Presidente da República inaugura esta quarta-feira no Sardoal exposição de pintura de Jorge Lopes
Uma mostra de 32 pinturas de Jorge Lopes, jovem pintor radicado em Berlim, é inaugurada quarta-feira no Centro Cultural de Sardoal pelo Presidente da República.
A mostra, intitulada “Ser o Rei para quê?”, - “um título contra a arrogância” - vai apresentar 32 pinturas contemporâneas de Jorge Lopes e um catálogo da sua obra, constituindo-se como “a maior exposição individual” do artista de 28 anos, abarcando trabalhos de todas as fases criativas do seu percurso.
Em declarações à agência Lusa, o autor define-se como um “pintor do abstracto real” inspirando-se nas “lições pessoais e impessoais mais duras da vida”, e “sempre com uma mensagem ou história subliminar” em cada um dos retratos por si enquadrados.
“A minha pintura é para ser vivida mas é muito porca, é suja, porque é directa e porque não faço nada de fachada nem com meias tintas”, afirmou.
Como exemplo referiu um dos quadros da exposição, que se intitula “Há cinco anos que não fala com o pai” e retrata a história, verídica, de um pai que chega a casa depois de um dia de trabalho e encontra a mulher enforcada na cozinha.
Após o funeral, repara que tem a sua conta bancária a zero e que o único filho lhe deixou de falar. Depois descobre que teria sido a mulher a levantar o dinheiro antes de se suicidar e obrigada, pelo descendente, a entregar-lho.
“Eu faço pinturas que me ajudem a trabalhar estas realidades”, disse o artista, que afirmou “não trabalhar para fazer arte mas antes para vender”.
Segundo acrescentou, a “incrível” receptividade em países como a Alemanha, Dinamarca ou Inglaterra “resulta da clareza do discurso e do impacto das cores vivas, bonitas, vibrantes”, embora “não assegure a emancipação” financeira.
“Vivo do Estado alemão, da bolsa que me atribuíram e assegura apartamento e ateliê e de uma ou outra pintura que venda, e isto não é mais que um outro emprego qualquer”, afirmou.
Considerando-se “uma pessoa com muita sorte”, Jorge Lopes acrescentou que a exposição a inaugurar quarta-feira com a presença de Cavaco Silva, “significa mais uma etapa numa espécie de maratona de uma vida” que afirma “querer” para si.
Licenciado pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, desde 2004, Jorge Lopes vive e trabalha desde 2005 na capital da Alemanha, Berlim, graças a uma bolsa que conquistou no âmbito do programa internacional Leonardo da Vinci, tendo participado em várias exposições individuais e colectivas em Tomar (cidade natal), Lisboa, Óbidos, Torres Vedras e diversas cidades alemãs.
-----------------------------------------------------------------------------
Uma mostra de 32 pinturas de Jorge Lopes, jovem pintor radicado em Berlim, é inaugurada quarta-feira no Centro Cultural de Sardoal pelo Presidente da República.
A mostra, intitulada “Ser o Rei para quê?”, - “um título contra a arrogância” - vai apresentar 32 pinturas contemporâneas de Jorge Lopes e um catálogo da sua obra, constituindo-se como “a maior exposição individual” do artista de 28 anos, abarcando trabalhos de todas as fases criativas do seu percurso.
Em declarações à agência Lusa, o autor define-se como um “pintor do abstracto real” inspirando-se nas “lições pessoais e impessoais mais duras da vida”, e “sempre com uma mensagem ou história subliminar” em cada um dos retratos por si enquadrados.
“A minha pintura é para ser vivida mas é muito porca, é suja, porque é directa e porque não faço nada de fachada nem com meias tintas”, afirmou.
Como exemplo referiu um dos quadros da exposição, que se intitula “Há cinco anos que não fala com o pai” e retrata a história, verídica, de um pai que chega a casa depois de um dia de trabalho e encontra a mulher enforcada na cozinha.
Após o funeral, repara que tem a sua conta bancária a zero e que o único filho lhe deixou de falar. Depois descobre que teria sido a mulher a levantar o dinheiro antes de se suicidar e obrigada, pelo descendente, a entregar-lho.
“Eu faço pinturas que me ajudem a trabalhar estas realidades”, disse o artista, que afirmou “não trabalhar para fazer arte mas antes para vender”.
Segundo acrescentou, a “incrível” receptividade em países como a Alemanha, Dinamarca ou Inglaterra “resulta da clareza do discurso e do impacto das cores vivas, bonitas, vibrantes”, embora “não assegure a emancipação” financeira.
“Vivo do Estado alemão, da bolsa que me atribuíram e assegura apartamento e ateliê e de uma ou outra pintura que venda, e isto não é mais que um outro emprego qualquer”, afirmou.
Considerando-se “uma pessoa com muita sorte”, Jorge Lopes acrescentou que a exposição a inaugurar quarta-feira com a presença de Cavaco Silva, “significa mais uma etapa numa espécie de maratona de uma vida” que afirma “querer” para si.
Licenciado pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, desde 2004, Jorge Lopes vive e trabalha desde 2005 na capital da Alemanha, Berlim, graças a uma bolsa que conquistou no âmbito do programa internacional Leonardo da Vinci, tendo participado em várias exposições individuais e colectivas em Tomar (cidade natal), Lisboa, Óbidos, Torres Vedras e diversas cidades alemãs.
-----------------------------------------------------------------------------