segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Política

Concelhia de Tomar do PSD "toma posição" sobre situação da saúde no concelho
A concelhia social-democrata de Tomar convidou os partidos representados na Assembleia Municipal para uma reunião que visa “uma tomada de posição conjunta” em defesa do que considera “equilíbrios basilares” na prestação de cuidados de saúde às populações. Em comunicado enviado à agência Lusa, a concelhia do PSD afirma aguardar “com serenidade” o anúncio da reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), marcado para terça-feira, mas adverte que não aceitará que o Hospital de Tomar “seja desprovido de serviços" que “asseguram esses equilíbrios, em especial nos capítulos das Urgências, da Cirurgia Geral e da Medicina Interna”. Sábado à noite, centenas de pessoas concentraram-se junto ao Hospital de Tomar numa manifestação de desagrado contra a alegada retirada de serviços daquela unidade de saúde. A manifestação, convocada por SMS anónimo, surgiu depois de informações de que teria sido transmitido a profissionais do Hospital a intenção de transferir os serviços de Medicina Interna e Ortopedia para outra unidade do CHMT e de limitar as Urgências à prestação de cuidados básicos. “O PSD de Tomar entende que a importância do que está em causa, e as duvidas que justamente estão no ar acerca do futuro do Hospital, são suficientemente importantes para não ser este o tempo de impor responsabilidade e culpas, e para que seja este o tempo de união dos tomarenses na defesa dos seus legítimos interesses”, afirma a nota. Nesse sentido, a concelhia liderada por José Delgado convida os partidos com assento na Assembleia Municipal para uma reunião “tendo em vista uma tomada de posição conjunta, que defenda os interesses de Tomar em termos dos serviços de saúde”. O PSD de Tomar reconhece que o CHMT terá que passar por “ajustamentos” que sabe serem “inevitáveis”, mas adverte que, “se não forem compreendidos os equilíbrios basilares” que defende, considerará “efetivo e justificado o direito da população à indignação”. A concelhia social-democrata de Tomar entende que “o direito da população à assistência na saúde é inalienável, e que há necessidade de inventariar todas as possibilidades e de esgotar todas as alternativas para continuar a ser garantida à população condições satisfatórias de assistência na saúde”. O comunicado lembra que o Hospital de Tomar “é o primeiro suporte de assistência às populações dos concelhos de Ourém, Ferreira do Zêzere e Tomar”, pelo que “qualquer alteração neste domínio deve ser precedida de explicações claras à população dos concelhos”. O CHMT integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, que distam cerca de 30 quilómetros entre si, e tem vindo a acumular uma dívida que o ministro da Saúde disse, na tomada de posse do novo conselho de administração, ser da ordem dos 60 milhões de euros. Nessa sessão, Paulo Macedo disse esperar da nova administração, liderada por Joaquim Esperancinha, um plano de reorganização e de racionalização, que deveria passar pela centralização de serviços que se repartem atualmente pelos três hospitais.
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