segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Política

Presidente da Câmara de Santarém reage a comunicado da concelhia do PS
O presidente da câmara municipal de Santarém acusou hoje a concelhia socialista de “banditismo moral” por criticar a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, quando “nos seus mandatos não conseguiu concorrentes para o mesmo fim”.
Moita Flores (independente eleito pelo PSD) reagiu virulentamente ao teor de um comunicado emitido no fim de semana pela concelhia de Santarém do PS, no qual esta classificava de “disparate” a construção do estacionamento subterrâneo e reafirmava a sua oposição ao modelo da sua construção e financiamento.
O parque subterrâneo foi construído pela ABB - Alexandre, Barbosa Borges no âmbito de uma parceria público-privada que permitiu a construção do Jardim da Liberdade (sob o qual se situa o parque) e que concedeu à empresa o direito de taxar, por 20 anos, o parqueamento de cerca de 1700 lugares à superfície.
Os parquímetros, que nas últimas semanas foram instalados numa vasta área do planalto, começam a funcionar a 01 de Outubro.
Lembrando que o processo vem do seu primeiro mandato, Francisco Moita Flores frisou que os moradores com mais de 65 anos não pagam estacionamento e que os residentes (num total de 500 lugares) pagam um valor anual de 25 euros.
“Os preços são simbólicos. É bom não esquecer que isto é uma alteração ao regulamento de uma cidade onde sempre houve parqueamento pago”, disse Moita Flores, sublinhando que a medida vai ajudar a disciplinar o trânsito e a qualificar e modernizar o centro histórico de uma cidade que será pioneira na mobilidade elétrica.
À crítica feita pelo PS de que a população vai pagar a diferença entre os lugares de estacionamento subterrâneo inicialmente previstos (763) e os construídos (469), Moita Flores afirmou que esta foi uma opção da autarquia devido à adesão ao projecto piloto da mobilidade eléctrica.
Moita Flores sublinhou ainda que persistem bolsas de estacionamento gratuito “a 50 metros do centro histórico”, nomeadamente nos largos do Choupal e Emílio Infante da Câmara.
“Isto é tão ridículo quanto isto. Quem não quiser pagar tem onde estacionar”, rematou, referindo ainda que a empresa paga à autarquia uma renda anual pelo parqueamento à superfície (241 mil euros) e que construiu, sem qualquer custo para o município, o Jardim da Liberdade.
“Foi um concurso de concessão e construção que estamos a cumprir como foi aprovado”, afirmou.
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