domingo, 26 de setembro de 2010

Sociedade

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo alerta para redução de cuidados de saúde nas comunidades rurais
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT), alerta em comunicado, para o receio por parte das comunidades rurais da região, na continuação da redução dos cuidados de saúde.
Diz o comunicado, “apesar de alguns avanços em algumas localidades/comunidades no acesso a cuidados médicos, parece não acabar os receios de ficar sem profissionais de saúde, principalmente nas zonas rurais. Todos os dias vão chegando notícias de extensões de saúde que reduzem horários, que ficam sem médico ou o seu número é reduzido. Na região do Médio Tejo também existe um permanente sobressalto pela falta e escassez (ou a probabilidade de vir a acontecer) de cuidados de saúde de proximidade, pois resolvidos uns problemas logo aparecem outros.
Como estava previsto, duas médicas que trabalhavam nas Extensões de Saúde do Pedrógão e da Lamarosa/Olaia, foram para o Centro de Saúde do Entroncamento, mais concretamente para integrar a USF “Locomotiva”. Para o Pedrógão foi entretanto um médico que fazia serviço no Atendimento Complementar na Sede do Centro de Saúde em Torres Novas, mas para a Lamarosa/Olaia parece não ter dado resultado a tentativa de substituição da médica que foi para o Entroncamento.
Do concelho de Tomar, de onde continuam a chegar receios da possibilidade de encerramento de Extensões de Saúde, chega a notícia de que no final do ano o médico que presta serviço em Carrazede/Paialvo se vai reformar, sem que haja garantias da sua substituição.
Neste “vai e vem”/”vai e não vem” de médicos, quem sofre sempre são as populações, que continuam a não receber a informação que lhes é devida. E, como se não tivessem já sucessivos motivos de preocupação com a falta e escassez de cuidados médicos, receberam a notícia de que a partir de 1 de Outubro, vão pagar mais pelos medicamentos.
Atendendo a que a necessidade de cuidados médicos tem tendência a aumentar, para resolver o problema da falta de médicos será necessário lançar mão de vários expedientes. É preciso valorizar a “carreira de médico de família”, reter os profissionais, contratar reformados, atrair os jovens médicos portugueses formados no estrangeiro e ir buscar médicos ao estrangeiro, uma combinação de várias soluções. Assim haja coragem para decidir em favor da saúde e do bem-estar das populações!

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