quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Educação

Agrupamento de Escolas de Samora Correia tem falta de pessoal operacional
Professores, encarregados de educação e pessoal auxiliar do Agrupamento de Escolas de Samora Correia, Benavente, estão a desdobrar-se em diversas tarefas para assegurar o funcionamento dos estabelecimentos de ensino.
“Neste momento, os assistentes e os professores fazem de acompanhantes nas refeições e intervalos, onde é necessária vigilância”, explicou à agência Lusa César Barreira, director do Agrupamento de Escolas de Samora Correia, acrescentando que, apesar da falta de operacionais, “procurou-se salvaguardar os interesses dos alunos e não afectar as actividades lectivas”.
Segundo César Barreira, os rácios da Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DREL) apontam para um défice de 11 assistentes operacionais nas escolas do Agrupamento.
No ano lectivo anterior, o problema foi resolvido através do recurso aos Contratos de Emprego Inserção, mas “este ano lectivo, atendendo aos novos moldes de funcionamento deste programa, ainda não foi possível a colocação das 11 pessoas autorizadas”, realçou o director.
No início das aulas, em Setembro, a falta de pessoal não docente foi colmatada pela atribuição de 70 horas, por parte da DREL, para a celebração de contratos a termo, no entanto, os contratos terminaram a 17 de Dezembro e, desde então, o problema agravou-se.
Segundo a mesma fonte “em Dezembro, foi novamente solicitada à DREL a prorrogação das 70 horas, para celebração de novos contratos a termo, tendo havido resposta positiva”.
Neste momento, decorrem os trâmites legais inerentes ao concurso público e o responsável pelo Agrupamento acredita que, na próxima semana, possa haver a reposição da situação.
“Esperemos que a solução transitória esteja encontrada, mas a solução definitiva passaria pela reposição dos 11 assistentes operacionais em falta”, disse, sublinhando que a estes deve juntar-se mais seis “que entretanto foram reformados e não foram substituídos”.
A situação está também a preocupar os autarcas locais. O presidente da Câmara de Benavente, António José Ganhão, afirmou à Lusa que já enviou um dossier sobre o assunto à secretaria de Estado da Educação.
“Levantei o problema não apenas de Samora Correia, mas enquanto dirigente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, de uma situação que está a ser vivida em toda a Área Metropolitana de Lisboa”, disse o autarca, adiantando: “podemos vir a cair rapidamente numa situação de as escolas poderem paralisar por falta de pessoal”.
O Agrupamento de Escolas de Samora Correia integra as escolas EB 2,3 Dr. João Fernandes Pratas, EB1 das Acácias, Centro Escolar e jardins-de-infância do Brejo e António José Ganhão, num total de cerca 1702 alunos.
*Lusa
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