quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Política

Oposição acusa Presidente da Câmara de Santarém de usar linguagem “imprópria” e “ofensiva”
A concelhia de Santarém do PS e a coordenadora da CDU consideraram esta semana “imprópria” e “ofensiva” a linguagem utilizada pelo presidente da câmara municipal, Francisco Moita Flores, quando este se refere à oposição.
Em comunicado intitulado “a má criação do presidente da câmara do PSD”, a comissão política concelhia socialista afirma que os termos utilizados por Moita Flores quando se lhe dirige “esconde muitas vezes ausência de ideias, sendo reveladora de quem não consegue conviver com a crítica inerente ao debate e à vida em liberdade e em democracia”.
Na última reunião do executivo camarário, Moita Flores acusou a concelhia socialista de “banditismo moral” por criticar a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, quando “nos seus mandatos não conseguiu concorrentes para o mesmo fim”.
Moita Flores (independente eleito pelo PSD) reagiu virulentamente ao teor de um comunicado emitido pela concelhia de Santarém do PS, no qual esta classificava de “disparate” a construção do estacionamento subterrâneo e reafirmava a sua oposição ao modelo da sua construção e financiamento.
Também a CDU fez esta semana um balanço do primeiro ano do actual mandato de Moita Flores, acusando o autarca de utilizar uma linguagem “ofensiva” que, no seu entender, evidencia “a incapacidade para uma vivência democrática” e revela a consciência “da falência das suas políticas”, refugiando-se “na sua capacidade discursiva e de oratória”.
Considerando que “continuam por resolver os grandes problemas que afectam o concelho” e que “prossegue uma política de crescente endividamento e empobrecimento do município”, a CDU afirma que o autarca se mostra “cada vez mais intolerante” e “incapaz de aceitar as propostas e críticas da oposição” ou até de “responder a simples e claras perguntas”.
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