quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cultura

Escultor Ribatejano Martins Correia vai ser homenageado
O escultor Martins Correia (1910-1999) vai ser homenageado terça-feira, na Academia Nacional de Belas-Artes, numa sessão para assinalar o centenário do nascimento deste artista, considerado um dos maiores do século XX.
Na homenagem, aberta ao público, com início às 15:00, na Academia, no Chiado, em Lisboa, serão oradores o professor e escultor João Duarte e a professora Cristina Azevedo Tavares, e estarão presentes representantes de várias instituições culturais e personalidades ligadas às artes.
Nascido na Golegã, a 07 de fevereiro de 1910, Joaquim Martins Correia foi aluno da Casa Pia, onde descobriu o gosto pelo desenho.
Licenciou-se em Escultura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, vindo depois a lecionar nas Caldas da Rainha, na Escola Rafael Bordalo Pinheiro.
Criou pintura, azulejaria, desenho e serigrafia, mas destacou-se sobretudo na escultura, com a criação de estátuas e bustos, entre eles, o de Luís de Camões, em Goa, e de Frei Bartolomeu de Gusmão, em Tóquio.
No Brasil, o artista está representado com a estátua "Nó do Mar", no Rio de Janeiro, evocadora dos laços que unem o povo português e brasileiro.
Também são da sua autoria estátuas monumentais em Lisboa, como a passarola instalada no aeroporto, e a estátua do Infante D. Henrique, em Viseu.
Já com idade avançada criou grandes projetos de painéis de azulejos, um deles para a estação de Metro Picoas, em Lisboa, e o tríptico "A Partida", "A Aventura" e "A chegada" na Torre Vasco da Gama do Parque das Nações.
Nos anos 1980 doou um vasto espólio pessoal à Golegã, que viria a criar um museu com o seu nome em 1982.
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