quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cultura

Antigas instalações da Escola Prática de Cavalaria em Santarém vai manter a sigla “EPC”
O edifício que acolheu a antiga Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, vai manter a sigla EPC, passando a denominar-se Escola Prática do Conhecimento, designação dada ao futuro parque temático da Fundação da Liberdade.
Ana d’Avó, coordenadora do projecto da Fundação da Liberdade, disse hoje à agência Lusa que o conhecimento será “o denominador comum” de uma estrutura que “terá sempre subjacentes os valores da paz, da liberdade e da cidadania”, sublinhando que a manutenção da sigla da antiga EPC se faz em respeito da memória do passado do lugar.
O futuro parque temático da Fundação da Liberdade, a instalar no edifício principal, na ala direita e no antigo refeitório da ex-EPC vai ter zonas dedicadas às várias áreas do conhecimento (ciências da natureza, geografia, matemática, físico-química, história, filosofia, religiões) e ainda uma “sala dos horrores” (ilustrativa dos abusos aos direitos humanos e da Terra) e outra alusiva aos “limites da liberdade”.
O parque, que tem já uma mascote, a Locas, “vai permitir às crianças e jovens de todos os graus do ensino obrigatório interagir e vivenciar as matérias curriculares”, articulando com a consciencialização sobre a cidadania, a liberdade e a paz, disse.
A Fundação da Liberdade vai ainda albergar o Museu Salgueiro Maia, em memória do homem que conduziu a coluna que em 25 de Abril de 1974 ajudou a instaurar a democracia, mais direccionado para a população adulta.
No vasto espaço da antiga EPC vão ainda ser instalados todos os serviços da autarquia, estando uma área reservada à instalação da “cidade judiciária” anunciada no passado dia 25 de Abril pelo primeiro-ministro.
Na altura foi anunciada por José Sócrates a instalação em Santarém, no espaço da Fundação da Liberdade, dos tribunais da Propriedade Industrial e da Concorrência, Regulação e Supervisão e ainda um tribunal da Relação.
O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores, disse então à Lusa ser seu objectivo inaugurar a primeira fase do parque temático na mesma altura da abertura dos tribunais, apontada para meados de Setembro de 2011.
Ana d’Avó disse à Lusa que a meta se mantém, estando feitos os projectos de arquitectura e em curso contactos com várias empresas para a concepção dos materiais interactivos do parque temático.
Ao mesmo tempo decorrem contactos para a constituição de um grupo de curadores da Fundação da Liberdade, personalidades, nacionais e estrangeiras, reconhecidas como “ícones da liberdade, do conhecimento, da paz e da democracia”, afirmou.
Moita Flores tem afirmado que “as fronteiras do projecto ultrapassam largamente as do município e da região, procurando associar-se a eventos e personalidades que pela sua dimensão e actividade partilhem os seus valores”, tornando a Fundação da Liberdade “uma instituição cultural de âmbito europeu”.
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