Autarquias querem clarificação sobre situação da linha ferroviária entre o Setil e Coruche
As câmaras municipais de Coruche, Cartaxo e Salvaterra de Magos querem que o secretário de Estado dos Transportes clarifique se a ligação ferroviária entre Setil e Coruche se vai ou não manter a partir de 01 de Fevereiro.
Dionísio Mendes, presidente da Câmara de Coruche, disse hoje à agência Lusa que as autarquias não aceitam a decisão da CP de encerrar um serviço que está a funcionar desde Setembro de 2009 graças a um protocolo assinado entre a empresa e os três municípios.
A CP alega que os municípios não estão a pagar o valor a que se comprometeram aquando da assinatura do protocolo, tendo fonte da empresa dito à Lusa que o valor em dívida ascende actualmente aos 280.000 euros e que têm sido goradas todas as tentativas para uma regularização dos pagamentos.
Dionísio Mendes afirmou que, no caso de Coruche, foi apresentado um plano de pagamentos e que as outras autarquias estarão na disposição de fazer o mesmo e acusou a empresa de também ela não estar a cumprir com o acordado.
Para o autarca, interessa esclarecer se a decisão anunciada pela CP em Dezembro, de encerrar o serviço a partir de 01 de Fevereiro, tem de facto a ver com as verbas em atraso das autarquias ou se insere na política de redução de custos anunciada em Dezembro e na qual este era um dos serviços na lista dos que serão para suprimir.
“Queremos que a tutela diga claramente se quer ou não este serviço a funcionar”, disse, sublinhando que os três municípios aguardam desde Outubro a marcação de uma reunião com o secretário de Estado dos Transportes.
O autarca referiu que o protocolo assinado em 2009 foi uma iniciativa da tutela, então sob a alçada de Ana Paula Vitorino, tendo sido apresentado como um caso exemplar em que as autarquias assumiam parte do custo de um serviço tradicionalmente deficitário e que poderia servir de “pedagogia” para outras situações.
O protocolo, que permite a ligação ferroviária entre Coruche e Setil e a partir daqui para Lisboa, prevê que os custos de exploração não cobertos pela receita sejam repartidos entre a CP (50 por cento) e as três autarquias (os restantes 50 por cento).
O presidente da autarquia do Cartaxo, Paulo Caldas, disse à Lusa que o protocolo previa uma revisão ao fim de dois anos, lamentando uma decisão que classifica de “unilateral” por parte da CP sem que tenha ocorrido essa avaliação.
No seu entender, uma das soluções para o problema seria o alargamento da linha suburbana da Azambuja para o Setil, que tornaria o serviço mais rentável para a empresa e mais vantajoso para os passageiros, lembrando que a autarquia investiu na melhoria do acesso rodoviário àquela estação.
Para Dionísio Mendes, além do alargamento da linha suburbana, é necessário rever a necessidade de os passageiros comprarem dois passes e alguns dos horários, o que tornaria mais atractivo o serviço, situações discutidas numa reunião entre as partes realizada em Outubro.
O autarca acusa ainda a CP de não ter investido na promoção da linha, como se comprometeu no protocolo, e a Refer de não ter feito as melhorias nas estações que haviam sido acordadas.
A CP alega ainda a baixa utilização do serviço, com uma média de 14 passageiros por comboio, referindo que desde Setembro de 2009 foram transportados um total de 37.000 passageiros (uma média de 3.200/mês em 2010 contra os 3.700/mês em 2009).
As câmaras municipais de Coruche, Cartaxo e Salvaterra de Magos querem que o secretário de Estado dos Transportes clarifique se a ligação ferroviária entre Setil e Coruche se vai ou não manter a partir de 01 de Fevereiro.
Dionísio Mendes, presidente da Câmara de Coruche, disse hoje à agência Lusa que as autarquias não aceitam a decisão da CP de encerrar um serviço que está a funcionar desde Setembro de 2009 graças a um protocolo assinado entre a empresa e os três municípios.
A CP alega que os municípios não estão a pagar o valor a que se comprometeram aquando da assinatura do protocolo, tendo fonte da empresa dito à Lusa que o valor em dívida ascende actualmente aos 280.000 euros e que têm sido goradas todas as tentativas para uma regularização dos pagamentos.
Dionísio Mendes afirmou que, no caso de Coruche, foi apresentado um plano de pagamentos e que as outras autarquias estarão na disposição de fazer o mesmo e acusou a empresa de também ela não estar a cumprir com o acordado.
Para o autarca, interessa esclarecer se a decisão anunciada pela CP em Dezembro, de encerrar o serviço a partir de 01 de Fevereiro, tem de facto a ver com as verbas em atraso das autarquias ou se insere na política de redução de custos anunciada em Dezembro e na qual este era um dos serviços na lista dos que serão para suprimir.
“Queremos que a tutela diga claramente se quer ou não este serviço a funcionar”, disse, sublinhando que os três municípios aguardam desde Outubro a marcação de uma reunião com o secretário de Estado dos Transportes.
O autarca referiu que o protocolo assinado em 2009 foi uma iniciativa da tutela, então sob a alçada de Ana Paula Vitorino, tendo sido apresentado como um caso exemplar em que as autarquias assumiam parte do custo de um serviço tradicionalmente deficitário e que poderia servir de “pedagogia” para outras situações.
O protocolo, que permite a ligação ferroviária entre Coruche e Setil e a partir daqui para Lisboa, prevê que os custos de exploração não cobertos pela receita sejam repartidos entre a CP (50 por cento) e as três autarquias (os restantes 50 por cento).
O presidente da autarquia do Cartaxo, Paulo Caldas, disse à Lusa que o protocolo previa uma revisão ao fim de dois anos, lamentando uma decisão que classifica de “unilateral” por parte da CP sem que tenha ocorrido essa avaliação.
No seu entender, uma das soluções para o problema seria o alargamento da linha suburbana da Azambuja para o Setil, que tornaria o serviço mais rentável para a empresa e mais vantajoso para os passageiros, lembrando que a autarquia investiu na melhoria do acesso rodoviário àquela estação.
Para Dionísio Mendes, além do alargamento da linha suburbana, é necessário rever a necessidade de os passageiros comprarem dois passes e alguns dos horários, o que tornaria mais atractivo o serviço, situações discutidas numa reunião entre as partes realizada em Outubro.
O autarca acusa ainda a CP de não ter investido na promoção da linha, como se comprometeu no protocolo, e a Refer de não ter feito as melhorias nas estações que haviam sido acordadas.
A CP alega ainda a baixa utilização do serviço, com uma média de 14 passageiros por comboio, referindo que desde Setembro de 2009 foram transportados um total de 37.000 passageiros (uma média de 3.200/mês em 2010 contra os 3.700/mês em 2009).
*Lusa
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