Imagem:A.Anacleto
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Fórum Cidadania na Escola Maria Lamas em Torres Novas, debateu a “Escola e Estratégia de Ensino para o Futuro”
Este sábado na Escola Maria Lamas em Torres Novas, realizou-se mais um capítulo do “Fórum Cidadania”, que tem vindo a acontecer desde o passado mês, no qual se tem debatido temas variados, todos eles baseados na área da cidadania.
David Justino, José Manuel Silva, Luísa Mesquita e Laborinho Lúcio, foram os convidados da tarde como oradores dos temas “Escola-estratégia e Modelos Educativos” e “Educação para a Cidadania – um contributo para o futuro”, moderados respectivamente por António Mário e Paula Simões.
O Professor José Manuel Silva, foi o primeiro convidado a intervir, começando por referir «que actualmente o que afecta mais os professores são o crescente fenómeno da indisciplina que se verifica nas escolas», acrescentando, «nas escolas antigas notava-se mais formalidades morais, actualmente a autonomia nas escolas é diminuta, onde o sistema actual é praticamente ingovernável», acrescentou, «o modelo de gestão das escolas não é pacífico, não pode haver boas escolas sem lideranças fortes, a maioria das escolas são boas, o sistema de ensino é que não está bem, em muitos países, a escola é o espelho das comunidades desses mesmos países», sublinhou.
Entretanto, Luísa Mesquita no seu discurso, realçou «nos últimas quatro anos as reformas de ensino que se tentou impor, não conseguiram atingir os objectivos, actualmente, aponta-se para uma “certa competitividade” por causa da avaliação», acrescentou, «o método actual em termos de horários é prejudicial para a criança, obriga a uma falta de vivência da criança além da escola», sublinhou a antiga deputada.
O ex-ministro da Educação, David Justino, disse na sua alocução «há uma responsabilidade acrescida das actuais gerações, para criar e desenvolver um modelo de ensino mais estratégico com incidência para a gerações seguintes, para as tornar mais capazes que aquilo que nós somos, a sociedade constrói-se com as acções e os problemas da vida, em termos concretos, temos o direito de sermos felizes contribuir para que os outros sejam mais felizes, temos de ter a noção concreta que temos de trabalhar para o médio e longo prazo e não só para o amanhã» adiantando, «tem-se partido muita pedra na área do ensino, e têm-se construído pouca calçada, tem que se dizer à sociedade o que queremos para daqui a vinte anos», sublinhou, «não se consegue alterar o sistema de ensino numa legislatura, tem de ser em várias legislaturas», acrescentou o ex-ministro da tutela da educação.
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