a que Portugal aderiu em 1995.
As inscrições já se encontrem já esgotadas. No entanto, a “Noite Europeia dos Morcegos” pode ser acompanhada em directo no canal online da Ciência Viva (CvTv) a partir das 19h00.
Este evento marca ainda o início da disponibilização na internet dos recursos do Observatório dos Morcegos Cavernícolas (OMC) através do lançamento do site “Morcegos na Web”. Conseguido com a colaboração da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) e do PÚBLICO.PT, o site “Morcegos na Web” vai permitir utilizar remotamente os recursos do OMC e acompanhar em tempo real o dia-a-dia dos morcegos do Alviela através de quatro câmaras de infra-vermelhos instaladas nas grutas, manipuladas por um joystick que permite aproximar a imagem sem introduzir perturbação no meio.

AQUI FICA O PROGRAMA:
19:00 – Abertura do Programa Ciência Viva TV; lançamento do WebSite;
19:30 – Início da Noite Europeia dos Morcegos; Apresentação do programa e dos intervenientes;
19:35 – Início da Palestra multimédia (internet) / vídeo-conferência sobre os morcegos; Intervenção do EUROBATS - Acordo sobre a Conservação das Populações de Morcegos Europeus (via web);
20:00 / 21:00 - Observação da actividade das colónias residentes na Lapa da Canada através das câmaras do Observatório dos Morcegos Cavernícolas, com comentários e sessão de perguntas aos especialistas;
20:30 / 21:00 – Visita à Lapa da Canada para observação e detecção acústica das diferentes espécies de morcegos.
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A. Anacleto

Locais...



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Freguesia de Vila Moreira
Concelho de Alcanena


A freguesia de Vila Moreira, foi criada pelo Decreto Nº 994 de 29 de Junho de 1920, constituída a partir da antiga povoação de Casais Galegos.
É uma freguesia, onde sempre predominou a democracia, mesmo durante os tempos difíceis da ditadura do Estado Novo.
Localizada num monte, a dois quilómetros da sede do concelho, confina a norte, com a freguesia de Moitas Venda, pelo sul, com a freguesia de Louriceira, pelo nascente, com a freguesia de Alcanena e com o poente pela freguesia de Monsanto.
A igreja matriz foi começada a construir no ano de 1926. No entanto a primeira missa foi celebrada uma década depois, mais concretamente no dia 25 de Dezembro de 1936, ainda com as instalações incompletas, pois, só mais tarde a mesma foi concluída. O orago da freguesia é Nossa Senhora da Conceição.
Estão localizados nesta freguesia os montes “Penas dos Arrifes”, situados nas fraldas da Serra dos Candeeiros.
Continuam a realizarem-se os festejos populares alusivos ao S. João. Foi uma tradição que praticamente sempre foi preservada pelas gentes de Vila Moreira.
A freguesia sempre foi fértil em beneméritos. No tempo do Estado Novo já possuía Albergue para idosos, Cantina Escolar para crianças e Bairro para Pobres, todos mandados erguer por beneméritos da freguesia.
Ao longo das épocas, sempre primou pelo desenvolvimento industrial, o qual, destacamos a indústria de curtumes. Mas também no comércio e na agricultura sempre teve e continua a manter dinâmica forte.
Actualmente, a freguesia tem uma população de cerca de um milhar de habitantes, para uma área de cinco quilómetros quadrados.

A. Anacleto

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Coluna de Opinião

Por acharmos de elevado relevo, transcrevemos o artigo do Escritor e Jornalista Batista Bastos, publicado no Jornal Diário de Notícias, ontem dia 27.08.08
A. Anacleto
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POBRE POVO NAÇÃO DOENTE

Está uma batalha lá fora e os políticos não encontram melhor forma de reconhecimento do que se passa senão com dizer coisas sem sentido. A violência está a mudar (mudou) a nossa sociedade e põe em causa não apenas a face social do País como favorece a emergência de ataques à liberdade, em nome da segurança. As primeiras páginas dos jornais, os "alinhamentos" dos noticiários televisivos não se baseiam em princípios abstractos: a gestão do medo traduz a realidade do medo, e uma falta de confiança na avaliação dos políticos.
Impressionamo-nos com a crueza das imagens de brutalidade mas, a seguir, admitimo-las porque nos resignámos. Criou-se a mentalidade difusa, volatilizada, de que esta realidade é a concepção subjacente da "modernidade". Oculta-se a verdadeira razão: o capitalismo contemporâneo criou um indivíduo que recusa e resiste a qualquer forma de compromisso. Os laços sociais foram destruídos e o homem "moderno" encerra-se em si próprio, indiferente não só ao "outro" como relapso aos assuntos públicos.
As esferas estão demarcadas. Se, num lado, os guetos não ocultam a injustiça e são alfobres de ressentimento, resultantes das deformações sociais, no outro lado estão os condomínios fechados, que multiplicam as fronteiras entre dois mundos distintos. O que se entrevê como protecção transforma-se em couraça.
As classes dirigentes alteraram, dramaticamente, os espaços de aproximação afectiva. Vivemos num país, numa sociedade, que ignora o conceito de comunidade e de partilha para se converter numa massa esvaziada de substância.
A "prevenção" do crime está certa. Mas as declarações nesse sentido, proferidas por responsáveis da "segurança", desembaraçam-se de qualquer desejo de análise e de racionalidade. "Mais polícia" é paliativo; não é solução. A desumanização social, a deformidade e a abjecção que se encontram na natureza do sistema ganharam raízes na cultura dominante. A desigualdade na distribuição da riqueza é afrontosa. Os jornais informam que aquele multimilionário superou, em fortuna acumulada, aqueloutro; que "gestores" auferem reformas sumptuárias após meia dúzia de meses de exercício de funções; que a fuga aos impostos é uma prática só possível, e permitida, aos ricos - como se o valor de uma pessoa fosse, claramente, inferior ao de outra.
Dostoievski ensinou que o crime compensa. Raskolnikov é, unicamente, castigado pelo remorso. Sentimento que me não parece muito comum entre aqueles indicados. Henri Michaux, poeta de que gosto muito, autor, aliás, de um pequeno livro, Equador, este, sim, maior, escreveu: "Só lutamos bem por causas que nós próprios modelamos e com as quais nos queimamos ao identificarmo-nos com elas."

O português não é mobilizado porque é constantemente desprezado.
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Baptista-Bastos
Escritor e Jornalista
in DN . edic. 27.08.08

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Homenagem...



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Imagens dramáticas da Poluição do Rio Alviela na década de setenta do século passado.
A. Anacleto


“DIABO” vai ter busto junto à sua casa

A Câmara de Santarém atribui medalha de ouro a Joaquim Jorge Duarte o “Diabo”. No dia 6 de Setembro vai ser erguido um busto junto à sua casa em Pernes.
A Câmara de Santarém decidiu, por unanimidade, atribuir a medalha de ouro da cidade ao “Diabo”, pela luta que empreendeu durante décadas pela despoluição do rio Alviela.
Joaquim Jorge Duarte, morreu em 1991, foi um grande defensor pela defesa dos valores da democracia, da cidadania e da natureza até quase ao final da década de oitenta do século passado.
Francisco Moita Flores, Presidente da Câmara Municipal de Santarém disse que a evocação desta personalidade invulgar estará sempre associada à defesa do Alviela, no combate contra a sua destruição, à afirmação do princípio da vida sobre a determinação da morte. “A acção do Diabo, e dos seus companheiros de defesa pelo Alviela, alastrou a vagas crescentes e entusiastas, ultrapassou os limites do concelho e transformou esta causa num objectivo nacional”, pode ler-se na proposta feita pelo autarca e aprovada pelo executivo.
Esta é uma iniciativa que corresponde a diversas recomendações vindas da assembleia municipal.
Assim, no dia 6 de Setembro vai ser colocado o busto de Joaquim Jorge Duarte junto à sua antiga casa localizada na vila Pernense.
No ano de 1957 o Diabo teve a ousadia de organizar um abaixo-assinado dirigido a Salazar. Mais tarde, em Janeiro de 1970 recolheu amostras de água do Alviela em garrafões e levou-as à Assembleia da República, os quais, propositadamente os partiu nas escadarias daquelas instalações.
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A. Anacleto

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Artes...



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Imagens: A. Anacleto
Excerto da exposição de pintura de Orlando Gomes na Casa da Cultura em Alcanena
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QUANDO PINTO

Quando pinto,
escorrem-me entre os dedos
as tintas, belas,
e faço com elas
carícias suaves
às telas

O que pinto
á o teu corpo sensual
de mulher
é em ti que crio, desenho,
pinto e me entrego.
é por ti que me transcendo
e me transformo.

Lanço nas telas
golfadas de cor,.
mas é com o teu corpo
que sonho,
e onde sinto
o meu amor.
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Orlando Gomes - Excerto do livro "Viagem ao Interior da Solidão"

domingo, 24 de agosto de 2008

Outros Locais...



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Imagens: A. Anacleto

ALBURQUERQUE – Vila Histórica na Região Extremenha

A cerca de meia centena de quilómetros das fronteiras de Marvão e de Elvas, localiza-se uma vila espanhola, denominada Albuquerque.
Num roteiro pela mesma, encontrámos espaços de elevado valor histórico. A parte mais nova da vila encontra-se muito bem estruturada na vertente arquitectónica. Enquanto a parte histórica se encontra óptimamente conservada. Destacamos o Bairro Medieval - “Villa Adentro”, a Sinagoga, o Castelo de Luna, o Convento de Madre de Deus, a Igreja de S. Francisco, as Igrejas Paroquial de S. Mateus e de Santa Maria do Mercado, as Muralhas, e as Portas de Valência e La Villa, além de outros...
No âmbito da natureza e ambiental, deparámo-nos com o Rio Gévora, com excelentes galerias formadas por bosques existentes nas suas margens, onde abundam várias espécies de aves.
Se viajar por perto, sugerimos uma visita a esta simpática vila extremenha…

A. Anacleto

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Outros Locais...



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Imagens: A. Anacleto

CÁCERES - PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE

Trilhando caminhos além fronteiras, visitámos a cidade histórica de Cáceres, no país vizinho de Espanha.
A pouco mais de cem quilómetros da fronteira de Marvão, deparámo-nos com esta histórica cidade com cerca de noventa e seis mil habitantes.
Cidade bem estruturada em termos arquitectónicos, com excelentes avenidas e com uma extremosa arrumação.
O Centro Histórico da cidade é rico em termos de monumentos. Antes de penetrarmos na parte monumental, encontrámos uma bela Plaza Mayor com uma arquitectura próprial.
Visitámos vários museus, dos quais destacamos o Museu da Cidade de Cáceres, onde se encontram inúmeras peças de arqueologia das épocas do paleolítico, das idades do cobre, do ferro e do bronze, a etnografia também está presente na Casa de las Veletas, no sector das Belas Artes estão presentes várias colecções artísticas da Arte Contemporânea. A peça fulcral que está exposta numa das salas é o quadro de Jesus Cristo Salvador de El Greco. Destacamos também a grandiosa Cisterna subterrânea de estrutura islâmica que ocupou a parte mais alta da cidade entre os séculos IX e XI.
Além do riquíssimo museu a zona histórica é composta por vários outros monumentos dos quais, destacamos a Concatedral de Santa Maria (s. XV-XVI), o Palácio Episcopal (s. XIII-XVIII), a Igreja de S. Francisco Xavier e muitos outros.

Sugerimos uma visita a esta cidade rica em história e arte…
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A. Anacleto

domingo, 17 de agosto de 2008

Viajando por outros locais...



Imagens: A. Anacleto
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Hoje fomos à descoberta do concelho do Fundão. Nos diversos locais que visitámos há um que nos deslumbrou. Foi no alto da Gardunha na freguesia de Alcongosta.
Ficámos surpresos e maravilhados com a paisagem e a lonjura da Cova da Beira visto daquele lugar. Deu-nos a sensação de que as serras se queriam “beijar”! Mas o vale longínquo e profundo assim o impede.
Sentimos uma quietude lá no alto. Escutámos o chilrear dos pássaros em liberdade. Quando olhámos a outra serra – a Estrela, recordámos os tormentos que passámos no dia anterior nos píncaros da Torre com as condições climatéricas altamente antagónicas em relação ao dia de hoje. Enquanto hoje o sol brilhou, ontem, foi a melancolia do vento agreste, do denso nevoeiro e da baixa temperatura, que fizeram sofrer os “cavaleiros do asfalto” e os milhares de adeptos, amantes do ciclismo que foram aplaudir os seus ídolos.
Sugerimos uma visita a estes locais maravilhosos, para conhecer as suas belezas paisagísticas e maravilhosa gastronomia.
A. Anacleto
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Fundão
O Fundão está localizado no sopé da Serra da Gardunha, no planalto da Cova da Beira, a uma altitude de cerca de 500 metros. É sede de um município com 701,65 km² de área e 31 482 habitantes, subdividido em 31 freguesias.
O Município é limitado a norte pelos municípios da Covilhã, Belmonte e Sabugal, a leste por Penamacor e Idanha-a-Nova, a sul por Castelo Branco, a sudoeste por Oleiros e a oeste por Pampilhosa da Serra.
História
Na Idade do Ferro, desde o ano 1000 a.C. até à sua destruição pelos Romanos, houve no topo do Monte de São Brás um Castro lusitano. Este foi substituido por uma vila ou núcleo de edifícios agriculturais no tempo do Império Romano (por baixo da Rua dos Quintãs). Julga-se que a villa foi substituida por uma mansão senhorial fortificada na Alta Idade Média.
O topónimo do local Fundão foi pela primeira vez referido em documento de 1307, e depois 1314 e 1320 referindo 32 casas. Nessa altura ficava aquém em população e influência, a várias aldeias que hoje fazem parte do seu concelho, como a do Souto da Casa.
A história do Fundão enquanto centro urbano preeminente é condicionada desde o início pelos Cristãos-Novos, assim como a dos concelhos vizinhos de Belmonte e da Covilhã. Após a expulsão dos judeus espanhóis (sefarditas) em 1492 pelos Reis Católicos Fernando e Isabela, grande número de refugiados veio a estabelecer-se na Cova da Beira, onde já havia minorias judaicas significativas. Foram estes imigrantes, fundando bairros dos quais o mais importante situava-se em volta da Rua da Cale (Rua do Encontro ou da Sinagoga em Hebraico, que permitiram ao local Fundão assumir as dimensões de uma verdadeira cidade. O influxo de mercadores e artesãos judeus transformaria a cidade num centro importante para o comércio e a industria. Com o estabelecimento da Inquisição, começaram as perseguições aos judeus e cristão-novos, tendo sido numerosas as expropriações, as torturas e as execuções. Ainda hoje são frequentes os nomes dos cristão-novos nos habitantes da região. A cidade perdeu assim nessa altura grande parte do seu dinamismo económico.
Em 1580 os notáveis da cidade deram o seu apoio ao Prior do Crato D. António, contra as pretensões do Rei de Espanha D. Filipe II (Filipe I de Portugal). Nesse ano elevaram unilateralmente eles próprios o Fundão ao estatuto de Vila. O concelho foi fundado em 1747 por ordem de D.Maria I, emancipando-o da Covilhã.
No período do Iluminismo do fim do Século XVIII, o então Primeiro Ministro do reino, o Marquês de Pombal, após equiparar legalmente os cristão-novos aos cristão-velhos, procurou restaurar a preeminência económica da cidade fundando a Real Fábrica de Lanifícios, onde hoje está situada a Câmara Municipal. Nessa altura voltaram a ser exportados em quantidade os tecidos de lã do Fundão. A cidade foi saqueada durante as Invasões Francesas, e voltou a sofrer durante a Guerra Civil entre os Liberais pró-D. Pedro II e os Conservadores pró. Miguel.
O Fundão foi elevado a Cidade em 19 de Abril de 1988.
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Freguesia de Alcongosta
Localização Geográfica:
Alcongosta fica situada em plena Serra da Gardunha, envolvido pelos imensos cerejais e as vistosas manchas de castanheiros e pinheiros de vários tipos, dando-lhe um conjunto ímpar de cores.
Alcongosta tem como freguesias limítrofes: Fundão, Donas, Alpedrinha, Castelo Novo, Souto da Casa e Aldeia de Joanes.
História:
A sua instituição paroquial deve ser do século XIII, sob padroado real, de que sempre foi tendo o pároco o título de prior. A existência do território desta freguesia numa região arqueologicamente muito documentada faz supor que o seu povoamento é não apenas anterior à Nacionalidade, mas de épocas provavelmente muito mais recuadas.
Os cumes vizinhos forneciam fácil defesa e abrigo às populações primitivas, mas não é possível afirmar se houve uma persistência contínua de habitantes desde os primeiros tempos. A toponímia também não dá uma grande ajuda, parecendo até que os principais topónimos da freguesia indicam nomes de repovoamento nacional.
Alcongosta é um daqueles interessantes topónimos em que o artigo Arábico a/ aparece aplicado a um nome de origem latina, que vem ter aqui um sentido topográfico, de passagem apertado, entre elevações.
O território de Alcongosta foi certamente repovoado nos fins do século XII, com a Covilhã, em cujo termo se situava; no entanto, não se trata de povoamento efectuado pelo concelho da Covilhã, visto que Alcongosta foi desde logo honra, que não fazia foro à Vila nem à Coroa. Que o foi desde logo, diz nas Inquirições de 1290, ano em que não havia conhecimento e muito menos lembrança de ter existido na localidade estado diferente - o que leva a crer ter ele sido sempre de honra. Houve aqui casais de diversos privilegiados como D. Lourenço Soares, D. Urraca Afonso, João Esteves e a Ordem do Templo. D. Dinis considerou esta honra legitima mandando ficar tudo como estava, e a mesma assim se conservou pois que as Inquirições de 1395, D. João I, demarcando o Reguengo de Alcambar, dão-lhe, por limite, em certa parte, a localidade a Alcongosta que não parece Reguenga.
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in site C.M. do Fundão

Ciclismo - 70ª Volta a Portugal em Bicicleta



Imagens: A. Anacleto
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“Cavaleiros do Asfalto”, sofrem na Estrela…

Com condições climatéricas adversas, mesmo complicadas, em termos de nevoeiro, chuva, frio e vento forte, os ciclistas da 70º Volta a Portugal, foram heróis para chegarem ao cimo da Torre na Serra da Estrela.
A Liberty Seguros dominou a parte da etapa, colocando cinco corredores nos dez primeiros lugares, na etapa três da Volta 2008, hoje disputada.
Rui Sousa da Liberty, venceu isolado com 4h:54m:37s, ficando o espanhol David Blanco da Palmeiras Resort-Tavira na segunda posição a 01m:40s e outro espanhol Hector Guerra também da Liberty no terceiro lugar a 02:45s.
O benfiquista Ruben Plaza que era líder da prova ficou na sexta posição, perdendo 04m:41s para Rui Sousa, passando assim a camisola amarela para o ciclista da Liberty Seguros.
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Reportagem: A. Anacleto

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Ciclismo - 70ª Volta a Portugal em Bicicleta



Imagens: A. Anacleto
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"CAVALEIROS DO ASFALTO"

Estamos a fazer reportagem da 70ª Volta a Portugal em Bicicleta 2008 em terras de Beira Baixa.
Hoje, estivemos presentes no final da segunda etapa que terminou na cidade albicastrense de Castelo Branco.
A vitória coube ao italiano Danilo Napolitano da equipa Lampre, que bisou, já que tinha vencido ontem em Beja.
O melhor português foi Manuel Cardoso, da Liberty Seguros, enquanto que, Cândido Barbosa do Benfica, foi o segundo melhor português, ficando na quinta posição.
Nos dez mais da etapa, exceptuando aqueles dois ciclistas, as restantes posições foram ocupadas por ciclistas estrangeiros.
Amanhã estaremos no final da terceira etapa que termina no ponto mais alto de Portugal Continental, na Torre da Serra da Estrela.
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A. Anacleto

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ciência

A Cientista Elvira Fortunato concede entrevista a Jornal Ribatejano.
A. Anacleto
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Elvira Fortunato destacou-se pelas descobertas na área da electrónica
Uma cientista teimosa que gosta de ir à luta.


Tem raízes ribatejanas a mulher que nas últimas semanas se tornou centro das atenções da comunicação social a nível nacional e internacional. Uma descoberta científica feita em Portugal colocou na ribalta Elvira Fortunato, 44 anos, licenciada e doutorada em Engenharia dos Materiais. Fez dela uma estrela, como diz a filha Catarina.
Elvira nasceu em Almada, filha de um casal oriundo da aldeia de Louriceira, concelho de Alcanena. O pai, já falecido, era empregado de balcão. A mãe doméstica. Vai à Louriceira com frequência rever familiares e amigos. Era ali que passava boa parte das férias de Verão na sua infância e juventude, entre passeios pelo mato e mergulhos no Alviela. Era ali que estava no sábado, 26 de Julho, quando foi convidada para dar a sua primeira entrevista televisiva.
A ciência raramente é notícia no nosso país. Estava preparada para todo este mediatismo?
Isso não.
O que mudou no seu quotidiano?
Sobretudo as solicitações da comunicação social. É uma experiência nova, até para a minha filha. E temos de corresponder. Acho que isto é uma coisa boa. Ultimamente temos tido muitas notícias pela negativa. Tento falar com todos os jornalistas e explicar aquilo que fiz, porque acho que tenho esse dever para com a sociedade.
Como tem lidado com o facto de se ter tornado um exemplo do que melhor se faz em Portugal?
Aumentou as minhas responsabilidades e quanto mais alto se está maior é a queda. Agora estamos num patamar um bocadinho diferente e temos de ser um exemplo a todos os níveis. Não só científico, mas também humano, social.
Essa vocação para a ciência, para a investigação, para a descoberta já vem de infância? Sempre foi uma pessoa curiosa?
Sim, sempre fui muito curiosa. Sempre gostei muito de descobrir coisas e de fazer coisas. Não tanto se calhar na electrónica. Isto surgiu à custa de um percurso. Uma das experiências que me marcou no liceu foi observar ao microscópio as células da cebola.
Já tinha nessa altura a percepção de que poderia seguir esta carreira?
Nessa idade ainda não. Não me passava pela cabeça ser cientista.
O que pensava seguir?
Queria enveredar pela área da engenharia. Entrei para a faculdade em 1982 e só comecei a gostar de investigação quando já estava no curso. Aí sim, ter aulas no laboratório levou a que o bichinho da investigação se desenvolvesse.
A ciência ocupa-lhe grande parte da sua vida? Ou tem tempo para outras coisas?
Ocupa-me boa parte da minha vida, mas também sou mãe de uma filha de 11 anos e tenho tempo para outras actividades.
O que gosta de fazer para além da investigação?
Gosto também de cozinhar. Sou uma boa cozinheira. Gosto no Verão de ir à praia. E também gosto de ir à Louriceira. É lá que estão as minhas origens.
Que memórias guarda das suas férias na infância Louriceira?
As minhas férias de infância eram lá passadas. Retenho na memória as brincadeiras, ir ao rio Alviela a pé com as minhas amigas, às vezes sem dizer à minha mãe. Andar lá pelos matos.
O que representa para si o Ribatejo?
Acho que as pessoas são muito boas, muito francas, muito quentes. Claro que há também as touradas. Gosto muito mais até de ir à praça de toiros do que ver pela televisão. Gosto da comida. Adoro morcelas de arroz, molhinhos. E gosto muito de caracóis, embora isso haja em todo o lado.

Entrevista na íntegra na próxima edição semanal de O MIRANTE.

in Jornal O Mirante - edic. online

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Gastronomia de Outras Eras...

"Cagarrinhas"

Esta planta é da família do cardo. É necessário algum cuidado na colheita e na preparação para a cozedura. Eram somente aproveitadas para confecção culinária, as folhas e os talos mais tenros. Colocava-se ao lume uma panela de ferro com água e sal. Após esta levantar fervura, colocavam-se as cagarrinhas para serem cozinhadas. Depois de cozidas, deitavam-se num alguidar de barro vidrado em conjunto com grãos ou feijões, que tinham sido cozinhados separadamente. Seguidamente, mexia-se tudo com uma colher de pau. Temperava-se com azeite genuíno e acompanhava-se, conforme as possibilidades económicas de cada família!...
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in "Tradições Populares da Minha Terra" - Anselmo de Sousa
A. Anacleto

domingo, 10 de agosto de 2008

Ciência

A Cientista Elvira Fortunato, de origens natais Louriceirenses, concedeu mais uma entrevista, desta vez ao Jornal "Portugal Diário".
VEJA O VÍDEO
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A. Anacleto

sábado, 9 de agosto de 2008

Tradições Populares...


Imagem: A. Anacleto

- Confeccionando o queijo...
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Imagem recolhida na Festa da Benção do Gado - Riachos 2008

Espaço Poético

SENTIMENTOS

Nas caminhadas que fiz
Pelas estradas do mundo
Encontrei mil sentimentos
Muitos de amor profundo

Vivi e contactei
Com gerações diferentes
Com elas enriqueci
O coração e a mente

Cada um tem seu sentir
Que dá gosto apreciar
Com uns é um prazer conviver
Com outros nem mesmo brincar

Há quem nasce com dom bom
Outros com dom mau
Uns com coração de mel
Outros com coração de pau

Há quem tenha sentimento de ouro
Outros com sentimentos de fera
Alguns são ervas daninhas
Outros são flores da Primavera

Anselmo de Sousa

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Coluna de Opinião

O Historiador Paulo Varela Gomes, publicou hoje no Jornal “Público, o artigo que reproduzimos na íntegra, por acharmos relevante o assunto abordado pelo autor.
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O Fim dos Tempos

Quando eu nasci na década de 1950 começava a acabar a civilização na qual tinham vivido os meus pais, avós e bisavós, na qual eu próprio viveria a primeira metade da minha vida, e que durava há praticamente 200 anos.
Na altura ninguém reparava nesse final de um mundo. Eu também só me apercebi muito tarde de que tudo estava a mudar. Creio que isso sucedeu quando deixei de viver na cidade e fui para o campo, no final da década de 1990. Na cidade só se dá pelos ganhos da mudança. As perdas passam despercebidas. No campo, pelo contrário, a presença simultânea das várias idades e civilizações, incluindo os tempos agrários, mais velhos que 200 anos, permite uma avaliação mais compassada daquilo que se altera.
Foi por viver no campo que comecei a prestar uma atenção especial à luta pela preservação da memória e pela conservação dos vestígios do passado próximo na qual se empenham cada vez mais pessoas na nossa civilização: todos aqueles que escrevem e querem publicar memórias, e que são cada vez mais. E todos aqueles que as lêem. Os que publicam e adquirem livros de fotografias antigas, fundam e frequentam museus de coisas do "tempo dos nossos avós", preservam objectos e sítios. O passado, o passado de cada geração e não apenas o passado histórico, tornou-se objecto de uma actividade que mobiliza e apaixona milhões de pessoas.
Ao começar a vir a Goa, e ao instalar-me aqui, tudo isto se tornou ainda mais claro para mim. Era dominante aqui a civilização europeia e a mudança faz-se nos mesmos moldes daquela que na Europa mas, neste pequeno território, as coisas aparecem intensificadas pela compressão da escala: desde a década de 1980, uns 30 anos depois da mesma mudança ter tido início no Ocidente, tudo começou a alterar-se com uma rapidez inusitada. E também aqui, em espanto e desorientação, se publicam livros de memórias e fotografias antigas, se fala incessantemente de como tudo mudou.
Muitos acham que a mudança em Goa tem que ver com a anexação do território pela Índia em 1961 e as suas consequências. Mas não. A própria Índia está a mudar. A mudança, em sítios que a Europa apenas tocou superficialmente como sucede com a maior parte da Índia, será certamente diversa daquela que decorre no Ocidente, desaparecendo ao mesmo tempo, muito rapidamente, as Índias que existiam até há 30 anos, a arcaica e a moderna.
Saber se esta mudança de civilização, entre o mundo criado pela Revolução Industrial e as revoluções burguesas, o mundo da grande cultura burguesa e depois da grande cultura moderna, e o mundo que agora está a nascer, saber se esta mudança é "para melhor" ou "para pior", é uma questão que só me interessa às vezes, e por razões polémicas.
A questão que me apaixona é saber para onde estamos a mudar. E porque é que estamos a perder na mudança o melhor da cultura ocidental dos últimos 200 anos. Muito do que tenho escrito ultimamente é sobre isto e é claro que voltarei ao tema.

Paulo Varela Gomes - Historiador

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Novo Livro...


Louriceira - Memórias das Festas

Está elaborado um livro da autoria de Arnaldo Anacleto, o qual, retrata as memórias das festas de verão que se realizaram naquela freguesia ribatejana entre as décadas de setenta e noventa do século passado.

A. Anacleto

domingo, 3 de agosto de 2008

Festas Populares



Vaqueiros vive as Festas Populares

Este ano não se realizou o Festival do Alviela em Vaqueiros, mas a aldeia está a viver este fim-de-semana as suas Festas Populares em Honra do Espírito Santo.
A atracção deste ano, foram os “Pólo Norte”, banda que está a comemorar os quinze anos de existência.
Assim, ontem sábado, a noite foi enorme com um grandioso concerto, que levou ao rubro os milhares assistentes presentes no recinto do Rossio da Igreja.
Realçamos um caso inédito. Os músicos acabaram a actuação entre o público como se tratasse um concerto entre amigos.
Depois foi a correria aos autógrafos.
Os festejos vão prosseguir neste Domingo.
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A. Anacleto

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Outros Tempos... Outros Costumes...



Imagens: A. Anacleto
Recolha nas Festas da Bênção do Gado 2008 - Vila de Riachos - Ribatejo - Portugal


Transportes de Outras Eras…

Na maioria das aldeias portuguesas, em épocas remotas, não existia água canalizada. O abastecimento, era feito nas fontes públicas. Em alguns casos, eram as mulheres com os cântaros à cabeça que se iam abastecer. Outro meio de abastecimento, eram o transporte da água em carros inerentes, conforme se pode visualizar nas imagens.
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A. Anacleto