sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Economia

Fábrica “RPP Solar” em Abrantes vai arrancar com produção em Outubro
A fábrica da RPP Solar, que está a ser construída em Abrantes, vai começar a produzir painéis solares foto voltaicos em Outubro para satisfazer encomendas de 73 milhões de euros até ao final do ano, anunciou hoje a administração da empresa.
Instalada em Concavada, Abrantes, num terreno com 82 hectares, esta nova fábrica de painéis solares foto voltaicos representa um investimento de 1 072 milhões de euros e visa “agregar” toda a cadeia de produção de energia solar, assegurando a criação de 1 900 postos de trabalho até 2013, segundo os seus promotores.
O projecto que a RPP está a construir vai ter, depois de concluídas as quatro fases previstas de investimento, cinco fábricas, um centro de investigação, 60 engenheiros e uma produção estimada de um gigawatt em 2015, num projecto global integrado na área do foto voltaico que irá efectuar todo o processo de produção, desde o tratamento do silício ao fabrico dos lingotes, das células e, finalmente, dos módulos foto voltaicos.
Em declarações a um grupo de deputados socialistas eleitos por Santarém, que hoje efectuaram uma visita às obras, o empresário e administrador da RPP Solar, Alexandre Alves, afirmou que “a primeira nave está pronta para receber as linhas de montagem”, que vão ter nove robôs de tecnologia alemã, acrescentando que, “na próxima semana, o cais de embarque estará pronto“.
“Em Outubro”, precisou, “vão começar a ser produzidos os primeiros painéis solares foto voltaicos, com a entrada imediata de 120 colaboradores, que já completaram os processos formativos.
A estes colaboradores se juntarão mais 550 funcionários até ao final do ano.
Alexandre Alves disse ainda aos deputados que a empresa tem, até Dezembro, “contratualizadas vendas no valor de 73 milhões de euros, todas para exportação”.
Com um investimento inicial de cerca de cem milhões de euros, o edifício a ser inaugurado em Outubro conta com uma área de construção coberta de 28 500 metros quadrados e vai ter 7,5 quilómetros de fibra óptica e 15 quilómetros de cabo, com cave, linhas de montagem no piso zero e escritórios para os serviços administrativos e laboratórios de investigação, no primeiro andar.
Em declarações à agência Lusa, o deputado João Galamba afirmou ter ficado “bastante agradado” pela forma como está a evoluir o projecto no terreno.
“Esta fábrica é importante para a região e para o país, em termos de empregabilidade, competitividade e componente exportadora, numa área bastante importante como é o caso das energias renováveis”, afirmou.
"Saio daqui com boas perspectivas pela forma como está a evoluir um projecto que recebeu 130 milhões de euros no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional e que se apresenta como um dos grandes projectos a serem feitos na região e, pela sua dimensão, no país”, salientou.
A empresa quer afirmar-se como “a maior do sector nacional e uma das maiores da Europa e do mundo”, afirmou à Lusa o empresário e promotor do projecto, Alexandre Alves.
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