Moita Flores saudou esta tarde em Santarém a associação do Estado à Fundação da Liberdade
O presidente da câmara municipal de Santarém saudou hoje a associação do Estado à Fundação da Liberdade, que vai ser instalada na antiga Escola Prática de Cavalaria onde “está o repositório de muitos sonhos de liberdade”.
Francisco Moita Flores, independente eleito pelo PSD, referiu que a ideia da criação da Fundação da Liberdade nasceu “no tempo em que se soube que a EPC, desastradamente, iria sair de Santarém” e que foi no quadro das compensações pela não construção do novo aeroporto na Ota que se “começou a desenhar o futuro”.
Foi por isso que Moita Flores fez questão de destacar hoje, com uma lembrança (um dos relógios herdados do mandato do socialista José Miguel Noras), o papel desempenhado nesse processo pelo ex ministro das Obras Públicas Mário Lino e pelo economista Augusto Mateus, mediador “incansável” nas negociações, entre outros.
Também o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, foi distinguido pelo “empenho” com que tem procurado resolver “os problemas de protecção civil no concelho”.
Numa cerimónia que contou ainda com a presença do ministro da Justiça e de todos os seus secretários de Estado, da secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz (que já foi vereadora na Câmara de Santarém), Moita Flores distinguiu ainda os sociais democratas Miguel Relvas e José Gandarez, que com ele discutiram, de início, o que fazer no espaço da EPC.
Ao primeiro-ministro, Moita Flores fez questão de entregar um cravo vermelho, referindo a “admiração” que nutre por José Sócrates, um cumprimento retribuído por este.
Sócrates, que em agosto de 2009 foi agraciado com a medalha de ouro da cidade de Santarém (num gesto que gerou polémica por se ter seguido a críticas do autarca à então presidente do PSD), declarou-se “muito sensibilizado” com as palavras de Moita Flores, de quem confessou ser “admirador de há muitos anos, acima das naturais divergências de pontos de vista ou de opinião”.
A cerimónia de anúncio da formalização da Fundação da Liberdade foi aberta pela ex deputada e ex vereadora na Câmara Municipal de Santarém Luísa Mesquita, uma escolha de Moita Flores pela sua “desvinculação político-partidária”, o que a colocava “no sítio ideal para nos falar da Liberdade”, disse o autarca à agência Lusa.
Para Moita Flores, a decisão do Governo de associar o Estado à Fundação da Liberdade revela um “Portugal de braços abertos ao mundo, sem preconceitos, tolerante e fraterno com os povos de todos os lados”.
“Todos aqueles que têm orgulho no seu país e na sua história têm orgulho nesta decisão que associa o 25 de Abril a este recinto de onde partiu Salgueiro Maia”, afirmou.
O primeiro-ministro considerou um “ato de justiça” associar Santarém ao 25 de Abril com a criação da Fundação da Liberdade, prometendo a Moita Flores estar a seu lado “para enfrentar todas as dificuldades” que o procjeto venha a ter.
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