A secular Feira de S. Matias, em Abrantes, “está na iminência de não se realizar” este ano devido à “não aceitação das regras do jogo” por parte dos vendedores a retalho, anunciou hoje a presidente da autarquia.
Em declarações à agência Lusa, Maria do Céu Albuquerque explicou que a atribuição dos lugares aos vendedores do comércio a retalho, com as tradicionais barracas de roupa, quinquilharia, cerâmica, utensílios de cozinha, objectos de decoração, entre outros artigos, seria efectuada este ano por sorteio, “por imposição legal e de modo a garantir um processo democrático e transparente”.
No entanto, os vendedores “recusaram a situação e não quiseram participar no sorteio” que estava agendado para esta semana.
“Foram cerca de 30 os vendedores a retalho que nos fizeram chegar a sua posição de não aceitação das regras do jogo, que apresenta regras definidas e impostas pela legislação, defendendo, ao contrário, que a antiguidade pudesse ser factor preferencial na escolha e no acesso a determinado lugar na Feira”, disse a autarca que disse ter ficado “perplexa” com a postura dos comerciantes.
“Isto não podemos aceitar e a distribuição por sorteio é a nossa posição e é irredutível”, afirmou Céu Albuquerque acrescentando que, por outro lado, “existem problemas com os equipamentos de diversão e com os certificados de segurança e inspecção dos equipamentos”, que condicionam a realização da secular Feira de S. Matias.
“A maior parte destes equipamentos não reúne as condições para participar neste tipo de eventos e este é um problema que extravasa as próprias competências municipais”, disse a autarca, manifestando-se “expectante” perante as negociações actualmente em curso entre o Governo e a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED).
“O que é certo é que, pelo facto da Feira de S. Matias ser a primeira no calendário nacional das Feiras, somos também os primeiros a ser confrontados com esta situação”, disse a presidente da Câmara, acrescentando que estão inscritos para participar no certame “cerca de 80 feirantes”, entre vendedores a retalho, profissionais da restauração e de divertimentos electromecânicos, entre outros.
A Feira de S. Matias, cujas origens remontam ao século XIII, “é muito importante em termos económicos na cidade e na região e constitui um marco sócio-cultural na vida dos abrantinos e dos seus visitantes pelo que é com grande pesar que somos confrontados com esta situação”, referiu a autarca, que afirmou que “não voltará com a palavra atrás” relativamente à metodologia da atribuição dos lugares aos feirantes.
“O processo está em aberto até meados da próxima semana”, disse a autarca, que lançou um “apelo ao bom senso” dos comerciantes no sentido de reconsiderarem a sua posição nesta matéria.
“O sorteio é o método que obedece ao preceito legal e é o mais transparente e por isso mesmo espero que os comerciantes reconsiderem as suas posições, ponham de lado os seus interesses pessoais e aceitem a metodologia do sorteio aleatório”, concluiu.
A Feira de S. Matias tem data de abertura agendada para 19 de Fevereiro devendo prolongar-se até dia 8 de Março, no espaço adjacente ao Tecnopólo do Vale do Tejo.
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Em declarações à agência Lusa, Maria do Céu Albuquerque explicou que a atribuição dos lugares aos vendedores do comércio a retalho, com as tradicionais barracas de roupa, quinquilharia, cerâmica, utensílios de cozinha, objectos de decoração, entre outros artigos, seria efectuada este ano por sorteio, “por imposição legal e de modo a garantir um processo democrático e transparente”.
No entanto, os vendedores “recusaram a situação e não quiseram participar no sorteio” que estava agendado para esta semana.
“Foram cerca de 30 os vendedores a retalho que nos fizeram chegar a sua posição de não aceitação das regras do jogo, que apresenta regras definidas e impostas pela legislação, defendendo, ao contrário, que a antiguidade pudesse ser factor preferencial na escolha e no acesso a determinado lugar na Feira”, disse a autarca que disse ter ficado “perplexa” com a postura dos comerciantes.
“Isto não podemos aceitar e a distribuição por sorteio é a nossa posição e é irredutível”, afirmou Céu Albuquerque acrescentando que, por outro lado, “existem problemas com os equipamentos de diversão e com os certificados de segurança e inspecção dos equipamentos”, que condicionam a realização da secular Feira de S. Matias.
“A maior parte destes equipamentos não reúne as condições para participar neste tipo de eventos e este é um problema que extravasa as próprias competências municipais”, disse a autarca, manifestando-se “expectante” perante as negociações actualmente em curso entre o Governo e a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED).
“O que é certo é que, pelo facto da Feira de S. Matias ser a primeira no calendário nacional das Feiras, somos também os primeiros a ser confrontados com esta situação”, disse a presidente da Câmara, acrescentando que estão inscritos para participar no certame “cerca de 80 feirantes”, entre vendedores a retalho, profissionais da restauração e de divertimentos electromecânicos, entre outros.
A Feira de S. Matias, cujas origens remontam ao século XIII, “é muito importante em termos económicos na cidade e na região e constitui um marco sócio-cultural na vida dos abrantinos e dos seus visitantes pelo que é com grande pesar que somos confrontados com esta situação”, referiu a autarca, que afirmou que “não voltará com a palavra atrás” relativamente à metodologia da atribuição dos lugares aos feirantes.
“O processo está em aberto até meados da próxima semana”, disse a autarca, que lançou um “apelo ao bom senso” dos comerciantes no sentido de reconsiderarem a sua posição nesta matéria.
“O sorteio é o método que obedece ao preceito legal e é o mais transparente e por isso mesmo espero que os comerciantes reconsiderem as suas posições, ponham de lado os seus interesses pessoais e aceitem a metodologia do sorteio aleatório”, concluiu.
A Feira de S. Matias tem data de abertura agendada para 19 de Fevereiro devendo prolongar-se até dia 8 de Março, no espaço adjacente ao Tecnopólo do Vale do Tejo.
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