Bloco de Esquerda denuncia a grave situação da Fábrica de Fiação e Tecidos de Torres Novas
O Bloco de Esquerda questionou hoje a administração da Fábrica de Fiação e Tecidos de Torres Novas e o Governo sobre o que estão a fazer para salvar a empresa e preservar os perto de 150 postos de trabalho.
O deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo círculo eleitoral de Santarém, José Gusmão, e António Gomes, da coordenadora distrital e eleito da Assembleia Municipal de Torres Novas, denunciaram, em conferência de imprensa, a grave situação da empresa, que, no seu entender, não pode continuar a ser ignorada pela opinião pública.
António Gomes disse à agência Lusa lamentar que a administração da empresa tenha cancelado a reunião que esteve marcada para 15 de Dezembro sem que tenha voltado a mostrar disponibilidade para responder à solicitação do BE, frisando que há inúmeras questões que é urgente esclarecer.
"Há um pano de silêncio sobre tudo isto o que nos causa receios", disse, sublinhando que a colocação de trabalhadores em lay-of, como aconteceu na Fábrica de Fiação e Tecidos de Torres Novas em Junho de 2009, é uma medida de excepção que visa assegurar a viabilidade das empresas e a manutenção dos postos de trabalho.
Segundo disse, os trabalhadores foram informados de que o lay-off vai prolongar-se por mais seis meses, querendo o BE saber se o Ministério da Economia tem procurado saber se a medida de excepção está a cumprir os seus objectivos e de que forma pode ajudar na recuperação de uma empresa com produtos conceituados, nomeadamente com grande aceitação em vários países.
Fundada em 1845, a Fábrica de Fiação e Tecidos de Torres Novas produz sobretudo atoalhados e roupões em turco, tendo entre os seus clientes algumas cadeias de hotéis.
António Gomes sublinhou a importância do "conhecimento e know how" da empresa no sector têxtil nacional, o produto "muito conhecido e apreciado", tanto em Portugal como no estrangeiro, e o grande peso na economia local e regional.
No seu entender, a administração da empresa tem de responder a questões como que esforços está a desenvolver para a fábrica não encerrar, por que razão os trabalhadores (que têm ainda em atraso os subsídios de Natal de 2008 e de férias de 2009) não receberam sequer os 50 por cento respeitantes ao valor transferido pela Segurança Social pelo subsídio de Natal de 2009, quando já se encontravam em lay-off.
"A empresa não cumpriu a sua parte nem a da Segurança Social, o que é grave", disse.
Por outro lado, o BE considera um "atropelo ao bom senso" que o principal administrador da empresa tenha recebido em 2008 um salário superior a 8.000 euros, reduzido para 7.000 euros em 2009, quando os trabalhadores, na maioria mulheres, têm salários "baixíssimos" (salário mínimo nacional).
"Há alguns actos de gestão que parecem pouco recomendáveis - como a ausência de um tintureiro ou a falta de matéria-prima como uma simples etiqueta para finalização do produto ou ainda a entrega faseada, situações que terão levado à retenção de algumas encomendas - e que era importante a administração explicar", disse.
Para o BE, a autarquia de Torres Novas deve tomar posição pública sobre o assunto, lamentando que o presidente da Câmara não tenha ainda respondido à carta que o partido lhe enviou há duas semanas.
O Bloco vai entregar novo requerimento no Parlamento, uma vez que considera que o Ministério da Economia não foi esclarecedor na resposta ao que foi entregue em Novembro.
O Bloco de Esquerda questionou hoje a administração da Fábrica de Fiação e Tecidos de Torres Novas e o Governo sobre o que estão a fazer para salvar a empresa e preservar os perto de 150 postos de trabalho.
O deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo círculo eleitoral de Santarém, José Gusmão, e António Gomes, da coordenadora distrital e eleito da Assembleia Municipal de Torres Novas, denunciaram, em conferência de imprensa, a grave situação da empresa, que, no seu entender, não pode continuar a ser ignorada pela opinião pública.
António Gomes disse à agência Lusa lamentar que a administração da empresa tenha cancelado a reunião que esteve marcada para 15 de Dezembro sem que tenha voltado a mostrar disponibilidade para responder à solicitação do BE, frisando que há inúmeras questões que é urgente esclarecer.
"Há um pano de silêncio sobre tudo isto o que nos causa receios", disse, sublinhando que a colocação de trabalhadores em lay-of, como aconteceu na Fábrica de Fiação e Tecidos de Torres Novas em Junho de 2009, é uma medida de excepção que visa assegurar a viabilidade das empresas e a manutenção dos postos de trabalho.
Segundo disse, os trabalhadores foram informados de que o lay-off vai prolongar-se por mais seis meses, querendo o BE saber se o Ministério da Economia tem procurado saber se a medida de excepção está a cumprir os seus objectivos e de que forma pode ajudar na recuperação de uma empresa com produtos conceituados, nomeadamente com grande aceitação em vários países.
Fundada em 1845, a Fábrica de Fiação e Tecidos de Torres Novas produz sobretudo atoalhados e roupões em turco, tendo entre os seus clientes algumas cadeias de hotéis.
António Gomes sublinhou a importância do "conhecimento e know how" da empresa no sector têxtil nacional, o produto "muito conhecido e apreciado", tanto em Portugal como no estrangeiro, e o grande peso na economia local e regional.
No seu entender, a administração da empresa tem de responder a questões como que esforços está a desenvolver para a fábrica não encerrar, por que razão os trabalhadores (que têm ainda em atraso os subsídios de Natal de 2008 e de férias de 2009) não receberam sequer os 50 por cento respeitantes ao valor transferido pela Segurança Social pelo subsídio de Natal de 2009, quando já se encontravam em lay-off.
"A empresa não cumpriu a sua parte nem a da Segurança Social, o que é grave", disse.
Por outro lado, o BE considera um "atropelo ao bom senso" que o principal administrador da empresa tenha recebido em 2008 um salário superior a 8.000 euros, reduzido para 7.000 euros em 2009, quando os trabalhadores, na maioria mulheres, têm salários "baixíssimos" (salário mínimo nacional).
"Há alguns actos de gestão que parecem pouco recomendáveis - como a ausência de um tintureiro ou a falta de matéria-prima como uma simples etiqueta para finalização do produto ou ainda a entrega faseada, situações que terão levado à retenção de algumas encomendas - e que era importante a administração explicar", disse.
Para o BE, a autarquia de Torres Novas deve tomar posição pública sobre o assunto, lamentando que o presidente da Câmara não tenha ainda respondido à carta que o partido lhe enviou há duas semanas.
O Bloco vai entregar novo requerimento no Parlamento, uma vez que considera que o Ministério da Economia não foi esclarecedor na resposta ao que foi entregue em Novembro.
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