quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sociedade



Imagem:A.Anacleto
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Ministra da Saúde diz que doação de órgãos durante a vida ou após a morte é “uma forma de participar na sobrevivência

A ministra da Saúde disse hoje que a doação de órgãos em vida ou depois da morte "é uma forma de participar na sobrevivência" de muitas pessoas, considerando importante o apelo da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde.
“Considero particularmente importante o apelo que é feito pela Pastoral da Saúde para que todos intervenham na colheita de sangue e na oferta de órgãos em vida ou depois da morte, porque esta é uma forma de participar na sobrevivência e qualidade de vida de muitas pessoas”, afirmou Ana Jorge.
No encerramento do XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que decorreu em Fátima, Ana Jorge referiu que “o contributo da Igreja Católica associa-se ao trabalho que, de uma forma muito séria e sustentada, tem vindo a ser realizado em Portugal no domínio dos transplantes", fazendo com que Portugal "ocupe o segundo lugar na Europa e no Mundo na colheita de órgãos por milhão de habitantes”.
“A criação da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação constituiu um marco organizacional importante neste domínio e o trabalho que tem desenvolvido permite, em grande medida, colocar Portugal como um dos países mais avançados nesta área de excelência da saúde”, observou ainda a governante.
A ministra assinalou também os “três vectores da intervenção” da tutela na área do transplante de órgãos, começando pela “implementação da Rede Nacional de Coordenação de Colheita e Transplantação”, considerada pela Comissão Europeia “como uma das medidas mais eficazes em matéria de dádiva e transplantação de órgãos e que permite ter hoje mais de 100 profissionais devidamente formados e habilitados para a identificação de potenciais dadores”.
Por outro lado, Ana Jorge destacou o “acordo de Cooperação Bilateral entre Portugal e Espanha na área da transplantação”, que “tem permitido ajudar na resposta às necessidades de saúde dos portugueses, em particular no domínio do transplante pulmonar”.
“Este é um acordo precursor e um importante instrumento inspirador da constituição, a muito curto prazo, de uma Rede Europeia de Permuta de Órgãos, iniciativa que se encontra actualmente em discussão na União Europeia”, acrescentou a ministra.
Ana Jorge referiu ainda o trabalho da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação, que “tem vindo a investir na divulgação de informação dentro dos hospitais, com o objectivo da sensibilização das equipas, através do Curso Europeu de Treino para Profissionais de Saúde, já hoje generalizado a todo o país”.
A ministra da Saúde apontou ainda que “Portugal é o primeiro país do mundo no transplante hepático e o segundo no transplante renal”, situação que disse ser uma “marca de orgulho” do Serviço Nacional de Saúde e que “permite melhorar a qualidade de vida dos doentes".
*Lusa
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