sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Empresas

Trabalhadores da IFM/Platex de Tomar deslocaram-se hoje a Lisboa em defesa da laboração da empresa
Os trabalhadores da IFM/Platex, de Tomar, receberam hoje a garantia de que o actual administrador vai tentar, até final da próxima semana, um entendimento com os credores para que a empresa retome a laboração, disse à agência Lusa fonte sindical.
Aquilino Coelho, que hoje integrou uma delegação de trabalhadores que se deslocou a Lisboa, em autocarro cedido pela Câmara de Tomar, disse à Lusa que se não houver entendimento com os credores a empresa poderá entrar em processo de insolvência "mas não para fechar".
Frisando que a IFM/Platex tem uma carteira de clientes, nomeadamente estrangeiros, que garante a viabilidade da empresa, Aquilino Coelho afirmou que, a avançar o processo de insolvência, ele visará sempre a apresentação de um plano de recuperação.
Para já o administrador da Investwood designado pelo Ministério da Economia vai ainda tentar um acordo com os principais credores - banca e fornecedores de madeira -, o que, se for alcançado, permitirá retomar a laboração "dentro de dois a três meses", disse.
A reunião com o administrador designado decorreu nas instalações do Ministério da Economia, onde os trabalhadores foram recebidos de manhã.
Na deslocação ao Ministério do Trabalho, hoje à tarde, a comitiva acabou por ser recebida por uma assessora da ministra, que prometeu agendar uma reunião com Helena André "logo que possível", disse Aquilino Coelho.
A deslocação a Lisboa foi decidida pelos trabalhadores num plenário realizado no passado dia 30 de Novembro e confirmada quinta-feira à noite depois de uma reunião com o administrador da outra unidade da IFM, da Gafanha da Nazaré, se ter revelado inconclusiva.
A IFM/Platex encontra-se paralisada desde 11 de Abril, devido à falta de liquidez financeira para aquisição da matéria-prima necessária para satisfazer a carteira de encomendas da empresa.
A maioria dos trabalhadores foi colocada em regime de lay off no final de Maio, tendo parte deles optado entretanto pela suspensão dos contratos de trabalho, de forma a receberem os subsídios de desemprego sem perderem o vínculo à empresa.
*Lusa
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