quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sociedade

Autarquia de Benavente preocupada com aumento de criminalidade violenta no concelho
A Câmara de Benavente pediu uma audiência ao ministro da Administração Interna para que seja reanalisada a colocação de meios humanos e materiais das forças de segurança no concelho, que está a ser afectado por episódios de criminalidade violenta.
António José Ganhão, presidente da autarquia, disse hoje à agência Lusa que foi já entregue ao ministro Rui Pereira um dossier “detalhado” sobre a situação de segurança no concelho, aguardando agora os autarcas que este os receba em audiência.
“Com o agudizar da crise perspectiva-se um aumento da criminalidade que tem expressão violenta, como aconteceu recentemente num armazém de produtos chineses no Porto Alto”, disse.
O autarca frisou o facto de o seu concelho se situar na vizinhança de “uma grande urbe”, Lisboa, e de ser o município do distrito de Santarém que tem registado o maior crescimento demográfico e económico.
Por isso, entende que deve ser feita uma reanálise dos meios das forças de segurança, já que há concelhos que têm vindo a perder população e mantêm os mesmos efectivos, enquanto Benavente, apesar do crescimento, nem sequer tem preenchido o quadro de efectivos previstos, tanto na sede de concelho como na cidade de Samora Correia.
Segundo disse, o crescimento demográfico e económico do concelho levou à “multiplicação das diligências, acções de trânsito e fiscalização, acompanhamentos nos tribunais”, pelo que os efectivos existentes “não conseguem o milagre de estar na rua”.
Estas preocupações, “aliadas à melhoria das acessibilidades (que trazem para a zona a criminalidade violenta proveniente da Grande Lisboa), revelam a debilidade” dos meios existentes, disse.
Além do reforço de meios materiais e humanos, a autarquia reivindica a colocação de um posto da GNR no fecho da Circular Regional de Lisboa (CREL), na ligação à A13, que funcionaria como “uma barreira psicológica nas manobras dos assaltantes”.
O autarca acrescentou que, precisamente na zona de Santo Estêvão, foram já encontradas abandonadas viaturas envolvidas em assaltos violentos, nomeadamente a ourivesarias.
“Se existisse o efeito barreira, seria dissuasor”, afirmou.
*Lusa
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