quinta-feira, 8 de julho de 2010

Economia

CCDR do Centro propõe-se apoiar mais de um milhar de IPSS para projectos de eficiência energética
A Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro propõe-se “apoiar 1150 candidaturas” de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) para projectos de eficiência energética.
O presidente da CCDR Centro, Carlos Ferreira, afirmou à agência Lusa que o aviso do concurso relativo a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras associações sem fins lucrativos “está a ser ultimado para ser lançado ainda esta semana”, sendo que, na região, as verbas disponíveis deverão rondar os dois milhões de euros.
O responsável ressalvou que o orçamento, “por ser indicativo, pode ser superior”, afirmando tendo ter como “meta” o “compromisso de apoiar 1 150 candidaturas” provenientes das IPSS da região Centro.
Carlos Ferreira falava na quarta-feira no Entroncamento, à margem do seminário relativo ao 7º Programa Quadro de I&D - Oportunidades de financiamento para a tecnologia, inovação e competitividade empresarial.
“A eficiência energética é uma preocupação nacional, tem dotações financeiras globais para as pequenas e médias empresas de 9,5 milhões de euros e conta com apoios específicos para apoio a empresas no âmbito da implementação de sistemas de eficiência energética”, ao nível da diminuição dos gases com efeito estufa e/ou diminuição do consumo energético, apontou.
Os apoios financeiros traduzem-se, por exemplo, em projectos de redução de consumo energético de iluminação de edifícios públicos, equipamentos desportivos ou lúdicos e outros serviços, como hospitais, clínicas, centro de saúde, escolas, piscinas e ginásios, cuja factura energética seja suportada por orçamento municipal.
“Na próxima semana”, adiantou Carlos Ferreira, “vai sair um aviso de concurso em cada uma das autoridades de gestão dos Planos Operacionais Regionais para promover e estimular o apoio à implementação de sistemas solares térmicos”.
O responsável lembrou que, na região Centro, as pequenas e médias empresas têm disponíveis dois milhões de euros para a prossecução do objectivo.
Carlos Ferreira precisou ainda que as médias empresas “podem usufruir de outro orçamento”, no valor de cinco milhões de euros, “no âmbito de uma outra autoridade de gestão”, que financia as médias empresas.
Esse orçamento é válido para três regiões de convergência - Norte, Centro e Alentejo.
No seminário, organizado pelas Agências Regionais de Energia e Ambiente do Norte Alentejano, Médio Tejo e Pinhal Interior Sul, foi dado destaque aos concursos que irão abrir brevemente nos domínios da Tecnologia, Inovação e Competitividade Empresarial e para projectos em consórcio internacional.
Destinado a todos os investigadores, empresários, industriais e agentes de organismos públicos que pretendam aceder a financiamento no âmbito do 7.º Programa Quadro, o objectivo apresentado aos presentes na área da sustentabilidade energética e climática apontou para a “meta dos três vinte”, preconizada pela União Europeia até 2020.
“Vinte por cento de redução do consumo de energia, vinte por cento de energias renováveis e vinte por cento de redução de gases com efeito estufa”, lembraram os organizadores.
*Lusa
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