Imagem:A.Anacleto
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Ministra da Saúde reconheceu hoje em Fátima que há pessoas convocadas para vacinação da Gripe A, e não aparecem nos Centros de Saúde
A ministra da Saúde reconheceu hoje que pessoas convocadas para serem vacinadas contra a gripe A (H1N1) não estão a aparecer nos centros de saúde devido a receios infundados, e apelou novamente à vacinação.
“Aquilo que acontece é que, muitas vezes, as pessoas estão convocadas e não aparecem. E não aparecem muitas vezes, como sabem, pelos receios e por aquilo que se tem falado contra a vacina”, disse Ana Jorge, reiterando que os receios “são infundados”.
Em Fátima, onde participou no encerramento do XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, a governante explicou que cada ampola da vacina “dá para dez pessoas”.
Ou seja, "quando se abre uma ampola, [deve] ser gasta no tempo útil”, que tem uma duração de 24 a 48 horas, de forma a “poder ser usada no seu total, para não haver o mínimo de desperdício”, adiantou a responsável, assegurando que tem “havido um esforço muito grande para que não haja desperdícios”.
No caso dos centros de saúde, os profissionais, “quando faltam algumas pessoas, vão à lista que têm de inscritos e telefonam para casa para tentar que as pessoas apareçam para suprir ou para gastar o resto das vacinas”.
Ana Jorge acrescentou que “também alguns dos profissionais dos centros de saúde têm sido vacinados nessas condições, mesmo que não sejam os chamados casos prioritários”.
“Mas mais vale gastar em quem não é prioritário do que deitar fora a vacina”, defendeu.
Ana Jorge apelou novamente à vacinação contra a gripe A, pedindo a quem estiver com a vacina marcada para que não deixe de aparecer, “porque isso leva a que outras pessoas não possam usufruir dessa mesma vacina”.
A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse ainda, existir um abrandamento do número de novos casos de gripe A (H1N1), admitindo uma diminuição da actividade gripal.
“Aquilo que nós apontávamos ontem [quarta-feira] é que o crescimento está a acontecer, mas a uma velocidade menor”, afirmou Ana Jorge, em Fátima, explicando que “há um abrandamento do número de novos casos a aparecer”.
A governante declarou, contudo, que “é cedo ainda para dizer se isto corresponde à descida de pico ou não, mas haverá uma diminuição da actividade gripal global, embora apareçam muitos casos novos”.
“E obviamente que neste momento temos algumas das complicações e algumas das situações graves com o aparecimento de novos casos em que as pessoas não sobrevivem”, acrescentou.
Ministério da Saúde informou quarta-feira que, na última semana, foram observados nos serviços de saúde 27 169 doentes com sintomas de gripe, independentemente da confirmação laboratorial dos vírus em causa, havendo a registar seis óbitos.
Fazendo o ponto de situação da evolução da gripe A (H1N1) em Portugal, na 48.ª semana, entre 23 e 29 de Novembro, o Portal da Saúde adianta que naquele período estiveram internados 149 doentes, dos quais 22 em Unidades de Cuidados Intensivos.
No mesmo período - acrescenta - registaram-se seis óbitos, sendo o total acumulado até domingo de 23 óbitos (este total contabiliza um óbito ocorrido na semana 47.ª mas reportado na 48.ª).
A ministra adiantou não ter conhecimento do resultado da autópsia ao jovem de 14 anos que morreu em casa segunda-feira, depois de ter sido assistido no dia anterior no Hospital D. Estefânia, em Lisboa, com queixas compatíveis com quadro gripal.
“Este processo (…) tem um procedimento legal para haver uma verificação de quais foram as causas e as circunstâncias em que se deveram a morte”, afirmou Ana Jorge, referindo que “o processo está a decorrer naquilo que são as instâncias legais deste país”.
*Lusa
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