terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Autarquias

Câmara do Cartaxo adjudica concessão das águas e saneamento ao consórcio Aquália/Lena
A Câmara Municipal do Cartaxo adjudicou a concessão das águas e saneamento básico do concelho, por 35 anos, ao consórcio Aquália/Lena, assegurando que passará a ter um tarifário médio "bastante competitivo".
A concessão acontece mais de dois anos depois da abertura do concurso e depois da desistência da empresa vencedora, a Aquapor, que, atendendo às alterações do mercado, não quis assumir o risco do negócio.
Paulo Caldas, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, disse hoje à agência Lusa que a proposta da Aquália/Lena, classificada em segundo lugar no concurso, apresentou igualmente um bom posicionamento, tendo até um tarifário mais baixo que a primeira classificada.
"Para nós era essencial manter quatro premissas": assegurar os direitos integrais dos trabalhadores, garantir investimentos na rede da ordem dos 15 milhões de euros nos primeiros sete anos de contrato, e mais 5 milhões para conservação e manutenção nos anos a seguir, a contribuição financeira para a autarquia (23 milhões de euros a pagar em 35 anos pelo uso das infraestruturas) e um tarifário médio atractivo, disse.
A adjudicação, aprovada pela maioria socialista com a abstenção do PSD e o voto contra da CDU, terá agora de ser submetida à Assembleia Municipal, comunicada aos outros concorrentes para eventual contestação, e enviada ao Tribunal de Contas, esperando Paulo Caldas poder assinar o contrato com a empresa no início de Março.
O autarca voltou a assegurar que a solução encontrada pelo município - com a EPAL a garantir o abastecimento de água e a concessionária a assumir a gestão global dos sistemas de água e saneamento - foi melhor que a que teria se tivesse permanecido na empresa intermunicipal Águas do Ribatejo.
Como exemplos, apontou o facto de o concelho não ficar dependente de furos artesianos, de o património se manter propriedade da autarquia, de estarem previstos investimentos três vezes superiores e de conseguir um tarifário inferior (1,59 contra 1,75 o metro cúbico).
*Lusa
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