quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Política

Bloco de Esquerda questiona Ministério da Economia sobre situação de empresas no distrito 
 O Bloco de Esquerda entregou hoje no Parlamento três requerimentos nos quais pergunta ao Ministério da Economia se está a acompanhar as situações das empresas do distrito de Santarém que anunciaram recentemente medidas que vão implicar despedimentos. Os requerimentos, assinados pela deputada Mariana Aiveca, colocam em concreto os casos da empresa de infraestruturas de energia e telecomunicações Tegael, que anunciou a intenção de encerrar a unidade que tem em Coruche, da Unicer, que vai fechar em 2013 a fábrica de cervejas que tem em Santarém, e da Postejo, empresa de fabrico de postes de betão situada em Benavente que tem salários em atraso. O BE quer saber se o Ministério da Economia foi contactado pela Tegael e pela Unicer dando conta das suas decisões, se as empresas receberam alguma isenção fiscal ou subsídios e o que está a ser feito no sentido de serem protegidos os interesses dos trabalhadores. O partido sublinha que “Coruche é um concelho com reduzidas possibilidades de oferta de trabalho e este encerramento será um pesado castigo para os habitantes desse concelho”, já que estão em causa 400 postos de trabalho. No caso da Unicer, o BE sublinha que a “estranha decisão” de encerrar a unidade de Santarém acontece num contexto de crescimento dos lucros da empresa e lembra que o argumento da quebra nas exportações foi usado para fechar a unidade de Loulé em 2007. Num outro requerimento, o Bloco pergunta ao Ministério da Economia se a Autoridade para as Condições do Trabalho já realizou alguma inspeção à Postejo e como atuará para “garantir que a empresa cumpre as suas obrigações para com os trabalhadores”. O partido lembra que os trabalhadores desta empresa têm os salários de dezembro e o subsídio de Natal em atraso, bem como as horas extraordinárias de novembro. “A Postejo, que se dedica ao fabrico de postes de betão de baixa, média e alta tensão, não terá falta de trabalho e terá até suspendido uma encomenda para Moçambique, pelo que não se compreendem os sucessivos atrasos nos pagamentos dos salários dos trabalhadores”, afirma.
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