quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Economia

Secretário de Estado das Florestas defende “Plano de Desenvolvimento Rural para o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros”
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural defendeu hoje a importância do plano de desenvolvimento rural para o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) para potenciar os produtos locais e fixar a população.
“O plano deve garantir investimentos que permitam criar riqueza e combater o êxodo rural”, afirmou à agência Lusa Rui Barreiro no final de uma visita aos concelhos de Alcanena e Porto de Mós, municípios que estão a liderar um plano estratégico para valorizar os recursos endógenos da área protegida.
Segundo o governante, a iniciativa intermunicipal, que pode ser estendida a outros concelhos cujo território integra o PNSAC, passa por criar condições para o desenvolvimento de actividades que são já consideradas “tradicionais” naquela região, como a pecuária e a produção de azeite ou de queijos.
Admitindo que em áreas protegidas “há sempre condicionalismos”, Rui Barreiro realçou, contudo, que “não há parque natural que resista sem manter, no seu seio, população”.
“É possível, como é desejável, uma sã convivência entre o ambiente e outras actividades desenvolvidas pela população”, considerou o responsável.
O secretário de Estado anunciou a disponibilização de dois técnicos das direcções regionais de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro, assim como de um elemento da Direcção-geral de Veterinária (DGV), para acompanhar e apoiar o plano de desenvolvimento rural.
“Esta região tem uma paisagem única, que é uma das suas riquezas, mas temos de criar condições para que outras riquezas ajudem à criação de emprego e à fixação de população”, sublinhou Rui Barreiro.
O presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, João Salgueiro, adiantou à Lusa que a criação do plano de desenvolvimento rural resultou “da necessidade de valorizar os produtos regionais e as tradições” que existem na serra.
“Por exemplo, a pecuária teve grande importância no passado, mas mantém ainda alguns bons núcleos”, declarou, admitindo ser possível “a criação de condições para que produtos como a carne, o azeite ou o queijo venham a ter denominação de origem”.
Segundo o autarca, com essa classificação “acrescenta-se valor aos produtos da serra”, aumentando a sua rentabilidade.
“Articulando com as direcções regionais, com a DGV, com o Instituto de Conservação da Natureza, penso que vamos conseguir potenciar tão importantes produtos para a economia local”, acrescentou João Salgueiro.
*Lusa
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