segunda-feira, 5 de abril de 2010

Cultura



Imagem:A.Anacleto
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Secretário de Estado da Cultura considera Constância uma “referência” para quem queira estudar Camões

O secretário de Estado da Cultura considerou hoje que Constância é “uma referência” para quem queira estudar Camões, sustentando que "o património é um dos componentes mais importantes para o futuro do nosso país”.
Presidindo em Constância às comemorações das festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, Elísio Summavielle visitou as ruas floridas da vila cantada pelo poeta, o jardim horto camoniano e a futura Casa Memória de Camões, tendo depois assistido à chegada de cerca de uma centena de embarcações ao cais da vila, provenientes de 17 municípios ribeirinhos, devidamente engalanadas para a cerimónia da bênção da padroeira dos marítimos.
O governante destacou à Lusa o “alto momento estético” e a “envolvência” da população que engalanou e decorou as ruas, becos e vielas de Constância, tendo afirmado que o património mais importante que existe “são as pessoas”.
Segundo Elísio Summavielle, a dimensão imaterial da festa é “muito importante” porque permite um “registo e inventariação de todo o património da cultura avieira e das populações ribeirinhas”.
Em particular, o governante destacou o trabalho de estudo e referenciação da figura de Camões realizado em Constância ao longo dos anos.
“É muito importante referenciar Camões aqui em Constância, e o centro de documentação e o futuro centro de estudos camonianos” merecem “ser acarinhados” porque este é “um local de referência para quem queira estudar a sua vida e obra, sejam historiadores ou estudantes portugueses ou estrangeiros”.
Por seu turno, Máximo Ferreira, presidente da Câmara de Constância, disse à agência Lusa que as gentes da vila “respiram” Camões e que quem a visita “sente algo de místico e poético no ar”, numa terra que considerou “única e abençoada” pelo facto de ter crescido na confluência de dois rios, o Tejo e o Zêzere.
“Este amor pela tradição”, continuou, “é bem espelhado por toda este gente da borda de água, que hoje se juntou aqui para renovar a história, provenientes de tantos concelhos ribeirinhos, para um momento de exaltação da memória comum”, acrescentando que o processo de conclusão da Casa Memória de Camões, iniciado há duas décadas, “é um processo imparável”.
Trajados a rigor e com as suas embarcações engalanadas a preceito para a cerimónia da bênção da padroeira da Boa Viagem, Manuel Ribeiro e Pedro Pelarigo, provenientes de Tomar e das Caneiras de Santarém, respetivamente, afirmaram à agência Lusa partilhar um “sentimento identitário” comum.
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