quarta-feira, 23 de julho de 2008

Espaço Poético

Saudades da Minha Terra

Lembrar-me, hoje o tempo de criança
Quando corria e saltava pelos montes
Quando guardava ovelhas mansas
E quando bebia água nas fontes

És a terra onde nasci e brinquei
Onde cresci e chorei
Terra de casas velhinhas
Que mesmo de longe te amei

Aqui neste lugar onde deixei
Algo de mim, em tarde calma
Onde regressei para matar saudades
Que o tempo acumulou na minha alma

Agora que cheguei mudado
Notarás que outras coisas viste
Em mim, diferente de outros tempos
Que muitas vezes, talvez ouviste

És terra mãe e amada
De filho teu de nome escrito
Que fez o juramento de te dar
Este meu corpo, morto e hirto

Anselmo de Sousa
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ANSELMO DE SOUSA, natural e residente na Freguesia de Parceiros de Igreja, fez a infância na sua aldeia, partindo para a capital à procura de vida mais digna.
Após anos de labuta em Lisboa, reformado regressou à sua terra natal. Tem desenvolvido um trabalho digno na área da prosa, da poesia, dos costumes e tradições da sua terra, tendo editado alguns livros sobre estas temáticas.

A. Anacleto