sexta-feira, 9 de abril de 2010

Economia


Ministro da Agricultura defendeu em Santarém que a agricultura necessita de mais apoio do Ministério da Economia para uma maior internacionalização
O ministro da Agricultura, António Serrano, defendeu hoje em Santarém que a internacionalização da agricultura portuguesa deve contar com mais apoio e articulação do Ministério da Economia.
Numa reunião com agricultores e associações de produtores da região de Lisboa e Vale do Tejo, que decorreu no Cnema, em Santarém, António Serrano referiu que foi criado um grupo de trabalho para promover as exportações no sector agrícola e que permitirá articular o trabalho com os programas de internacionalização do Ministério da Economia.
“Durante anos, este sector esteve esquecido pelo Ministério da Economia e esperamos poder melhorar essa estratégia de internacionalização para garantirmos que não ficamos dependentes de interesses internacionais que acabam por esmagar a agricultura portuguesa”, afirmou o ministro da Agricultura.
“Temos que colocar a agricultura na agenda nacional porque é um sector estratégico, talvez o mais importante do país, e que nos garante elevados níveis de aprovisionamento interno e a nossa subsistência”, referiu ainda o ministro.
António Serrano referiu ainda que espera uma atitude “mais assertiva” por parte da Autoridade da Concorrência relativamente às alegadas práticas de “dumping“ na comercialização de produtos agrícolas.
Por outro lado, o ministro referiu que é preciso agilizar a criação de uma agência para a comercialização dos produtos agrícolas mas não sem antes se assistir à criação de organizações interprofissionais mais organizadas dentro do sector.
“Defendemos a fusão de associações, pois assim será mais fácil fazer o diálogo e trabalhar em conjunto. Reunir com todas as associações existentes no país é um trabalho colossal”, referiu António Serrano.
Neste encontro com agricultores, António Serrano entregou, simbolicamente, a um conjunto de 30 entidades - associações, empresas e empresários em nome individual - os pagamentos dos contratos Proder num volume total de apoios na ordem os 10 milhões de euros. O governante referiu ainda à Lusa que, nesta altura, o Proder tem já uma taxa de execução na ordem dos 17 por cento e garantiu que está a ser feito um esforço de “aceleração” quer na aprovação, quer no pagamento destes apoios comunitários.
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