quinta-feira, 31 de julho de 2008

Outras Épocas...



Imagens: A. Anacleto
Recolha de imagens na Festa Benção do Gado na vila de Riachos - Ribatejo - Portugal


A Escola Primária

Até aos finais da década de cinquenta, nem todos os meninos frequentavam a escola até à quarta classe. Um número substancial, abandonava a mesma, na segunda ou na terceira classe. Abalavam para irem trabalhar nos campos, ajudando os pais e os irmãos mais velhos, que também já tinham seguido o mesmo caminho.
Vê-se na imagem como eram as mesas das salas de aula; denominavam-se «carteiras». As mesmas, eram compostas de dois lugares. Tinham recipientes próprios para os tinteiros, onde se molhava os aparos das canetas feitas de pau. Era com estas canetas simples, que se escrevia nos cadernos chamados «duas linhas», onde se aprendia a fazer uma boa caligrafia.
Outro pormenor que a imagem demonstra é a «pedra». Era uma ardósia, na qual os alunos aprendiam a fazer as primeiras contas e as primeiras letras. Era a primeira «companhia» do aluno a partir do primeiro dia de escola.

A. Anacleto

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Espaço Poético...









Imagem: A. Anacleto

“Rio Alviela”

Quando ao teu local passo
Fico cheia de emoção
Recordando o teu passado
Dentro do meu coração

Outros tempos já passados
Recordar-te é uma pena
Eras tu uma praia
Para o concelho de Alcanena

Nas tuas águas brilhantes
As lavadeiras cantando
Cada qual na sua pedra
A sua roupa lavando

Sentia-se uma alegria
A água de lés-a-lés
Nas bermas desse teu rio
Molhavam-se os nossos pés

Continuas a correr
Em redor há um silvado
Não tens aquela alegria
Do que foi teu passado

Maria Cândida Azedo
in "Antologia de Poesia Popular"
Concelho de Alcanena

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Tradições Populares...



Imagem: A. Anacleto
Recolha na Festa da Bênção do Gado 2008 - Vila de Riachos - Ribatejo - Portugal


As Tabernas

As tabernas eram locais de convívio das gentes trabalhadoras.
Nos invernos rigorosos, quando não se podia trabalhar nos campos agrícolas, os jornaleiros reuniam-se nas tabernas, onde passavam o tempo de lazer, bebendo o copo de tinto ou branco, acompanhados pelo tremoço, a pevide ou o torresmo, enquanto jogavam as cartas ou dominó, até que o tempo melhorasse para a retoma das jornadas de trabalho.
Era nestes locais que se escutava na telefonia (com o olho a brilhar) os relatos do futebol ou do hóquei em patins. Era ali também, que se sabiam as novidades (boas e más) dos burgos.
A. Anacleto

Festas do Povo



Imagens: A. Anacleto

O Povo saiu à rua...

Milhares de pessôas, assistiram ontem à tarde ao Cortejo da Benção do Gado, na vila de Riachos, concelho de Torres Novas.
População riachense e os agricultores em especial, meteram mais uma vez mão à obra para levar a efeito o espectacular cortejo na rua principal da vila.
Em frente do largo da igreja, iam recebendo a bênção divina, conjugado com a beleza da ornamentação das ruas da vila.
Assistimos a "Uma festa feita pelo povo e para o povo", na qual não faltaram as tradições e as raízes rurais do povo riachense.
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A. Anacleto

Outros Tempos... Outros Costumes...



Imagens: A. Anacleto
Recolha nas Festas da Benção do Gado 2008 - Riachos - Ribatejo - Portugal

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Os Namoricos de Outrora…

Outrora, até meados da década de sessenta do século passado (XX), nas aldeias portuguesas, os jovens namoravam à janela. Só era permitido, o namorico à Quarta-feira à noite e ao Domingo durante a tarde.
Se não cumprissem com o “regulamento popular”, a moça, passaria a ficar “apontada” pelas gentes da aldeia.
Outros tempos… Outros costumes…
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A. Anacleto

sábado, 26 de julho de 2008

Ciência

ELVIRA FORTUNATO, Cientista, filha de pessoas humildes e simples da freguesia de Louriceira, concelho de Alcanena, ganha o maior prémio de sempre atribuído a um cientista português.

Foram 2,5 milhões de euros que O European Research Council (ERC) atribuiu como primeiro prémio de engenharia à cientista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Elvira Fortunato pode gastar esta verba numa nova investigação.
O projecto «Invisível» levou a cientista portuguesa ao topo, uma vez que este prémio já é considerado uma espécie de Nobel. Consiste na proposta de fazer transístores e circuitos integrados transparentes usando óxidos semicondutores, uma ideia pioneira a nível mundial.
«Este dinheiro é fundamental para o centro de investigação, porque vai permitir consolidar a actividade da minha equipa na electrónica transparente, uma área com potencialidades que hoje ninguém imagina», disse, Elvira Fortunato, depois de vencer o maior prémio de sempre atribuído a um investigador lusitano.
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A. Anacleto

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ciência


Imagem recolhida anexa à notícia do Jornal "Público"
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Concurso de Bolsas Avançadas
Investigadora portuguesa recebe 2,25 milhões de euros do European Research Council


A investigadora Elvira Fortunato, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL), venceu uma das Bolsas Avançadas do European Research Council, no valor de 2,25 milhões de euros, disse ao PÚBLICO Maria Arménia Carrondo, vice-reitora da UNL. "A Nova está de parabéns esta semana", comentou a vice-reitora.
Elvira Fortunato, de 44 anos, é actualmente directora do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da UNL e foi notícia esta semana por ter publicado, em conjunto com mais cinco colegas do seu centro de investigação, um artigo científico que descreve o primeiro transístor com papel.
A este primeiro concurso de Bolsas Avançadas da European Research Foundation concorreram 2167 investigadores: 766 na área das Ciências da Vida e Medicina, 997 na área da Física e das Engenharias e 404 nas Ciências Sociais e Humanidades.
Os investigadores concorrentes tinham uma média de idades de 52 anos e provinham de 50 nacionalidades. As mulheres representavam 14 por cento dos concorrentes. Apenas um por cento dos investigadores candidatos eram portugueses, metade dos quais mulheres.

in Jornal "Público" - edic online - 25.07.08 - 18:15h....................................
A Investigadora ELVIRA FORTUNATO é descendente de familia da freguesia de Louriceira, concelho de Alcanena.
A. Anacleto

História


Bocage, andou por arrabaldes de Alcanena, tal como por outras terras, fugindo à perseguição de Pina Manique. Na região, escolheu um local predilecto para refúgio e devaneio poético. Foi na área da povoação de Louriceira, nas proximidades da nascente do rio Alviela - Olhos de Água. Próximo deste local, existia uma estalagem na qual se hospedou e onde conheceu uma moça chamada Arselina, que se apaixonou, como tantas outras, mas o trocou por outro.
O poeta pranteia a sua triste sorte nos seguintes versos:

Lá, onde em fofa espuma se despenha
O gárrulo Alviela, transparente,
De alcantilada, ruinosa penha,

Quando as sombras caíam do ocidente,
Renovando seus ais a ave nocturna,
E a rã loquaz seu cântico estridente

Jazia o triste Elmano em ampla furna
Que, roçando a corrente cristalina,
Nega o côncavo seio à luz diurna,

Ali, o som da humilde sanfonina,
O pastor solitário, em vãs endeixas,
Dava às traições e às graças de Arselina
Ternas saudades, lastimosas queixas.

Arselina se entrega ao rude Algano,
Em campos, em manadas opulento,
De amor se esquece, esquece-se de Elmano,
Elmano lhe voou do pensamento
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Pesquisa: A. Anacleto
Biografia de Bocage:
MANUEL MARIA de BARBOSA I´HEDOIS DU BOCAGE,nasceu em Setúbal às três horas da tarde de 15 de Setembro de 1765, falecido em Lisboa na manhã de 21 de Dezembro de 1805, era filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana Joaquina Xavier l'Hedois Lustoff du Bocage, cujo pai era francês.
Estátua de Bocage em SetúbalSua mãe era segunda sobrinha da célebre poetisa francesa, madame Marie Anne Le Page du Bocage, tradutora do "Paraíso" de Milton, imitadora da "Morte de Abel", de Gessner, e autora da tragédia "As Amazonas" e do poema épico em dez cantos "A Columbiada", que lhe mereceu a coroa de louros de Voltaire e o primeiro prémio da academia de Rouen.
Apesar das numerosas biografias publicadas após a sua morte, boa parte da sua vida permanece um mistério. Não se sabe que estudos fez, embora se deduza da sua obra que estudou os clássicos e as mitologias grega e latina, que estudou francês e também latim. A identificação das mulheres que amou é duvidosa e discutível.
A sua infância foi infeliz. O pai foi preso por dívidas ao Estado quando ele tinha seis anos e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha dez anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de Setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de Setembro de 1783. Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, aparece nomeado guarda-marinha por D. Maria I.
Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa.
Em 14 de Abril de 1786, embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, que chegou ao Rio de Janeiro em finais de Junho. Na cidade, viveu na actual Rua Teófilo Otoni, e diz o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro" de A. Campos - Da Costa e Silva, pg 48, que "gostou tanto da cidade que, pretendendo permanecer definitivamente, dedicou ao vice-rei uma poesia-canção cheia de bajulações, visando atingir seus objectivos. Sendo porém o vice-rei avesso a elogios, fê-lo prosseguir viagem para as Índias". Fez escala na Ilha de Moçambique (início de Setembro) e chegou à Índia em 28 de Outubro de 1786. Em Pangim, frequentou de novo estudos regulares de oficial de marinha. Foi depois colocado em Damão, mas desertou em 1789, embarcando para Macau.
Foi preso pela inquisição, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos.
A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras.
Ainda em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades. Em 1791, foi publicada a 1.ª edição das “Rimas”.
Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia Pina Manique que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 7 de Agosto de 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no Limoeiro até 14 de Novembro de 1797, tendo depois dado entrada no calabouço da Inquisição, no Rossio. Aí ficou até 17 de Fevereiro de 1798, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades, dirigido pelos Padres Oratorianos de São Filipe Neri, depois de uma breve passagem pelo Convento dos Beneditinos. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente como redactor e tradutor. Só saiu em liberdade no último dia de 1798.
De 1799 a 1801 trabalhou sobretudo com Frei José Mariano da Conceição Veloso, um frade brasileiro, politicamente bem situado e nas boas graças de Pina Manique, que lhe deu muitos trabalhos para traduzir.
A partir de 1801, até à morte por aneurisma, viveu em casa por ele arrendada no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da travessa André Valente.
15 de Setembro, data de nascimento do poeta, é feriado municipal em Setúbal.
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in Wikipédia

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Espaço Poético

Saudades da Minha Terra

Lembrar-me, hoje o tempo de criança
Quando corria e saltava pelos montes
Quando guardava ovelhas mansas
E quando bebia água nas fontes

És a terra onde nasci e brinquei
Onde cresci e chorei
Terra de casas velhinhas
Que mesmo de longe te amei

Aqui neste lugar onde deixei
Algo de mim, em tarde calma
Onde regressei para matar saudades
Que o tempo acumulou na minha alma

Agora que cheguei mudado
Notarás que outras coisas viste
Em mim, diferente de outros tempos
Que muitas vezes, talvez ouviste

És terra mãe e amada
De filho teu de nome escrito
Que fez o juramento de te dar
Este meu corpo, morto e hirto

Anselmo de Sousa
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ANSELMO DE SOUSA, natural e residente na Freguesia de Parceiros de Igreja, fez a infância na sua aldeia, partindo para a capital à procura de vida mais digna.
Após anos de labuta em Lisboa, reformado regressou à sua terra natal. Tem desenvolvido um trabalho digno na área da prosa, da poesia, dos costumes e tradições da sua terra, tendo editado alguns livros sobre estas temáticas.

A. Anacleto

Gentes e Locais...

Local de Interesse Arqueológico!

Quando, cerca do ano de 1920, Leonardo da Silva, vulgo Leonardo Choca, trabalhava na cava para plantação de vinha para o Sr. Joaquim Lourenço, no sítio do Lavradio, junto à eira e a uma casa velha, reparou nuns tijolos que arrancou e deixou à superfície da terra para, de seguida, descobrir uma abóbada, enterrada, mais lisa que o cimento, partindo-a com o olho da enxada e fazendo-lhe uma abertura. Espreitando, verificou tratar-se de algo parecido com uma igreja.
Comunicando o facto ao seu patrão, este mostrou-se preocupado e mandou que, de imediato, se tapasse aquela abertura. Dias depois, Joaquim Lourenço punha termo à vida.
Leonardo Choca, achou muito estranho ambos os procedimentos e, volvido algum tempo, voltou uma noite ao local, munido de velas, com o propósito de descobrir o que estaria ali no subsolo. Depois de arrancar algumas batateiras e de ter localizado a abertura, os cães, atraídos pela luz das velas, obrigaram-no a desistir do seu intento, por receio que alguém o julgasse a furtar batatas.
Cerca de sessenta anos depois, o mesmo Leonardo, sabendo que eu era pessoa interessada em arqueologia ligada à nossa terra, contactou-me e, ambos gravámos para a Rádio Voz de Alcanena (ainda clandestina) uma cassete que mantenho em meu poder com os pormenores do achado. Desenvolvi então algumas iniciativas, das quais saliento a ida com ele ao local, descobrindo alguns tijolos, mas não a abertura. Participei o facto o facto à Junta de Freguesia que, por sua vez, deve ter dado seguimento ao assunto pois, tive conhecimento que se deslocou ao local um perito em arqueologia de uma Associação de Torres Novas.
Antes, porém, juntamente com meus irmãos, fizemos várias valas em diversos sentidos dentro da área mas em vão. No entanto, pareceu-me que a terra do subsolo era mais clara que a da superfície, o que dava a ideia de ter sido já revolvida.
Daqui apelo ao Instituto do Património Cultural, através do seu departamento de Arqueologia, para a necessidade de se efectuarem pesquisas, enquanto há ainda testemunhas vivas da localização, não obstante a principal – Leonardo da Silva – já ter falecido.

Casimiro Cândido Lourenço
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Publicado no Jornal "O Alviela" em 08.07.1992
Nota:
Chamou-nos a atenção este artigo publicado pelo autor naquela data no citado jornal. Estivemos, recentemente, à conversa sobre o assunto com o Casimiro Lourenço, autor do artigo, continuando o mesmo convicto que existirá algo arqueológico no local.
Talvez, surja algum interesse por parte de alguma Associação ou Entidade para encetar pesquisas.

A. Anacleto

terça-feira, 22 de julho de 2008

Ciência

Na Universidade Nova de Lisboa
Cientistas portugueses desenvolvem o primeiro transístor com papel


Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa desenvolveram os primeiros transístores com papel, uma descoberta que pode permitir a criação de sistemas electrónicos descartáveis a baixo custo.

“O transístor é a peça de lego para construir qualquer coisa”, explicou ao PÚBLICO Elvira Fortunato, que juntamente com Rodrigo Martins, são os coordenadores do grupo de investigação Cenimat/I3N, responsável pela descoberta.

Os transístores nasceram no final dos anos 40 e substituíram as válvulas utilizadas nos computadores e nas redes telefónicas. Tiveram o condão de reduzir o tamanho dos equipamentos, aumentar a velocidade e a durabilidade. Hoje, qualquer aparelho com um circuito integrado contém estes “interruptores” electrónicos.

O “interruptor” é formado por três componentes. Um material semicondutor que tem uma entrada e uma saída, chamadas fonte e dreno, por onde passa a corrente. E uma porta que é o que induz e controla a corrente, mas que está separada do semicondutor por um material isolante, impedindo curto-circuitos.

É esta porta que “liga” e “desliga” o transístor e que equivale ao sistema binário 0/1 em que toda a informação está codificada. É assim que os computadores, os ecrãs, os telefones, as aparelhagens funcionam. Com muitos milhões destas unidades.

O material isolante, que é a componente dieléctrica do transístor, era feito de vários materiais como o silício. As unidades eram construídas a 1200 graus célsius, por exemplo. Agora, os investigadores conseguiram o fabrico à temperatura ambiente, utilizando papel que é um “dois em um” porque também funciona como o suporte do transístor.

A celulose tem outras propriedades e não é tão boa como o silício. “Mas pode-se fazer sistemas descartáveis a baixo custo”, explicou Elvira Fortunato. E mais, pode dobrar-se que não se estraga. Estas características permitem explorar várias ideias como ecrãs de papel, etiquetas, pacotes inteligentes, chips de identificação ou aplicações médicas.

“Pode utilizar-se nos sensores biológicos para diagnóstico [na saúde]. Muitos sensores são de papel, funcionam através de uma reacção química, com o transístor pode haver uma mais-valia”, exemplificou a investigadora.

O artigo com a descoberta já foi aceite pela revista científica “Electron Device Letters” e vai ser publicado em Setembro. O pedido de patente também está feito. Agora é só ficar à espera de uma próxima plataforma digital que, antes de se deitar fora, ainda pode servir como post-it, porque, como explica a investigadora, os novos transístores “não deixam de ser papel”.
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in Jornal "Público" - edic online 21.07.08
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Nota:
A PROFESSORA DOUTORA, ELVIRA FORTUNATO, cientista na Universidade Nova de Lisboa, tem origens da Freguesia de Louriceira, concelho de Alcanena. Os pais são naturais desta freguesia ribatejana.
Desde há vários anos, esta cientista tem vindo a desenvolver em conjunto com o Professor Doutor, RODRIGO MARTINS, vários trabalhos no campo da investigação,os quais têm tido méritos importantes e reconhecidos internacionalmente na área das ciências dos materiais.
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A. Anacleto

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Riachos - Festa Benção do Gado



Imagens: A. Anacleto
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Pedro Barroso leva milhares ao rubro na sua terra…

Pedro Barroso actuou esta noite na sua terra – Riachos, concelho de Torres Novas, num espectáculo integrado nas Festas da Bênção do Gado, que estão a decorrer naquela vila ribatejana.
Milhares de espectadores acorreram ao recinto das festas para presenciarem o espectáculo “A Alma do Tejo”, da autoria deste autor, decorrendo o mesmo com elevada qualidade.
Dos diversos pontos altos do espectáculo, dois ficam na memória do público quando Pedro Barroso chamou ao palco os artistas oriundos da vila de Riachos: Teresa Tapadas, Célia Barroca, Nuno Barroso e ainda a participação especial de João Chora.
O momento mais emocionante, foi quando subiu também ao palco, uma componente do Rancho Folclórico os Camponeses de Riachos com o traje de António Veríssimo, o notável intérprete do Fandango, já falecido e que foi amigo pessoal de Pedro Barroso.
Viu-se emoção forte em terras de Riachos, quando Pedro Barroso recordou o homem, o dançarino e o amigo, beijando os sapatos daquele que levou além fronteiras o nome de Riachos, do Ribatejo e de Portugal.
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A. Anacleto

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Gentes e Locais...



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Freguesia de Malhou

Não há conhecimento concreto da origem do nome da Freguesia (Malhou), mas presume-se ser de origem bastante histórica, baseada em antigas lendas que remontam a séculos muito remotos.
Até ao ano de 1885, a freguesia de Malhou pertenceu ao concelho de Pernes, o qual foi extinto neste ano, passando então para o concelho de Santarém e mais tarde, em 1914 para o de Alcanena, aquando da criação deste.
Esta freguesia está localizada no extremo sul do concelho de Alcanena. É constituída pela sede da freguesia (Malhou) e ainda pelo lugar de Chã de Cima.
Em termos económicos destaca-se a tradição rural, com a elevada produção de azeite.
No artesanato merecem destaque os bordados antigos em linho, feitos manualmente e os trabalhos feitos em madeira.
As festividades religiosas acontecem duas vezes por ano, no mês de Fevereiro em honra de Nossa Senhora das Candeias, que se realizam no lugar da Chã de Cima, e no mês de Agosto, em honra do Divino Espírito Santo, na sede da freguesia.
São importantes estas festividades, no desempenho cultural das gentes da freguesia.
O lugar de Chã de Cima é uma pequena aldeia situada na parte sul da freguesia, tendo como principal motivo de interesse a Capela de Santa Maria ou de Nossa Senhora das Candeias e os moinhos de vento que ainda se encontram preservados em termos de conservação.
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A. Anacleto

domingo, 13 de julho de 2008

Gentes e Locais...



Fachada da Igreja de Bugalhos - imagem de 1940
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Freguesia de Bugalhos

Freguesia constituída pelos seguintes lugares:
Bugalhos (sede da freguesia). Filhós, Pousados, Casais Romeiros e Casal do Saramago.
A fundação de Bugalhos data de 1219, o que faz desta freguesia uma das mais antigas terras do concelho de Alcanena, no ano de 1527, juntamente com os lugares de Filhós e Pousados, contava já com 78 vizinhos, cerca de 350 habitantes sendo, nessa data, mais populosa do que Alcanena. A freguesia foi criada em 1712, anteriormente a essa data era vigairaria anexa ao priorado de Santa Maria de Torres Novas, concelho a que ficou a pertencer mesmo após a sua separação, até à criação do de Alcanena
Tipicamente rural, Bugalhos é uma freguesia que tem na pecuária, vinho e azeite as suas principais fontes de recursos económicos. Entre a produção artesanal existiam em Bugalhos produções de objectos em ráfia, junco e bunho, existente ainda em Filhós, de grande qualidade e interesse.
A igreja matriz de Bugalhos, de invocação de Nossa Senhora da Graça é um bonito templo, ergue-se num pequeno planalto à saída da povoação e tem no adro um cruzeiro datado do ano de 1732, onde se podem ver, em relevo, os símbolos do Calvário de Cristo. A frontaria da igreja tem empena de bico, rematada por uma cruz e flanqueada pela torre sineira de secção quadrangular que remata em coruchéu com quatro pináculos. O portal de estilo barroco é composto por pilastras de desenhos simples com desenhos amoedados nos remates e é sobrepujado pelo janelão do coro que tem na base três ornatos florais enquanto no topo se pode ver uma coroa real fechada, envolvida por uma legenda, infelizmente bastante apagada. O frontão é interrompido e tem decoração de cartelas e círculos e ainda uma concha ladeada por duas tulipas e outras duas flores relevadas. No lado direito do corpo da igreja abrem-se três janelas e uma porta, junto dela metade de uma laje sepulcral encimada por uma vieira legendada e ao lado um modilhão, cuja origem se desconhece.
O interior do templo é sóbrio, nos arcos colaterais alojam-se imagens sagradas, num modilhão pode ver-se uma imagem de Nossa Senhora da Graça de pedra, do séc. XVI. À capela-mor acede-se através de um arco triunfal, o retábulo-mor setecentista é composto por colunas salomónicas e uma imagem da padroeira da freguesia, em madeira policromada setecentista que apresenta panejamento dourado recoberto de flores. Os degraus que conduzem ao altar-mor são ladeados por um varandim assente em colunas torsas.
Composto por uma só nave, no templo sobressai uma pia de água benta barroca. A parte inferior da nave é coberta de azulejos de padrões polícromos, colocados sem qualquer critério, provenientes, provavelmente, de alguma outra construção anterior, havendo quem defenda a ideia de que são oriundos da destruída matriz de Alcanena, alguns destes azulejos formariam certamente um painel o que se pode constatar por uma observação atenta dos azulejos dispersos pelas paredes.
Na sacristia da igreja merecem relevo o arcaz, de encantador colorido popular, um pequeno altar, um lava-mãos barroco e a mesa de preparação para o culto cujo pé é lavrado. Ainda na sacristia sobre duas mísulas, podem ver-se duas imagens quinhentistas, de pedra, sendo uma a Santíssima Trindade e a outra de S. Vicente, “assinada na base em caracteres góticos V. M. (a menos que as letras não signifiquem “Vicente Mártir”), sustenta na mão esquerda uma nau desprovida dos corvos lendários” – Matos Sequeira, Inventário Artístico. Ainda na sacristia podem ver-se uma tela de Cristo Crucificado e duas imagens oitocentistas representando uma o Espírito Santo e a outra Santa Luzia.
No lugar de Filhós, aproveitando o curso do Alviela encontram-se algumas azenhas destinadas à moagem e uma fábrica de curtumes, que se encontram em estado de ruína, exceptuando uma delas. Estas azenhas possuem as sobras de hidráulica necessárias para desviar o curso do rio (açudes, canais de derivação). A primeira das azenhas data de 1904, tem três bocas, a segunda tem duas bocas e ambas usavam uma roda grande como se comprova pelas marcas deixadas nas paredes. Actualmente é ainda possível apreciar as suas condições de produção, funcionamento e habitação e extrair importantes dados sobre a sua actividade, de grande significado para o conhecimento das actividades económicas da freguesia e da região, mas toda esta informação corre o risco de desaparecer a breve trecho, irremediavelmente perdidas estão já todas as suas componentes metálicas devoradas pela poluição do rio Alviela.
Ali perto existe uma ponte militar que dá um ar pitoresco ao lugar. No Sórinho existem mais duas azenhas e uma antiga fábrica de curtumes com 16 açudes e correspondentes 4 condutas de despejo para o rio. Um pouco à frente encontra-se o Moseiro que é, hoje em dia, a única moagem em funcionamento, mas que se viu na necessidade de utilizar a energia eléctrica, pois a poluição do rio destruiu-lhe a roda. A paisagem da freguesia é ainda enriquecida por vários aquedutos.
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in www.distritosdeportugal.com
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Pesquisa e Montagem: A. Anacleto

sábado, 12 de julho de 2008

História das Gentes e Locais...



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Alcanena já teve Banda Filarmónica...

Foi em épocas muito remotas. A imagem retrata a Banda da Sociedade Musical de Alcanena no ano de 1920.
Era constituída pelos seguintes Directores e Músicos:
Na 1.ª Fila da esquerda para a direita:
Joaquim Pouco, José Alegre (Pai), Álvaro Teteto (Director), José Leal e José Filhote.
Na 2.ª Fila:
Joaquim da Rosa (Director), José Teteto, João Martiniano, António Herculano, António Gasolina, Joaquim José Bento e José Goucho dos Cereais (Director).
Na 3ª. Fila:
José Inácio Ferreira, Manuel Filhote, Joaquim Afonso, Domingos da Moita, Manuel Bento Júnior e Herculano Lopes.
Na 4.ª: Fila:
Manuel Gil, João Feitor, António Caracol, Alfredo Feijão e Manuel Caracol.
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A. Anacleto

Monumentos...



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Alcanena – Monumento aos Promotores da Fundação do Concelho…

Erigido na Jardim da Praça 8 de Maio, frente aos Paços do Concelho, foi inaugurado a oito de Maio de 1964, em comemoração do Cinquentenário do Concelho de Alcanena.
É formado por um bloco de pedra granítica, com traçado de pirâmide quadrangular, truncada, com saliências laterais de formato paralelepipédico, alternadamente mais recolhidas com saídas. É encimado pelo brasão do concelho, em bronze, em duas faces opostas, assim como, com a mesma disposição, contém ao centro a legenda: «Homenagem aos promotores da fundação do concelho de Alcanena, 1914-1964»
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A. Anacleto

Noite Flamenca



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Imagens: A. Anacleto

Flamenco iluminou a noite e deu cor ao Jardim das Rosas em Torres Novas
O Ballet Flamenco de Maria Carrasco, viajou desde Madrid até Torres Novas para actuar nas Festas da Cidade que estão a decorrer no Jardim das Rosas.

Dezasseis artistas, músicos e bailarinos apresentaram um espectáculo com duração superior a duas horas no palco principal das festas torrejanas.

Enorme número de público, vibrou, escutando-se olés nas margens do Almonda, com a coreografia e a música flamenca apresentada pelo Ballet de Maria Carrasco. Viu-se mestria na execução das danças e escutou-se os sons dos tacões conjugados com a excelente música flamenca, optimamente interpretados por excelentes músicos que fazem parte do grupo do país vizinho.
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A. Anacleto

quarta-feira, 9 de julho de 2008

História...



A imagem retrata a inauguração da chegada da água do Alviela à estação dos Barbadinhos em Lisboa em 1880.
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Inauguração do Canal do Alviela

Era uma hora da tarde do dia 3 de Outubro de 1880, quando uma grande e estridente girândola de foguetes subiu ao ar, e o Alviela desceu para o reservatório da Companhia da Águas.
Deu-lhe a mão para ele saltar do seu cano, um camarista, por ordem d´el-rei, e o rio entrando no reservatório foi logo cumprimentar o estômago do Ministério, e de alguns poucos espectadores curiosos de água, não deixando bilhetes de visita porque lá na Louriceira, donde ele vem, não há Minerva, mas deixando em compensação bastante pó, que ele trazia da jornada, que lhe dava o aspecto turvo de água com açúcar.
O Sr. Arcebispo de Mitilene, esperava o rio à porta do reservatório, e mal ele entrou, choveu-lhe um hissope enfrascado em água – benta, processo homeopático, que deve ter espantado muito o bom rio, e que podia muito bem tê-lo constipado, se a morosidade, já quase lendária, da sua viagem o não pusesse ao abrigo do mais pequeno vislumbre de suor.
Chegado e baptizado o rio, a festa continuou; para muitos começou, e ninguém fez mais caso dele.
A cêrca dos Barbadinhos, apresentava um aspecto brilhante e alegre.
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Nota: O artigo baseia-se na ortografia da época.
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in Livro "Alviela - um Rio... um Canal" - Autor A. Anacleto

Suzanne Vega em Torres Novas










Foto: A. Anacleto
Suzanne Vega leva ao rubro milhares em Torres Novas

Suzanne Vega, actuou esta noite no Jardim das Rosas em Torres Novas nas Festas do Almonda.
A artista norte americana, veio a Portugal fazer dois concertos, um na cidade torrejana e outro que será hoje dia nove à noite, na cidade da Guarda.
Público numeroso concentrado nas margens do Almonda, vibrou com o concerto da artista. Suzanne Vega, com mais de uma hora de espectáculo, interpretou temas do seu último álbum e outros do seu longo reportório.
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A. Anacleto

sábado, 5 de julho de 2008

História das Gentes e Locais...



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Esta igreja já não existe em Alcanena!…
Foi destruída por um incêndio em 1915. Datava de 1627. Do seu espólio, faziam parte os azulejos azuis e amarelos sobre fundo branco, a imagem de Nossa Senhora da Soledade e um relógio datado de 1792.
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A. Anacleto

Festas...

Foto: Isabel Pinto


Tito Paris, brilhou ontem à noite no Jardim das Rosas…

Ontem, “Navegámos” pelo Almonda para ver a “estrela” Tito Paris, dar enorme luminosidade no Jardim das Rosas na cidade de Torres Novas.
Mornas, coladeras e funanás, escutaram-se nas margens do rio, interpretadas pelo artista Cabo Verdiano acompanhado enormemente pela sua banda, que fizeram vibrar a enorme assistência que assistia ao espectáculo e que se distribuíam pelo recinto das “Festas do Almonda”, integradas nas comemorações da cidade torrejana.

No próximo dia oito, será decerto, outra noite com bastante luz e vibração, quando Suzanne Vega, grande nome da música mundial dos últimos vinte anos, subir ao mesmo palco e encantar com o seu pop-folk os seus fans e outros admiradores, que se vão concentrar no recinto florido, das margens do Almonda.
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A. Anacleto

sexta-feira, 4 de julho de 2008

História das Gentes...



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Gentes da região de Alcanena – Ribatejo – Portugal, foram aficionadas da festa brava em épocas remotas.
As imagens retractam as corridas de toiros realizadas na vila Alcanenense no ano de mil novecentos e trinta e seis e mil, novecentos e trinta e sete.
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A. Anacleto

quinta-feira, 3 de julho de 2008

História do Desporto das Gentes...



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Fez no passado dia 30 de Maio setenta anos que a equipa de “ouro” do Sporting Clube de Portugal se deslocou ao “velhinho” campo do Atlético Clube Alcanenense, para um encontro de futebol com a equipa local.
Vê-se na imagem, uma moldura humana circundante ao recinto de jogo a assistirem ao jogo e simultaneamente a aplaudirem os craques que se deslocaram a terras alcanenenses.
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A. Anacleto

História do Desporto das Gentes...



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A galeria de imagens mostram equipas do Atlético Clube Alcanenense (Alcanena - Ribatejo - Portugal)entre as décadas vinte e sessenta, do século passado.
Esta colectividade, teve prestações altamente importantes em vários campeonatos desde os distritais de futebol da Associação de Santarém, atingindo inclusive a segunda divisão nacional.
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A. Anacleto

História das Gentes e Locais...



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A galeria de imagens referem-se aos Cortejos de Oferendas realizados nos anos de 1950 e 1952, em Alcanena,Ribatejo, nos quais participaram as forças vivas e colectividades das freguesias do concelho.
Os lucros reverteram para a acção social de então existente na sede do concelho.
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A. Anacleto

terça-feira, 1 de julho de 2008

Historial...



Centro Recreativo e Desportivo Louriceirense

Fundado a 22 de Junho de 1984, instalou a sua sede na Rua dos Olhos d´Água, no edifício da ex-padaria de João Guerra.
Aquelas instalações, insalubres e sem um mínimo de condições para o seu funcionamento, em breve se tornaram no primeiro de todos os problemas das direcções cessantes.
Daí que tivessem reivindicado da Junta de Freguesia o edifício onde esta funcionava, frente ao Jardim, por aluguer.
Assim nasceu um contencioso entre a Junta e o C.R.D.L., que só viria a sanar-se com a entrada do novo executivo que, finalmente, o cedeu provisoriamente a partir de Janeiro findo.
Esta nova sede, embora sem as condições que seriam de desejar, já cumpre o seu papel de colectividade de recreio, sendo bastante frequentada pelos seus associados que aumentaram consideravelmente o seu número para cerca de 200, o que não deixa de ser significativo para uma população que não atinge os 500 habitantes.
Esta direcção tem-se esforçado para dinamizar as várias actividades. Criou as secções de Desporto e Cultura, que tem desenvolvido trabalho meritório, com a participação em torneios de futebol infantil e sénior, atletismo, diversos jogos tradicionais, criação de uma classe de ginástica, de uma biblioteca, entre outras acções como a do alargamento e reconstrução do campo de futebol, da responsabilidade da direcção.
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in Livro “Uma Década do CRDL” da autoria de A. Anacleto e J. Saramago
Artigo publicado no Jornal “O Alviela” em 08.07.1990 por José da Luz Saramago

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A. Anacleto