Autarcas de Santarém e Torres Novas receiam os impactos do novo pacote de austeridade perante os mais pobres e no funcionamento dos municípios
Os autarcas de Santarém e Torres Novas receiam os impactos do novo pacote de austeridade junto dos mais pobres e no funcionamento dos municípios, enquanto os empresários temem a recessão mas exigem coragem na aplicação das medidas anunciadas.
José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), disse hoje à agência Lusa que os cortes anunciados pelo Governo “já deveriam ter sido decididos em Abril ou Maio”.
O mesmo responsável disse que “são decisões corajosas, que pecam por tardias e não sei se serão suficientes. Tudo vai depender da coragem do Governo para as aplicar”, apelando a um “repensar do modelo” em que assenta a sociedade e a economia portuguesas, em particular no que diz respeito à rigidez da despesa.
Segundo afirmou, as empresas terão grande dificuldade em aguentar novo aumento de impostos, admitindo um “receio muito grande de recessão”.
O presidente da câmara municipal de Santarém, Francisco Moita Flores (independente eleito pelo PSD), disse à Lusa que o Governo não deveria carregar tanto nos impostos, penalizando os mais pobres, e nos salários dos funcionários públicos já que “podia cortar na despesa”, nomeadamente acabando com os governos civis, que “não fazem falta”.
A mesma opinião é partilhada pelo socialista António Rodrigues, presidente da câmara municipal de Torres Novas, que pede ao Governo para ter “coragem” e acabar com os governos civis e os institutos que são “autênticos sorvedouros de dinheiro”.
Ambos lamentam que as autarquias, que, segundo afirmaram, foram as que mais contribuíram para a contenção quando comparadas com a administração central, voltem a ser penalizadas, alertando Moita Flores para os efeitos desta política, nomeadamente nas escolas.
“Ponham na rua os empregados políticos (dos governos civis e multiplicidade de institutos e organismos do Estado). São milhões que poupam e não precisam ir tão longe no castigo às pessoas”, disse, questionando como podem os que ganham o salário mínimo suportar um aumento de 3 pontos percentuais no IVA em poucos meses.
Reconhecendo as medidas anunciadas quarta-feira como “necessárias” e “se calhar tardias”, António Rodrigues disse que o que o incomoda mais é que sejam “sempre os mesmos a pagar”, receando os reflexos na pobreza, já que se depara “cada vez com mais gente com mais fome e sem sentido para a vida”.
Quanto ao seu município, o autarca disse que centrará o investimento nos projectos com apoios comunitários (de forma a manter alguma dinâmica na economia local), parando tudo o resto e aumentando o esforço de contenção, nomeadamente com cortes nos subsídios.
Os autarcas de Santarém e Torres Novas receiam os impactos do novo pacote de austeridade junto dos mais pobres e no funcionamento dos municípios, enquanto os empresários temem a recessão mas exigem coragem na aplicação das medidas anunciadas.
José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), disse hoje à agência Lusa que os cortes anunciados pelo Governo “já deveriam ter sido decididos em Abril ou Maio”.
O mesmo responsável disse que “são decisões corajosas, que pecam por tardias e não sei se serão suficientes. Tudo vai depender da coragem do Governo para as aplicar”, apelando a um “repensar do modelo” em que assenta a sociedade e a economia portuguesas, em particular no que diz respeito à rigidez da despesa.
Segundo afirmou, as empresas terão grande dificuldade em aguentar novo aumento de impostos, admitindo um “receio muito grande de recessão”.
O presidente da câmara municipal de Santarém, Francisco Moita Flores (independente eleito pelo PSD), disse à Lusa que o Governo não deveria carregar tanto nos impostos, penalizando os mais pobres, e nos salários dos funcionários públicos já que “podia cortar na despesa”, nomeadamente acabando com os governos civis, que “não fazem falta”.
A mesma opinião é partilhada pelo socialista António Rodrigues, presidente da câmara municipal de Torres Novas, que pede ao Governo para ter “coragem” e acabar com os governos civis e os institutos que são “autênticos sorvedouros de dinheiro”.
Ambos lamentam que as autarquias, que, segundo afirmaram, foram as que mais contribuíram para a contenção quando comparadas com a administração central, voltem a ser penalizadas, alertando Moita Flores para os efeitos desta política, nomeadamente nas escolas.
“Ponham na rua os empregados políticos (dos governos civis e multiplicidade de institutos e organismos do Estado). São milhões que poupam e não precisam ir tão longe no castigo às pessoas”, disse, questionando como podem os que ganham o salário mínimo suportar um aumento de 3 pontos percentuais no IVA em poucos meses.
Reconhecendo as medidas anunciadas quarta-feira como “necessárias” e “se calhar tardias”, António Rodrigues disse que o que o incomoda mais é que sejam “sempre os mesmos a pagar”, receando os reflexos na pobreza, já que se depara “cada vez com mais gente com mais fome e sem sentido para a vida”.
Quanto ao seu município, o autarca disse que centrará o investimento nos projectos com apoios comunitários (de forma a manter alguma dinâmica na economia local), parando tudo o resto e aumentando o esforço de contenção, nomeadamente com cortes nos subsídios.
*Lusa
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