sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Empresas


Imagem:A.Anacleto
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Ministro da Agricultura inaugurou novas instalações de secagem e armazenamento de milho da Agromais na Azinhaga
O ministro da Agricultura disse hoje que o processo de emparcelamento em curso na zona de Golegã e Chamusca poderá vir a ter, com mais duas outras zonas do país, apoios do Proder.
António Serrano, que hoje inaugurou as novas instalações de secagem e armazenamento de milho da Agromais, na Azinhaga (Golegã), elogiou o trabalho feito pela Agrotejo, União Agrícola do Norte do Vale do Tejo, em matéria de emparcelamento.
Considerando o “empreendedorismo” destes agricultores um “exemplo” para o país, o ministro comprometeu-se a ajudar a concluir o processo de emparcelamento iniciado na região.
Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Agromais, disse à agência Lusa que a associação “fez em cinco anos o que o Estado demorou doze a fazer no Mondego, numa área semelhante”, conseguindo o acordo dos proprietários para avançar com o emparcelamento, que aumenta a dimensão da propriedade, ganhando competitividade.
“Fizemos tudo. Falta o Estado fazer a parte dele, que é criar condições para podermos iniciar a obra”, o que poderá acontecer no próximo ano, adiantou.
Segundo disse, o ministro comprometeu-se a dar prioridade a este processo na avaliação que vai ser feita ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) no próximo ano.
Na reunião mantida hoje na sede da Agrotejo, na Golegã, o ministro anunciou o reforço, em 25 milhões de euros, da linha de crédito criada em Janeiro para apoiar as empresas agrícolas e pecuárias a ultrapassarem problemas de endividamento e tesouraria.
A instalação inaugurada hoje por António Serrano, um investimento de um milhão de euros, que contou com comparticipação do Estado, vai permitir secar mais 350 toneladas de milho por dia, tendo uma capacidade para armazenar 7300 toneladas.
“Vai permitir um abaixamento dos custos” numa zona de grande produção que “estava muito mal servida”, disse Vasconcellos e Souza.
O presidente da Agromais realçou ainda o facto de o preço internacional dos cereais ter aumentado significativamente, “repondo alguma justeza na remuneração aos produtores”.
Contudo, alertou para a “especulação que já se está a verificar”, sobretudo ao nível dos factores de produção, e reconheceu o impacto que este aumento do preço terá naqueles que têm os cereais como matéria-prima.

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