segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sociedade

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo exige medidas do governo no encerramento da ponte de Constância
O conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) exigiu hoje que o Governo assuma as responsabilidades de “gestão, manutenção e plena reabilitação” da ponte que liga Praia do Ribatejo a Constância Sul.
Em comunicado, os responsáveis da CIMT exigem que a ponte, encerrada a semana passada por determinação da Refer, seja considerada “uma infra-estrutura de interesse regional” e que o investimento necessário à sua reabilitação seja incluído como “prioritário” no Ministério das Obras Públicas.
O conselho executivo da CIMT, que integra os municípios de Torres Novas, Tomar, Constância, Abrantes, Alcanena, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Ourém, Sardoal e Vila Nova da Barquinha, lamentou “profundamente” o encerramento da ponte “pelo incómodo e prejuízos causados aos mais de 4000 utentes diários” daquela infra-estrutura.
A CIMT reafirma a “importância estratégica” da ponte para o “tecido socioeconómico do Médio Tejo, na medida em que permite o acesso à A23 das empresas e unidades militares localizadas na margem sul do rio Tejo”, nomeadamente Caima, Mitsubishi, Brigada Mecanizada, centros de resíduos industriais perigosos.
A travessia, que funciona num dos tabuleiros da ponte ferroviária adaptado à circulação rodoviária em 1988, foi encerrada na última quarta feira pela Refer, que alegou razões de segurança.
A interdição de circulação provocou a revolta das populações, que marcaram novo protesto para terça-feira ao princípio da noite se até lá não for iniciada nova inspecção, desta vez pelas Estradas de Portugal, para avaliar a possibilidade de abertura da ponte a veículos ligeiros.
Um protocolo assinado em 1984 com as autarquias de Constância e Vila Nova da Barquinha remetia para estes municípios a responsabilidade pela manutenção da infra-estrutura.
Também o Bloco de Esquerda entregou hoje, no Parlamento, uma pergunta ao Governo questionando quando estará concluída a inspecção à ponte a realizar pela Estradas de Portugal, já que a realizada pela Refer (que determinou o encerramento da travessia) “usou os critérios aplicados a pontes ferroviárias”.
“Se esta inspecção determinar a necessidade de realizar obras de reabilitação da ponte, qual o prazo em que essa obra poderá ser executada”, questiona o BE, perguntando ainda para quando está prevista uma nova ponte rodoviária que permita, nomeadamente, a circulação de pesados.
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