quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Economia

União dos Sindicatos de Santarém exige intervenção do governo para evitar encerramento de empresas no distrito
O coordenador da União dos Sindicatos de Santarém (USS) disse hoje à agência Lusa que esta estrutura “exige uma intervenção concreta” do Governo no esforço para que as grandes empresas não encerrem, “a bem do país e do emprego”. Rui Aldeano, acompanhado por dirigentes dos sindicatos das Indústrias Elétricas e da Alimentação e Bebidas, reuniu-se hoje, no Ministério da Economia, com o secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, com o seu adjunto e com o adjunto do secretário de Estado do Emprego, para manifestar a sua preocupação perante a perspetiva de encerramento da Tegael, em Coruche, e da fábrica de cervejas da Unicer, em Santarém. “Foi-nos dito que estão a acompanhar estas situações, mas que as empresas são soberanas, o que não é muito animador, pois não se nota grande vontade política”, disse Rui Aldeano à Lusa. “É criminoso, no estado em que o país está”, que se permita o encerramento destas unidades, sobretudo quando não existem problemas financeiros “e as empresas até são dirigidas por pessoas com responsabilidades políticas, ainda por cima num dos partidos do Governo”, afirmou, numa referência ao presidente da Unicer. A Unicer anunciou o encerramento da fábrica de cervejas em Santarém em março de 2013, no âmbito de um investimento de 80 milhões de euros que irá concentrar esta produção na unidade de Leça do Balio. O dirigente sindical adiantou que a USS e o Sindicato das Indústrias Elétricas pediram uma reunião à administração da Tegael, para perceberem se, existindo possibilidade de obter o financiamento necessário à reestruturação anunciada em dezembro, existe vontade de manter a empresa em funcionamento. A administração da Tegael anunciou a criação de uma comissão com vista à cessação da atividade ao longo deste ano, tendo sido referidas dificuldades na obtenção de um financiamento por parte da Caixa Geral de Depósitos para a concretização da reestruturação, que levou já ao despedimento de 90 dos cerca de 400 trabalhadores da empresa.
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