quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ensino

Três candidatos concorrem à presidência do Politécnico de Santarém
O Conselho Geral do Instituto Politécnico de Santarém elege, na próxima terça-feira, o presidente do IPS para o mandato 2010/2014, cargo para o qual concorrem, além da actual presidente, os directores das Escolas Superiores Agrária e de Gestão e Tecnologia.
Maria de Lurdes Asseiro, actual presidente do IPS, Jorge Justino, director da ESAS, e Jorge Faria, director da ESGTS, vão ser submetidos a uma audição perante o Conselho Geral, que integra 21 membros, na véspera da eleição, numa sessão que está marcada para segunda-feira no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Santarém.
Na primeira sessão pública de apresentação das candidaturas, realizada quarta-feira na Escola Superior de Educação de Santarém, o presidente do Conselho Geral, Alexandre Caldas, alertou para o "papel fundamental" que o próximo presidente do IPS terá, num contexto de "ruptura" e "mudança" no ensino superior, na escolha do caminho que irá determinar o futuro desta instituição de ensino.
O IPS integra as escolas superiores Agrária, de Desporto, de Educação, de Gestão e Tecnologia e de Saúde, sendo frequentado por um total de cerca de 5.000 alunos (4.000 dos quais de primeiro ciclo - licenciatura - e mil de segundo ciclo - pós-graduações e mestrados).
Lurdes Asseiro, 61 anos, professora coordenadora, licenciada em Enfermagem e mestre em "Comportamento Organizacional", propõe "consolidar" o projecto que iniciou no mandato que agora termina e que visa "o desenvolvimento e a afirmação do instituto" na região e no país.
Jorge Justino, 61 anos, professor coordenador com agregação, licenciado e doutorado em engenharia química, propõe-se regressar à liderança de uma instituição a que presidiu durante dez anos (1996/2006) para pugnar pela "excelência" e qualidade do ensino.
Jorge Faria, 53 anos, professor coordenador, licenciado em Economia e doutorado em Gestão de Empresas, defende um projecto de "modernização e de qualidade que desenvolva competências e valorize as pessoas".
Na primeira sessão pública de apresentação das candidaturas, os candidatos foram confrontados com questões como o seu posicionamento em relação a alianças com outras instituições de ensino superior, tendo em conta a "pequenez" do IPS e o facto de se encontrar num distrito onde existem dois politécnicos (Santarém e Tomar).
Jorge Faria é o único que dedica um ponto do seu programa aos "acordos de associação e consórcios", prometendo dar prioridade à articulação da actividade do IPS com outras instituições de ensino superior, sobretudo a nível regional, "sem prejuízo da manutenção da nossa identidade e autonomia".
Já Jorge Justino admite uma parceria com o Politécnico de Tomar, mas "associando uma instituição maior", um processo que, garantiu, passará por uma consulta às várias escolas que integram o IPS.
Para Lurdes Asseiro, o IPS deve procurar realizar parcerias e consórcios preferencialmente "a Sul", lembrando a ligação a Lisboa e outras que se foram estabelecendo com o Alentejo, decorrentes do facto da Lezíria estar ligada a esta região por causa dos fundos comunitários, embora admita acordos específicos com Tomar, sempre garantindo a "autonomia e identidade" do IPS.
*Lusa
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