quarta-feira, 17 de março de 2010

Sociedade

ASAE encerra mercado de Abrantes
A “falta de higiene e insuficiências sanitárias” estiveram na origem do encerramento do mercado diário de Abrantes pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), informou a presidente da autarquia.
Segundo disse à agência Lusa Maria do Céu Albuquerque, a visita que a ASAE fez hoje ao centenário Mercado Diário Municipal “levou à suspensão de imediato” do estabelecimento, “alegando o incumprimento das regras de higiene” e, acrescentou, “colocando sérias dificuldades financeiras a 11 comerciantes” que ali realizam actividade.
“Tudo fizemos para impedir que acontecesse desta maneira, assim de um dia para o outro, até porque existem famílias que vivem desta actividade comercial, e não conseguimos encontrar entendimento para que pudéssemos continuar a actividade com a capacidade que nos responsabilizava de podermos a curto prazo reinstalar o mercado, mesmo que provisoriamente, num outro local”, disse a autarca.
“O que é certo é que a actividade comercial está suspensa e o mercado está selado pela ASAE”, afirmou.
“Já reunimos com 11 dos comerciantes que fazem o mercado todos os dias para tentar perceber qual era a implicação nas suas vidas pessoais, profissionais e familiares e percebemos que a grande maioria depende desta actividade, o que implica que tomemos medidas rápidas para podermos ultrapassar esta situação, adiantou.
“O estado a que chegou o mercado diário deve-se a uma degradação das condições do imóvel mas, e apesar da vontade de avançar para a reconstrução do edifício, não encontramos condições para o fazer porque as dificuldades económicas das nossas empresas são imensas”, disse a autarca, realçando que é de “urgência imediata” a resolução da situação, no sentido de causar o menor prejuízo aos vendedores.
“Queremos avançar com um projecto de fundo para a instalação do mercado numa outra zona dentro do centro histórico, mas, para já, temos duas alternativas em cima da mesa”, disse a presidente de Câmara.
“Instalar em dois espaços comerciais no centro histórico da cidade um espaço para a venda de legumes, fruta e hortaliça e outro para a venda de carnes, ou efectuar uma pequena intervenção que qualifique minimamente o actual espaço do mercado, de maneira a que a ASAE permita que seja levantada esta suspeição e que a actividade seja retomada até ao início do funcionamento do novo espaço”, enumerou.
“Este é o nosso compromisso”, afirmou: “Criar de imediato condições para reinstalar os comerciantes em lojas no centro histórico ou no próprio mercado, com uma adaptação prevista pela ASAE, numa situação transitória, para que possam retomar a actividade dentro de dias e, por outro lado, avançarmos rapidamente com a possibilidade de instalar definitivamente o mercado no edifício da antiga oficina da rodoviária.”
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