terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Política

Deputado do BE anunciou a entrega no Parlamento de um projecto para a suspensão do processo de introdução de portagens na A23
O deputado do BE eleito por Santarém anunciou hoje a entrega na Assembleia da República de um projecto de resolução que visa a suspensão do processo de introdução de portagens na A23.
A introdução de um regime efectivo de cobrança de taxas de portagens na A23, até aqui sem custos para o utilizador, está prevista até 15 de Abril.
José Gusmão falou aos jornalistas na sede do BE, em Abrantes, onde afirmou ser “contra” a ideia da introdução de cobrança de portagens na A23, tendo vincado que a medida, nomeadamente no troço que liga Torres Novas e Abrantes, é “injusta, irracional e contraproducente”.
A medida, a ser implementada naquele troço, “coloca em causa os objectivos estratégicos da construção do IP6 e da sua posterior alteração para uma auto-estrada sem custos para os utilizadores”, defendeu.
O deputado acrescentou que o troço Torres Novas/Abrantes está sob a responsabilidade das Estradas de Portugal (EP), sendo a empresa Scutvias a concessionária de toda a A23, para além de Abrantes, tendo desafiado os deputados eleitos pelo distrito de Santarém a assumirem as suas responsabilidades.
“Todos os autarcas do Médio Tejo aprovaram moções de rejeição a tal medida e as estruturas partidárias distritais, à excepção do CDS-PP, também já se pronunciaram publicamente contra a introdução de portagens, sendo o seu impacto negativo por todos reconhecido, quer ao nível económico quer da mobilidade”, afirmou.
José Gusmão disse “existir um grande consenso” para que o troço da A23 entre Torres Novas e Abrantes não seja portajado, tendo apelado a todos os deputados eleitos por Santarém para que “tomem uma posição concertada e façam-se ouvir em uníssono” junto do Governo e no Parlamento.
O deputado afirmou ainda ter escrito “pessoalmente” a todos os deputados eleitos por Santarém “para que a concertação fosse feita”, não tendo, no entanto, a missiva obtido resposta. “Os deputados não se dignaram responder mas vão ter de clarificar de que lado estão”, afirmou.
“O contrato de confiança assumido com as populações menos desenvolvidas, para favorecer a acessibilidade territorial, não pode, nem deve, ser alterado, tanto mais quando as condições de atraso de desenvolvimento dessas localidades que justificaram a isenção de portagens não foram superadas”, defendeu.
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