Quercus denuncia irregularidades na construção do IC9
A Quercus denunciou hoje ilegalidades na construção do itinerário complementar 9 no troço Ourém-Fátima, apontando a destruição de espécies florestais protegidas e a execução de um aterro em leito de cheia onde está previsto um viaduto.
Em comunicado, a Quercus informa que “detectou a destruição de uma área de povoamento de floresta mediterrânica dominada por azinhal na serra da Seara, num baldio no limite do concelho de Tomar, onde foram abatidas centenas de azinheiras, carrascos, aroeiras e outros arbustos típicos do Maciço Calcário Estremenho sem que existisse autorização”.
Segundo a associação ambientalista, “apenas tinha sido autorizado o abate de árvores dispersas, nomeadamente 84 sobreiros adultos e 215 jovens e 6 azinheiras adultas e 40 jovens”.
A Quercus acrescenta que a concessionária “não requereu o abate das azinheiras” e acusa a Direcção Regional de Florestas de Lisboa e Vale do Tejo de ter deixado passar “esta grave situação”, defendendo o apuramento de “responsabilidades”.
Por outro lado, a associação revelou que “está a ser aterrado o leito de cheia da ribeira de Seiça em Reserva Ecológica Nacional e em solos da Reserva Agrícola Nacional, situação que tinha sido condicionada pela declaração de impacte ambiental do Ministério do Ambiente” de forma a que o “projecto de execução apenas contemplasse um viaduto”.
“No entanto, a obra está a ser executada em manifesta violação da legalidade com a construção de um enorme aterro no vale da ribeira de Seiça”, sustenta a associação que “apela à Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território, Autoridade Florestal Nacional e demais autoridades competentes para que actuem em conformidade com a gravidade desta situação”.
O dirigente da Quercus Domingos Patacho disse que a associação não está contra a execução da via, referindo que foi dado parecer positivo ao traçado em sede de avaliação de impacto ambiental.
“O que não pode acontecer é o desrespeito da declaração de impacto ambiental, que é um despacho governamental que condicionava o traçado junto à ribeira de Seiça à execução de um viaduto”, declarou Domingos Patacho.
Contactada pela agência Lusa, fonte da Estradas de Portugal, empresa dona da obra, fez saber que refuta na íntegra o conteúdo do comunicado da Quercus, remetendo para mais tarde explicações às acusações da associação ambientalista.
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A Quercus denunciou hoje ilegalidades na construção do itinerário complementar 9 no troço Ourém-Fátima, apontando a destruição de espécies florestais protegidas e a execução de um aterro em leito de cheia onde está previsto um viaduto.
Em comunicado, a Quercus informa que “detectou a destruição de uma área de povoamento de floresta mediterrânica dominada por azinhal na serra da Seara, num baldio no limite do concelho de Tomar, onde foram abatidas centenas de azinheiras, carrascos, aroeiras e outros arbustos típicos do Maciço Calcário Estremenho sem que existisse autorização”.
Segundo a associação ambientalista, “apenas tinha sido autorizado o abate de árvores dispersas, nomeadamente 84 sobreiros adultos e 215 jovens e 6 azinheiras adultas e 40 jovens”.
A Quercus acrescenta que a concessionária “não requereu o abate das azinheiras” e acusa a Direcção Regional de Florestas de Lisboa e Vale do Tejo de ter deixado passar “esta grave situação”, defendendo o apuramento de “responsabilidades”.
Por outro lado, a associação revelou que “está a ser aterrado o leito de cheia da ribeira de Seiça em Reserva Ecológica Nacional e em solos da Reserva Agrícola Nacional, situação que tinha sido condicionada pela declaração de impacte ambiental do Ministério do Ambiente” de forma a que o “projecto de execução apenas contemplasse um viaduto”.
“No entanto, a obra está a ser executada em manifesta violação da legalidade com a construção de um enorme aterro no vale da ribeira de Seiça”, sustenta a associação que “apela à Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território, Autoridade Florestal Nacional e demais autoridades competentes para que actuem em conformidade com a gravidade desta situação”.
O dirigente da Quercus Domingos Patacho disse que a associação não está contra a execução da via, referindo que foi dado parecer positivo ao traçado em sede de avaliação de impacto ambiental.
“O que não pode acontecer é o desrespeito da declaração de impacto ambiental, que é um despacho governamental que condicionava o traçado junto à ribeira de Seiça à execução de um viaduto”, declarou Domingos Patacho.
Contactada pela agência Lusa, fonte da Estradas de Portugal, empresa dona da obra, fez saber que refuta na íntegra o conteúdo do comunicado da Quercus, remetendo para mais tarde explicações às acusações da associação ambientalista.
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