sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sociedade

Trabalhadores da EMEF entregam moção de descontentamento na Câmara do Entroncamento
Cerca de 150 trabalhadores das oficinas do Entroncamento da Empresa de Manutenção e Equipamento Ferroviário (EMEF) participaram hoje num plenário, onde contestaram a diminuição de trabalho, tendo entregue uma moção com os motivos do seu descontentamento na Câmara Municipal.
A exemplo das acções realizadas na Figueira da Foz e no Barreiro, os trabalhadores da EMEF do Entroncamento discutiram questões que os preocupam, como a diminuição do trabalho nas oficinas da empresa, de que responsabilizam a CP, por alegadamente retardar trabalhos de manutenção no material circulante.
João Azevedo, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, disse à agência Lusa que "é a própria dona da EMEF, a CP, a retardar a intervenção nas máquinas", que circulam mais quilómetros que os recomendados sem irem à manutenção, o que, além de reduzir o trabalho nas oficinas, "põe em causa a segurança do material e dos passageiros".
Os trabalhadores da empresa querem ainda conhecer os termos do contrato assinado com a Siemens, que "desconfiam que lhes irá retirar mais trabalho, pondo em causa postos de trabalho", afirmou.
João Azevedo referiu ainda a situação de incerteza dos jovens que se encontram contratados a prazo - no Entroncamento são cerca de 70 dos 460 trabalhadores - e que o sindicato quer que sejam integrados no quadro.
O sindicalista referiu ainda a ausência de proposta de Acordo de Empresa para o sector para este ano, a ausência de avanços na negociação do Regulamento das Categorias Profissionais, que está a impedir a progressão na carreira, e o não cumprimento de um compromisso assumido em 2008, o pagamento de subsídios de turno.
Os motivos do descontentamento dos trabalhadores foram escritos numa moção que entregaram, ao fim da manhã, na Câmara Municipal do Entroncamento.
Os mais de 1.500 trabalhadores da EMEF vão concentrar-se na próxima terça feira frente ao Ministério das Obras Pública, Transportes e Comunicações, em Lisboa, onde serão decididas novas formas de luta, disse.
--------------------------------------------------------------