sexta-feira, 5 de março de 2010

Saúde

Urgências do Hospital de Santarém vão funcionar em instalações provisórias a partir deste sábado
As urgências do Hospital Distrital de Santarém (HDS) começam sábado a funcionar em instalações provisórias por um período de nove meses, tempo previsto para as obras de ampliação e requalificação do serviço.
O atendimento das urgências passará a ser feito "numa estrutura ampla de pré-fabricados, onde, apesar das circunstâncias, se pretendem garantir aos doentes e aos profissionais condições melhores do que aquelas de que vinham usufruindo", afirma a administração do HDS em comunicado.
A obra de ampliação e requalificação do Serviço de Urgência, orçada em 7 milhões de euros, visa triplicar a capacidade de atendimento e melhorar a qualidade do serviço prestado, disse à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração (CA) do HDS, José Josué.
O serviço que agora entra em obra foi construído há 25 anos para uma procura estimada de 50.000 doentes por ano, sendo a procura actual de cerca de 130.000 doentes por ano, disse.
No comunicado, o CA do HDS afirma estar "consciente que a solução encontrada não é a ideal", mas que "foi a melhor possível", comprometendo-se a proporcionar no novo Serviço de Urgência, "ao dispor já em 2011", de "melhores condições de acolhimento e de atendimento aos doentes e de desempenho dos profissionais".
Os acessos às instalações provisórias, quer pedonal quer para viaturas, estarão "devidamente sinalizados", afirma o comunicado.
O CA do HDS apela ainda aos cidadãos para que usem como recurso de primeira linha os cuidados de saúde primários, sublinhando que, com a criação das Unidades de Saúde Familiar, os centros de saúde garantem actualmente "disponibilidade de atendimento médico a praticamente todos os utentes e em todos os dias da semana".
Abrangendo uma população de 192.000 pessoas na sua área de influência, o Hospital de Santarém tem vindo a registar um crescimento anual da ordem dos 5 a 7 por cento, agravado pelo envelhecimento da população.
A obra agora iniciada, financiada em 70 por cento pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), vai "alterar de forma radical toda a estrutura, circuitos e modelo de funcionamento" das Urgências, segundo José Josué.
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