Dezenas de pequenas e médias empresas podem vir a fechar portas devido ao encerramento da Ponte sobre o Tejo em Constância
Dezenas de pequenas e médias empresas e algumas instituições de Constância "estão a encerrar ou em vias de fechar portas" devido ao encerramento da ponte sobre o Tejo naquele concelho.
O encerramento súbito do tráfego na travessia do rio em Julho último, na sequência de uma inspecção realizada pela empresa gestora da via férrea Refer, que detectou "riscos de segurança associados à degradação estrutural", deu origem a um “desastre” para muitas pessoas ligadas a micro, pequenas e médias empresas que, de um dia para o outro, se viram privadas dos seus clientes ou de uma via de acesso para a prestação de serviços.
Leila Martins, 59 anos, proprietária de um instituto de línguas estrangeiras em Montalvo, afirmou à agência Lusa estar “muito preocupada” com o futuro da instituição que dirige há 10 anos.
“Tenho 35 alunos, 75 por cento dos quais não se vão inscrever este ano pelo facto de residirem na outra margem do rio”, na freguesia de Santa Margarida, disse a professora, tendo acrescentado que a viagem pelas pontes alternativas mais próximas “é longa e morosa, para além de pesar na contabilidade financeira dos pais das crianças”.
“Esta situação é muito grave para a continuidade do instituto e estou a ver que não me resta outra alternativa que não seja fechar a porta e abrir a escola noutra região do país”, afirmou.
Natércia Bispo, presidente da Associação Filarmónica Montalvense, disse à agência Lusa que a escola de música da associação “já perdeu” 15 dos 40 alunos que ali aprendiam a tocar todo o tipo de instrumentos, a totalidade residente na freguesia de Santa Margarida, do outro lado do Tejo.
Por ser uma instituição sem fins lucrativos, “a continuidade da escola não está em causa”, disse Natércia Bispo, afirmando que “o que está em causa é que aquelas crianças ficam privadas do acesso a um projeto importante em termos formativos, sociais e culturais”.
Do outro lado da ponte, em Vale de Mestre, Santa Margarida, o empresário Carlos Simões, 56 anos, está a concluir a construção de uma fábrica de produtos congelados, com serviço de distribuição de empadas e tartes individuais para cafetarias, pastelarias e restaurantes, projecto onde afirma ter investido 150 mil euros.
“Um nado morto em fase de licenciamento”, foi como o empresário descreveu à Lusa as suas expectativas para um negócio que está “prestes a começar” e que vai dar emprego a quatro pessoas.
“Pensei, estruturei e montei o negócio de uma forma, e agora, sem uma ponte próxima para atravessar o rio, acabei por ficar com a fábrica na margem sul e os clientes e fornecedores do outro lado”, afirmou.
Máximo Ferreira, presidente da Câmara de Constância, disse à Lusa que o concelho “está cada vez mais paralisado com dezenas de empresas a fechar ou em vias de encerrar portas” acrescentando que “cada dia que passa parece uma eternidade, com situações a ocorrerem em termos pessoais e profissionais verdadeiramente dramáticas”.
“Para quem prepara e estrutura a sua pequena ou média empresa sob determinados pressupostos e de um momento para o outro se vê delas privado, isto origina situações de puro desespero, mais a mais sabendo que a normalização da situação não será para breve” acrescentou.
Dezenas de pequenas e médias empresas e algumas instituições de Constância "estão a encerrar ou em vias de fechar portas" devido ao encerramento da ponte sobre o Tejo naquele concelho.
O encerramento súbito do tráfego na travessia do rio em Julho último, na sequência de uma inspecção realizada pela empresa gestora da via férrea Refer, que detectou "riscos de segurança associados à degradação estrutural", deu origem a um “desastre” para muitas pessoas ligadas a micro, pequenas e médias empresas que, de um dia para o outro, se viram privadas dos seus clientes ou de uma via de acesso para a prestação de serviços.
Leila Martins, 59 anos, proprietária de um instituto de línguas estrangeiras em Montalvo, afirmou à agência Lusa estar “muito preocupada” com o futuro da instituição que dirige há 10 anos.
“Tenho 35 alunos, 75 por cento dos quais não se vão inscrever este ano pelo facto de residirem na outra margem do rio”, na freguesia de Santa Margarida, disse a professora, tendo acrescentado que a viagem pelas pontes alternativas mais próximas “é longa e morosa, para além de pesar na contabilidade financeira dos pais das crianças”.
“Esta situação é muito grave para a continuidade do instituto e estou a ver que não me resta outra alternativa que não seja fechar a porta e abrir a escola noutra região do país”, afirmou.
Natércia Bispo, presidente da Associação Filarmónica Montalvense, disse à agência Lusa que a escola de música da associação “já perdeu” 15 dos 40 alunos que ali aprendiam a tocar todo o tipo de instrumentos, a totalidade residente na freguesia de Santa Margarida, do outro lado do Tejo.
Por ser uma instituição sem fins lucrativos, “a continuidade da escola não está em causa”, disse Natércia Bispo, afirmando que “o que está em causa é que aquelas crianças ficam privadas do acesso a um projeto importante em termos formativos, sociais e culturais”.
Do outro lado da ponte, em Vale de Mestre, Santa Margarida, o empresário Carlos Simões, 56 anos, está a concluir a construção de uma fábrica de produtos congelados, com serviço de distribuição de empadas e tartes individuais para cafetarias, pastelarias e restaurantes, projecto onde afirma ter investido 150 mil euros.
“Um nado morto em fase de licenciamento”, foi como o empresário descreveu à Lusa as suas expectativas para um negócio que está “prestes a começar” e que vai dar emprego a quatro pessoas.
“Pensei, estruturei e montei o negócio de uma forma, e agora, sem uma ponte próxima para atravessar o rio, acabei por ficar com a fábrica na margem sul e os clientes e fornecedores do outro lado”, afirmou.
Máximo Ferreira, presidente da Câmara de Constância, disse à Lusa que o concelho “está cada vez mais paralisado com dezenas de empresas a fechar ou em vias de encerrar portas” acrescentando que “cada dia que passa parece uma eternidade, com situações a ocorrerem em termos pessoais e profissionais verdadeiramente dramáticas”.
“Para quem prepara e estrutura a sua pequena ou média empresa sob determinados pressupostos e de um momento para o outro se vê delas privado, isto origina situações de puro desespero, mais a mais sabendo que a normalização da situação não será para breve” acrescentou.
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