terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ambiente

Chamusca: CIRVER asseguram que não aceitam materiais radioativos
As empresas que exploram os dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER), instalados no Ecoparque do Relvão (Chamusca), asseguram que não aceitam materiais radioativos e que possuem detetores de radioatividade à entrada. A garantia da Sisav e da Ecodeal foi dada na sequência da ocorrência de uma situação com um camião que fez disparar o pórtico que deteta materiais radioativos e que suscitou dúvidas ao eleito do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal da Chamusca. Duarte Arsénio levantou a questão na sessão de dezembro, levando o presidente da autarquia, Sérgio Carrinho, a questionar as duas empresas sobre a situação ocorrida e sobre os procedimentos quanto a resíduos que os CIRVER não estão autorizados a tratar. Na resposta às questões dos autarcas, as empresas garantiram que não recebem resíduos radioativos e que os sensores de controlo existentes nos pórticos de entrada estão operacionais e são sujeitos a verificações anuais por entidades competentes, tal como acontece com os medidores portáteis de radioatividade. Na sua resposta, a Sisav – Sistema Integrado de Tratamento e Eliminação de Resíduos confirma que um camião que transportava uma mistura de resíduos fez disparar o detetor de materiais radioativos, o que levou à retirada controlada de uma parte da carga para deteção do resíduo que fez disparar o alarme. A carga acabou por ser devolvida ao cliente, já que este não identificou a origem do resíduo, adianta a empresa, sublinhando que, sempre que é detetada radiação, a situação é comunicada ao Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN). O presidente da Câmara Municipal da Chamusca propôs a realização, este mês, de uma reunião entre os eleitos dos vários órgãos autárquicos e as empresas, com a presença do ITN, para esclarecimento de todas as dúvidas. Sérgio Carrinho disse à Lusa que durante este mês será igualmente criado um grupo de trabalho que terá por missão acompanhar as questões ambientais no Ecoparque do Relvão, uma ampla área situada na freguesia da Carregueira destinada a acolher empresas da área da recolha, tratamento e aproveitamento de resíduos. Esse grupo irá, em particular, estar atento às linhas de água, disse. Nas questões levantadas à autarquia, o eleito do BE referiu igualmente o registo, no passado dia 31 de dezembro, de um “caudal anormal de água negra” no ribeiro de Vale Mouro/Vale da Carregueira.
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