sábado, 24 de abril de 2010

Sociedade

Fundação da Liberdade vai criar um "percurso" destinado aos jovens no conhecimento dos valores da Liberdade, da Paz e da Cidadania
A Fundação da Liberdade, cuja criação vai ser anunciada domingo pelo primeiro-ministro, em Santarém, vai criar um "percurso" destinado a crianças e jovens, numa viagem pelo "conhecimento" marcada pelos valores da Liberdade, da Paz e da Cidadania.
Ana d'Avó, coordenadora do projecto que o presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores, tem vindo a defender para as antigas instalações da Escola Prática de Cavalaria, disse à agência Lusa que a Fundação da Liberdade vai dar a conhecer os "feitos mais belos e os mais trágicos da História da Humanidade".
Frisando que não se tratará de um mero parque temático porque a Fundação vai para além dos espaços lúdicos, tendo sempre por base a aprendizagem e o conhecimento, Ana d'Avó afirmou que este será "um centro de estudo e reflexão para todos os que se interessam pelos Direitos Humanos, a Paz, a Liberdade e a Cidadania".
Desde que assumiu a gestão da Câmara Municipal de Santarém, em 2005, Moita Flores tem reivindicado para Santarém - cidade de onde partiu a coluna comandada por Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril de 1974 (decisiva para o derrube da ditadura) - o título de capital da liberdade.
A Fundação vai integrar, para já, o Estado, a autarquia, a Associação 25 de Abril e a Fundação Passos Canavarro, estando prevista a entrada de um privado numa fase posterior, de forma a garantir a sustentabilidade financeira do projecto.
O percurso vai ser criado num dos edifícios da antiga EPC, "sem ferir o espaço exterior", disse Ana d'Avó.
Terá como grandes temáticas as questões dos Direitos Humanos, dos Direitos da Terra e da Liberdade, fazendo uma viagem pelo conhecimento, transversal a todas as disciplinas ministradas nas escolas, afirmou.
Terá, por isso, como público alvo os alunos desde o pré-escolar ao 12.º ano de escolaridade, ficando igualmente aberta a todos os adultos que a queiram visitar.
A Fundação deverá ainda acolher organizações não governamentais, nacionais e internacionais, que desenvolvam a sua actividade em torno das temáticas dos direitos humanos, cidadania, paz e liberdade.
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