terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sociedade

Secretária de Estado da Igualdade afirmou em Ferreira de Zêzere que a “pobreza não é neutra em termos de género”
A importância da igualdade de género no combate à pobreza e na promoção do desenvolvimento e da competitividade foi hoje sublinhada num seminário, a decorrer em Ferreira do Zêzere, com a participação da secretária de Estado da Igualdade.
Elza Pais afirmou que “a pobreza não é neutra em termos de género”, exemplificando com o número de desemprego nas mulheres, que atinge os 70 por cento a nível mundial, e com o facto de estas serem a maioria dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção em Portugal.
“Apostar na igualdade é apostar no desenvolvimento e na competitividade”, disse, uma ideia partilhada pelo coordenador nacional do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social, Edmundo Martinho.
Este responsável referiu os avanços feitos nesta matéria, pedindo que os princípios incorporados nas leis passem à prática de cada um.
Celeste Simão, vereadora da Acção Social da Câmara Municipal de Abrantes e coordenadora do projecto Redes do Tejo, que promoveu o seminário, disse à agência Lusa que este projecto visa precisamente sensibilizar quem está a trabalhar no terreno para a alteração de comportamentos no esforço de combate à pobreza.
A candidatura Redes do Tejo apresentada ao Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social viabilizou a realização de um conjunto de acções de sensibilização junto das redes sociais existentes nos nove municípios do Médio Tejo aderentes e das instituições particulares de solidariedade social, parceiras no processo, disse.
A candidatura pressupõe a realização de uma actividade em cada um dos concelhos aderentes, nas quais se inclui o seminário que decorre hoje em Ferreira do Zêzere, adiantou.
A Redes do Tejo tem por objectivos articular a actuação dos diferentes agentes sociais, potenciar sinergias, competências e recursos, garantir maior eficácia nas respostas sociais locais e qualificar os agentes envolvidos nos processos de desenvolvimento local.
“A intenção não foi criar mais programas, pois já há muita coisa no terreno. É preciso pessoas mais sensíveis e comunidades capazes de combater as diferenças sociais e as desigualdades”, disse à Lusa.
Além da dinamização e constituição de comissões sociais de freguesia, a rede promoveu já um conjunto de iniciativas, estando a próxima, uma feira social, agendada para os próximos dias 16 a 18, em Torres Novas, seguindo-se, em Outubro, em todos os nove municípios, um Mês da Solidariedade.
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