segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Política

Bloco de Esquerda exige que o governo aposte no transporte ferroviário
O BE exigiu hoje em Marinhais que o Governo aposte na ferrovia no dia em que as autarquias de Salvaterra de Magos, Coruche e Cartaxo viram assegurada a continuidade do transporte de passageiros na linha Coruche-Setil.
"Pensamos que deve haver da parte do Governo uma aposta convicta na ferrovia como o principal instrumento para uma estratégia de mobilidade em transportes colectivos", defendeu esta tarde José Gusmão, deputado bloquista eleito pelo distrito de Santarém numa conferência de imprensa realizada junto à estação da comboios de Marinhais, freguesia do concelho de Salvaterra de Magos.
O objectivo da acção do Bloco de Esquerda foi reivindicar o não encerramento do transporte ferroviário de passageiros entre Coruche e Setil já a partir do dia 1 de Fevereiro, como havia sido anunciado pela CP.
Entretanto, as autarquias anunciaram terem conseguido a manutenção da linha, depois de uma reunião esta tarde com o conselho de administração da CP.
Para o deputado do Bloco de Esquerda, é importante que o problema do possível encerramento das linhas ferroviárias consideradas menos rentáveis seja analisado entre as Câmaras, a CP e o Ministério das Obras Públicas.
"Não se compreende como é que num contexto em que há aumento dos combustíveis e em que há compromissos de natureza ambiental que o Estado português assumiu, haja um desinvestimento na ferrovia e uma estratégia de privatização de linhas rentáveis que tiram financiamento às linhas que, sendo menos rentáveis, são vitais para uma estratégia de mobilidade", referiu José Gusmão.
O bloquista defendeu ainda a necessidade desta questão ser analisada "tendo em conta um critério de necessidade social e não critérios de rentabilidade".
O grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Ministério das Obras Públicas sobre a situação do possível encerramento da linha ferroviária Coruche-Setil.
"Pretendemos saber quais os compromissos que o Governo está disponível para assumir do ponto de vista da manutenção de uma linha com estas características porque o problema da ferrovia tem que ser encarado do ponto de vista da mobilidade como um bem público, porque a coesão territorial tem que ser uma responsabilidade nacional", referiu José Gusmão.
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