sábado, 22 de janeiro de 2011

Política

Vereadores do PS de Salvaterra de Magos consideram "um erro do ponto de vista da prática democrática" o anunciado boicote às eleições na freguesia do Granho
Os vereadores da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos eleitos em listas do PS consideram que o anunciado boicote às eleições presidenciais na freguesia do Granho é "um erro do ponto de vista da prática democrática".
"A decisão de boicotar actos eleitorais é um erro do ponto de vista da prática democrática, pois somos nós próprios a excluir-nos do exercício de um dos direitos que conquistámos com o 25 de Abril de 1974", sustentam os vereadores Hélder Manuel Esménio e João Manuel Simões, em comunicado.
A população da freguesia do Granho, concelho de Salvaterra de Magos, está disposta a não votar nas eleições presidenciais de domingo, como forma de protesto pela falta de médicos de família na extensão de saúde.
Um folheto anónimo, distribuído pelas caixas do correio dos moradores, apela a que "todos os residentes do Granho não votem nas eleições de dia 23 de Janeiro".
Em causa, está, segundo o documento, o "desrespeito com esta população com a não colocação de médico de família e serviços de enfermagem no posto de saúde do Granho e com a possibilidade de encerramento cada vez mais evidente".
A extensão de saúde do Granho, juntamente com a da freguesia de Muge, no mesmo, estão sem médico desde Outubro, quando o clínico contratado em prestação de serviços cessou funções.
Apesar de não concordarem com o boicote às eleições, os dois vereadores eleitos em listas do PS reconhecem a "injustiça" de que são alvos as pessoas que residem naquelas duas freguesias.
"Mas temos de nos perguntar, o que mais pode fazer o Povo do Granho e até de Muge?! São populações envelhecidas, ordeiras, de gente de trabalho. O que mais podem os seus autarcas fazer para denunciarem a injustiça que aquelas populações estão a sofrer?!", lê-se no comunicado.
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